6. montanha-russa e bate-bate são ótimas metáforas (sue pov)

777 84 57
                                    

Enquanto escapávamos da escola, mandei uma mensagem para Austin e Vinnie. Por mais que eu amasse ficar sozinha com ela, tinha certeza que ela se sentiria melhor com todos juntos.

E lá estávamos nós, novamente no carro de Austin. Dessa vez, Vinnie ia na frente com ele e Emily estava ao meu lado. Sair da escola já tinha feito seu humor melhorar um pouco e nesse momento ela cantava uma música da Taylor Swift com Vinnie. Eu não era muito fã dela, mas as meninas escutavam essa música quase toda hora, então e cantei junto com elas o refrão.

"This hope is treacherous

This daydream is dangerous

This hope is treacherous

I, I, I

I, I, I

I, I, I"

Eu sabia cantar a parte seguinte também, mas deixei o show só para Emily. Ela estava radiante e cantou olhando diretamente nos meus olhos.

"Two headlights shine through the sleepless night

And I will get you, and get you alone

Your name has echoed through my mind

And I just think you should, think you should know

That nothing safe is worth the drive

And I will follow you, follow you home

I'll follow you, follow you home (x3)

This slope is treacherous

I, I, I like it"

Senti minhas bochechas queimarem e estava prestes a quebrar o contato visual quando Austin freiou bruscamente, fazendo com todos fossem para frente com tudo. Enquanto Emily e Vinnie brigavam com Austin, eu só podia pensar:

"Finalmente a péssima direção de Austin prestou para alguma coisa. Obrigada, Deus".

Quase toda a tensão causada pela troca de olhares tinha se dissipado, mas eu ainda sentia uma eletricidade correndo pelo meu corpo. Ultimamente, estar com Emily me lembrava muito andar de montanha russa. Ela me fazia sentir tudo intensamente, o bom e o ruim, e eu tinha medo daquilo, muito medo. Muitas vezes tentava fingir e ignorar o que sentia, mas, na maior parte do tempo eu sabia que não tinha escolha a não ser entrar na montanha russa e fazer o percurso.

Afastei aqueles pensamentos da minha mente, aquele não era o momento e muitos menos o lugar certo para se ficar pensando nisso. Aquele dia seria dedicado somente para Emily e em fazê-la sentir-se melhor.

Para isso, tinha feito uma lista mental de suas coisas favoritas: nós iríamos ao cinema, depois ao parque tomar sorvete - talvez andar de bicicleta - e fecharíamos o dia indo num parque de diversão que tinha inaugurado há pouco tempo.

...

Tínhamos acabado de assistir o filme. Emily se matou de comer pipoca e na hora de sair pediu para comprar mais um saco - eu ainda me surpreendia com o fato de ela comer tanto. Naquele momento, ela tentava enfiar algumas pipocas em minha boca e eu tentava fugir dela, não aguentava mais nada.

- Sue! Você precisa se alimentar!

- Eu não preciso nada, não sei nem como você ainda está comendo ainda. Você já me entupiu de pipoca lá dentro. Eu mal consegui prestar atenção no filme com tanta mastigação.

- E quem vai para o cinema para prestar atenção no filme?

- É pra isso que o cinema serve? - Respondi, completamente confusa.

O primeiro amorOnde histórias criam vida. Descubra agora