Capítulo 6°

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Christopher Uckermann

Enquanto o mundo desabava literalmente lá fora, aqui estou eu dirigindo como um louco tentando encontrar um local seguro para me abrigar, eu não havia levado a sério a idéia da tempestade e agora paguei com a língua quando fui atingindo por ela no meio do trânsito, confesso que não sabia o que pensar só queria me proteger de qualquer maneira, enquanto a chuva, raios e trovões brilhavam lá fora um filme se passou pela minha cabeça, será que eu iria morrer aquela noite?

Eu não conseguia pensar diferente já que eu não encontrava nem um lugar para estacionar, e sentia que a qualquer momento eu seria consumido por toda aquela tempestade que me levaria a qualquer buraco dessa cidade.

Ucker: Eu não posso morrer agora, eu estou no auge da minha carreira, sou lindo, gostoso, admirado, eu ainda tenho muito o que viver, Deus me deixe aqui na terra por favor. - Pedi tentando controlar a minha aflição enquanto dirigia.- Droga eu não estou enxergando nada, nem uma luz no final do túnel.

Dul: SOCORRO! SOCORRO! - Ouvi uma voz gritando desesperadamente.-

Ucker: Tem alguém aqui, eu... eu... preciso estacionar. - Digo confuso enquanto tentava uma manobra completamente arriscada tanto que me fez bater em algo com força total.- MERDA! Será que eu matei alguém? - Perguntei levando as mãos a cabeça. Agora sim eu estava ferrado! Acabado e destruído! Sai do carro praticamente correndo em desespero.-

Dul: Olha o que você com o meu carro seu idiota! - Gritou a mulher desesperada olhando para a traseira do seu carro.- Não vai falar nada? - Perguntou ela irritada, a chuva estava muito forte e eu mal conseguia enxergar a tal mulher que gritava como uma louca.-

Ucker: Como você quer que eu enxergue alguma coisa nessa chuva? - Perguntei quase gritando tentando me aproximar dela no meio daa imensas poças d'águas.-

Dul: Que ótimo, agora estou aqui esperando a morte no meio dessa rua abandonada, sem carro e sem rumo! - Exclamou ela irritando passando a mão pelos seus cabelos molhados.-

Ucker: Olha só eu não estou muito diferente de você. - Eu disse como se fosse óbvio, ela levantou a cabeça e me encarou, e então eu pude perceber os traços da sua beleza, por mais que ela estivesse completamente enxargada e suja era evidente o quanto ela era linda.-

Dul: Eu estou um lixo. - Resmungou ela desviando o olhar.- E agora o que vou fazer? Eu não quero morrer, não posso morrer assim, em uma rua deserta e com um estranho que ferrou com o meu carro.

Ucker: Dá pra você parar de reclamar? Vamos dar jeito, ou você não percebeu que também estou na merda? Olhe o meu estado. - Digo irritado. Aquilo só podia ser um pesadelo, sim! Era isso o pior pesadelo da minha vida.- Isso não pode estar acontecendo.

Dul: Faz alguma coisa! - Exigiu ela se aproximando de mim.- Não tem nada aí que possa consertar o meu carro?

Ucker: O que? Eu nem sei consertar um carro querida, as pessoas que fazem as coisas pra mim não ao contrário.

Dul: Já vi que vamos morrer aqui, se não for por essa maldita tempestade, vai ser por sua burrice e falta de eficiência.

Ucker: E porque você não dá um jeito de me ajudar a encontrar uma solução pra resolvermos essa merda toda? Ficar tagarelando no meu ouvido não vai adiantar princesinha. - Sorri debochadamente, ela me encarou irritada. De perto ela me parecia familiar mas eu não conseguia ainda lembrar de onde.-

Dul: A única coisa que eu queria fazer era voltar algumas horas antes desse pesadelo quando eu estava no meu quarto de hotel, linda, plena e feliz me preparando para o meu show.

Ucker: Seu show? - Perguntei confuso, agora sim eu estava começando a entender o quebra cabeça.- Peraí... Você é tal da Dana maria?

Dul: Dana? Mas que merda é essa? - Perguntou ela com desdém.- Meu nome é Dulce maria querido, entendeu?

Ucker: Bem que eu estava te achando familiar, não que isso seja uma coisa boa. - Digo sarcastico, ela estreita os olhos me encarando.- Eu sou Christopher Uckermann, o modelo mais famoso, sexy e adorado que existe.

Dul: Eu sabia que eu reconhecia essa cara de playboyzinho arrongante de algum lugar. - Comentou ela cruzando os braços. Revirei os olhos.-

Ucker: Isso tudo aqui não pode estar acontecendo, como eu saí do paraíso por inferno? - Me perguntei frustado, ela me encarou.-

Dul: A chuva está apertando, é melhor entrarmos no carro, na mata sei lá em qualquer lugar, eu não sei o que pensar. - Disse ela desesperada olhando para todos os lados.-

Ucker: Calma, é mais seguro entrarmos no carro mesmo.

Dul: Eu não sei mais o que é seguro talvez... - Ela parou de falar de repente e me encarou.-

Ucker: O que foi? - Perguntei confuso vendo a sua expressão assustada.-

Dul: Você ouviu isso? Eu acho que não estamos sozinhos aqui. - Disse ela num sussuro aflito.-

Ucker: Eu não ouvi nada, por acaso você... - Ela correu até mim e colou a mão sobre a minha boca, senti um calor estranho percorrendo o meu corpo ao sentir aquele toque.-

Dul: Cala a boca, tem alguém aqui, eu juro que tem, nós vamos morrer Christopher! Vieram nos matar! - Ela sussurou pra mim de forma desesperada. Como eu havia me metido em uma enrascada dessas? Há poucos minutos eu estava no paraíso e agora parecia que eu havia caído em um buraco sem fundo.-

{Continuo? Eita, agora que eu quero ver 👀😬}

Na mira do amor (FINALIZADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora