Na mira do amor (FINALIZADA)

Capítulo 22°

Christopher Uckermann

Eu estava com muita raiva desde que aquele tal do agente Rodrigo Sanchez foi embora, eu não fazia idéia porque o fato dele ter flertado com Dulce havia me deixado naquele jeito, será que ela tinha razão ao dizer que eu fiquei com ciúmes? Mas aquilo não fazia sentido algum, porém como eu poderia explicar o que estava sentindo?

Eu sempre fui um homem de muitos e desejo e mulheres e o fato disso não estar mais acontecendo muda tudo de figura, pois Dulce era a única mulher que eu tinha por perto que me fazia arder em chamas e talvez se ficassemos juntos pelo menos uma vez eu mataria aquele desejo e tudo voltaria ao normal, por mais que essa palavra não faça parte da minha vida agora.

Poncho: Tá com essa cara de quem comeu e não gostou porque loirinho? - Perguntou ele se sentando ao meu lado, eu tinha ido junto com ele e Miguel conhecer melhor a fazenda, e agora estavamos descansado no banquinho que havia ali.-

Miguel: Ele deve tá bravinho com a namorada. - Provocou o menino rindo.-

Ucker: Eu já disse que ela não é a minha namorada pirralho. - Bufei revirando os olhos.-

Poncho: Mas provavelmente você tá igual um touro bravo assim por causa dela. - Comentou ele rindo.-

Ucker: Será que podemos falar a sos? - Perguntei olhando pra Miguel que fez um bico cruzando os braços.-

Miguel: Daqui eu não saio, eu quero saber o que é a conversa. - Reclamou ele batendo o pé, o encarei erguendo uma sobrancelha.-

Poncho: Meu pimentinha tem certos assuntos que ainda não são pra sua idade, porque você não vai lá dar comida pro Rogério?

Ucker: Rogério? Esse cara eu não conheço. - Digo levemente confuso, eles começaram a rir.-

Miguel: Rogério é o nosso cavalo seu bocó. - Ele disse revirando os olhos, dei de ombros.-

Poncho: Vai lá meu filho, faz esse favor pro seu grande pai. - Disse Poncho dando um beijo na cabeça do meu menino.-

Miguel: Eu vou, mas isso não vai ficar assim, vou contar pra mamãe que vocês ficam fofocando ao invés de trabalhar e ainda me deixam de fora. - Resmungou ele saindo correndo dali.-

Poncho: Vai falando loirinho. - Disse ele tirando o chapéu e me encarando. Suspirei.

Ucker: Eu ainda não acredito que vou me abrir com você mas vamos lá. - Digo resmungando para mim mesmo.-

Poncho: Eu estou me esforçando loirinho mas se você quiser a gente pode cair no braço agora. - Disse ele irritado, levantei as mãos em sinal de redenção.-

Ucker: Foi mal. - Murmurei, ele continuou me encarando.- Bom é que eu sempre fui um homem que teve todas as mulheres aos meus pés sabe, todos os dias era uma diferente, e agora eu estou sofrendo por causa disso.

Poncho: Se você disser que tá de olho na minha mulher eu vou ter que quebrar os seus dentes. - Ele disse irritado se levantando de imediato.-

Ucker: O que? Para de ser doido Poncho não é nada disso. - Digo negando com a cabeça, ele estreita os olhos e se senta novamente.-

Poncho: Então o que é loirinho? Olha por aqui tem muitas mulheres bonitas, mas não acho que seja uma boa idéia você ficar andando por aqui, pode ser perigoso.

Ucker: Sim, eu sei, e isso está me deixando maluco, você é homem e sabe que temos as nossas necessidades.

Poncho: Vocês está dando mais voltas que galinha quando perde a cabeça no machado loirinho, desumbucha logo. - Resmungou ele cruzando os braços.-

Ucker: Tudo bem, é que a Dulce está me deixando maluco. - Confessei, ele sorriu abertamente.- Ela me deixa maluco de raiva e de outras coisas também.

Poncho: E tu já disse isso pra ela? - Perguntou ele sorrindo de lado.-

Ucker: A Dulce é complicada, ela não acha que seja certo a gente se envolver já que estamos cheios de problemas e fora da nossa vida, e eu concordo, mas eu não estou pedindo que ela namore ou se case comigo. - Digo sorrindo com desdém, ele estreitou os olhos me encarando.-

Poncho: Então tu só quer uns chamegos com ela e pronto? - Perguntou ele confuso, pisquei várias vezes.-

Ucker: Na verdade eu quero mais um pouco do que isso se é que você me entende. - Digo sorrindo malicioso, ele balança a cabeça em sinal de negação.- O que foi?

Poncho: As mulheres tem que ser tratadas com respeito loirinho, você não pode querer ficar com a Dulce e depois nem olhar mais na cara dela.

Ucker: Ihhh já vi que você é certinho e cheios das tradições. - Digo soltando uma risadinha.- O que você acha que eu devo fazer? Pedir ela em casamento antes de ganhar um beijo dela?

Poncho: Tu sabe como eu conquistei a Annie? - Perguntou ele me encarando.-

Ucker: Não, e eu nem sei se me interessa. - Digo de forma irônica, ele estreita os olhos e me encara mais uma vez.-

Poncho: Mas eu vou falar assim mesmo. Nós nos conhecemos em uma festa junina que sempre rola aqui na cidade, quando eu a vi na festa meu mundo parou, fiquei danado de louco com tamanha beleza e daí eu acabei mandando um correio elegante pra ela. - Disse ele sorrindo.-

Ucker: Correio? Você mandou uma carta pra ela dentro de uma festa? Que coisa mais esquisita de se fazer.

Poncho: Deixa de ser besta seu bocó. - Disse ele dando um tapinha na minha cabeça.- Antigamente era assim que a gente flertava por aqui, mandando recadinhos nas caixinhas de correio das festa juninas.

Ucker: E o que você escreveu pra ela? - Perguntei de forma curiosa, ele sorriu ainda me encarando.-

Poncho: Tem pipoca, tem pamonha, tem quentão, só falta você para alegrar o meu coração. - Disse ele todo orgulhoso, começei a rir sem parar.- Mas qual é a graça?

Ucker: Essa foi a pior cantada que eu já escutei na minha vida, como ela se casou com você depois dessa? - Perguntei ainda no meio da minha crise de riso.-

Poncho: Deixa de fuleragem loirinho, pelo menos eu sou romântico e não só uma carinha bonita que nem ocê. - Comentou ele me provocando, parei de rir e fechei a cara.- Pimenta nos olhos dos outros é refresco não é?

Ucker: Olha só caipira se você ainda não entendeu eu não estou apaixonado pela Dulce, e nem a pau que vou ficar mandando esses brilhetinhos com cantadas do tempo do meu avô.

Poncho: Então boa sorte em tentar conquistar a sua loirinha, porque todo mulher gosta de receber um carinho e ser surpreendida, mas já que você se acha o dono do galinheiro todo vai fundo.

Ucker: Eu ainda não estou acreditando que pretendo cogitar a sua ajuda. - Confesso, ele solta uma risada.- Então o que você me sugere sem ser essas cartinhas ridículas?

Poncho: Aqui tem muitos lugares bonitos loirinho por isso eu vou te dar uma idéia, e se você fizer tudo como eu te dizer vai dar certo.

{Continuo? Oq será que o Ucker vai aprontar hem? 🤭👀}