- 𝘛hirty

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Jenna : Eu acho que todos nós queremos sentir alguma coisa que já esquecemos ou rejeitamos, porque não percebemos o quanto estávamos deixando para trás.

( De repente 30 )

- Onde você estava? - Eu perguntei para Aidan quando ele chegou na
porta da frente. Ele havia sumido a manhã inteira.

Ele não respondeu de imediato. Na verdade, ele mal olhava para mim. E
então ele disse - Apenas andando por aí

Eu olhei para ele fazendo uma cara esquisita, mas ele não disse mais nada.
Então eu perguntei :

- Quer me fazer companhia enquanto eu vou pro florista em Dyerstown? Eu tenho que escolher flores pro casamento.

- Noah não está vindo hoje? Você não pode ir com ele? - Ele parecia
aborrecido.

Eu estava surpresa e um pouco chateada. Eu pensei que estávamos nos
dando muito bem essas últimas semanas

- Ele não vai estar aqui até de noite. -
eu disse. De maneira brincalhona, eu acrescentei - De qualquer maneira, você que é o especialista em flores, não Noah , lembra?

Aidan parou na pia da cozinha, de costas para mim. Ele ligou a água, enchendo um copo d'água.

- Eu não quero deixar ele com raiva.- Eu pensei ter ouvido um traço de dor na sua voz. Dor e algo mais. Medo.

- O que tem de errado? Algo aconteceu essa manhã? - Eu me senti
preocupada. Quando Aidan não respondeu, eu fui para atrás dele e comecei a colocar a mão em seu ombro, mas na hora ele virou e minha mão caiu no meio do caminho.

- Nada aconteceu - ele disse. - Vamos. Eu dirijo.

Ele estava muito quieto na floricultura. Taylor e eu decidimos por lírios
calla, mas quando eu olhei no livro de arranjos de flores, acabei escolhendo
peônias. Quando mostrei para Aidan, ele disse, - Essas eram as favoritas da
minha mãe.

- Eu lembro - eu disse. Pedi cinco arranjos, um para cada mesa, da
maneira que Denise Coletti havia me dito.

- E o bouquet? - o florista me perguntou.

- Podem ser de peônias também? - Eu perguntei.

_ Claro, nós podemos fazer isso. Eu vou montar um bem bonito para
você.- Pra Aidan ela disse, - Você e seus padrinhos vão usar algum tipo de
flor no terno?

Ele ficou vermelho - Eu não sou o noivo. - Ele disse.

- Ele é o irmão do noivo,- eu disse, entregando o cartão de crédito do Sr.
Gallagher.

Nós fomos embora logo depois.
No caminho de casa, nós passamos em um stand de frutas na beira da
estrada. Eu queria parar, mas não falei nada. Eu acho que Aidan percebeu
porque ele perguntou :

- Quer que eu volte lá?

- Não, tudo bem, nós já passamos.

Ele fez uma curva e deu meia volta.
O stand de frutas tinha algumas bandejas de madeira com pêssegos e um sinal que dizia para deixar o dinheiro na vasilha. Eu coloquei um dólar porque eu não tinha troco.

- Você não vai pegar uma? - Eu perguntei para ele, limpando meu pêssego na minha camisa.

- Não, eu sou alérgico a pêssego.

- Desde quando?- Eu exigi "
- Com certeza já vi você comer um pêssego antes. Ou pelo menos, uma torta de pêssego.

Ele relutou. - Desde sempre. Eu já comi antes, mas elas fazem com que
minha boca fique coçando.

Antes de eu morder meu pêssego, eu fechei meus olhos e inalei a
fragrância. - Uma pena para você.

Eu nunca havia comido um pêssego como aquele. Tão perfeitamente
maduro. Meus dedos afundavam na fruta um pouco só por tocá-la. Eu engoli, o suco do pêssego descendo pelo meu queixo até chegar na minha mão. Eradoce e azedo. Uma experiência de corpo inteiro, cheiro, gosto e toque.

- Esse é um pêssego perfeito.- eu disse - Quase que não quero comer outro, porque de maneira alguma que vai ser melhor.

- Vamos testar - Aidan falou, e ele foi e pegou outro pêssego para mim. Eu comi o outro em quatro mordidas.

- E aí? Estava tão bom quanto o outro?

- Sim. Estava.

Ele alcançou e limpou meu queixo com sua camisa. Essa talvez era a coisa mais íntima que alguém já havia feito comigo. Eu me senti com o corpo leve, mal me equilibrando nos meus pés.
Estava tudo perfeito na maneira que ele olhou para mim, apenas aqueles
poucos segundos. Então ele baixou os olhos, como se o sol atrás de mim fosse
muito vivo.
Eu dei um passo para longe dele e disse:

- Eu vou comprar mais alguns,
pro Noah

- Boa ideia. - ele disse, virando as costas - Eu vou esperar por você no
carro.

Eu estava tremendo enquanto colocava os pêssegos na sacola plástica.
Apenas um olhar, um toque dele, e eu estava tremendo. Era loucura. Eu
estava casando com seu irmão.

De volta no carro, eu não falei nada. Eu não poderia ter feito, nem se eu
quisesse. Eu não tinha palavras. Na quietude do ar-condicionado do carro, o
silêncio entre nós era algo palpável. Então baixei minha janela e prestei
atenção em todos os objetos que se moviam do lado de fora.

Em casa, o carro de Noah estava estacionado na garagem.
Conrad desapareceu na hora que nós entramos na casa. Eu encontrei Noah
cochilando no sofá, seus óculos escuros ainda pendurados na cabeça. Eu o
beijei, acordando-o.

Seus olhos se arregalaram - Hey.

- Hey, quer um pêssego? - Eu perguntei, balançando a sacola de pêssegos como um pêndulo. Eu me sentia nervosa, de repente.

Noah me abraçou e disse - Você é um pêssego.

- Você sabia que o Aidan é alérgico a pêssego?

- Claro. Lembra daquela vez que ele tomou um sorvete de pêssego e a
boca dele ficou toda inchada?

Eu me separei e fui lavar os pêssegos. Eu disse para mim mesma, não
havia nada para me sentir culpada, nada havia acontecido. Eu não havia feito nada.

Eu estava colocando os pêssegos numa peneira vermelha, tirando o excesso da água da maneira que vi Emma fazendo tantas vezes. Enquanto a
água ainda corria pelos pêssegos, Noah veio por trás e pegou uma, dizendo

- Eu acho que elas já estão limpas agora. - Ele sentou no balcão da cozinha e deu uma mordida no pêssego.

- Bom, né? - Eu perguntei para ele. Segurei um na frente do meu rosto, e
inalei profundamente, tentando limpar minha mente de todos esses pensamentos estranhos.

Noah concordou. Ele já havia terminado o dele e estava jogando o que sobrou fora. - Muito bom. Você comprou algum morango? Eu podia comer uma caixa inteiras de morangos agora.

- Não, apenas pêssegos.

Eu coloquei os pêssegos na tigela prateada de frutas, arrumando-os da
melhor maneira possível. Minhas mãos ainda tremiam.

Desculpem a demora pra atualizar , gente meus deus eu tô muito ruim tô com pneumonia :(

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Desculpem a demora pra atualizar , gente meus deus eu tô muito ruim tô com pneumonia :(

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We will always have our year • Aidan GallagherOnde histórias criam vida. Descubra agora