- 𝘕𝘪𝘯𝘦𝘵𝘦𝘦𝘯

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Rory :Não consigo respirar
Jess: Não é pra você conseguir

( Gilmore girls - Tal mãe, tal filha )

Naquela noite, experimentei de novo o meu vestido e liguei para Noah.

— Finalmente encontrei meu vestido — contei. — Estou usando ele agora.

— Como é?

— Isso é surpresa. Mas prometo que é muito lindo. Taylor e eu o
encontramos na quinta loja em que entramos. Nem foi muito caro.
— Passei a mão pelo tecido sedoso. — Serviu perfeitamente, então nem vou precisar fazer ajustes, nem nada.

— Então por que você está parecendo tão triste?

Eu me sentei no chão e puxei os joelhos junto ao peito.

— Não sei. Talvez porque minha mãe não estivesse lá pra me ajudar a escolher... Sempre achei que comprar um vestido de casamento fosse algo especial, algo que minha mãe e eu faríamos juntas, mas ela não estava lá. Foi legal ir com a Taylor, mas queria que mamãe também estivesse presente.

Noah ficou em silêncio por algum tempo. Então falou:

— Você chamou sua mãe pra ir com você?

— Não, na verdade, não. Mas ela sabia que eu a queria lá. Odeio que ela não faça parte disso.

Eu havia deixado a porta do quarto aberta, na esperança de que
minha mãe passasse por ali, me visse usando o vestido e parasse.

Até então, isso não acontecera.

— Ela vai mudar de ideia.

— Espero que sim. Não se sei se consigo me visualizar casando sem que ela esteja presente, sabe?

Ouvi Noah deixar escapar um suspiro.

— Eu entendo, também me sinto assim — disse ele, e percebi que estava pensando em Emma

                                ☆☆☆

Na manhã seguinte, minha mãe e eu estávamos tomando café —
ela com seu iogurte com granola, eu com meus waffles congelados
—, quando a campainha tocou.
Ela ergueu os olhos do jornal que estava lendo. — Está esperando alguém? — perguntou.

Balancei a cabeça e me levantei para ver quem era. Abri a porta
da frente, imaginando que poderia ser Taylor com mais revistas de noiva. Mas era Noah. Ele segurava um buquê de lírios e usava uma camisa elegante, branca, com um xadrez azul bem suave.

Levei as mãos à boca, encantada.

— O que você está fazendo aqui? — perguntei, minha voz saindo
aguda.

Ele me puxou para um abraço. Senti em seu hálito o cheiro de café do McDonald’s. Noah provavelmente acordara muito cedo para chegar ali àquela hora. Ele amava o café da manhã do McDonald’s, mas nunca conseguia acordar cedo o bastante para tomar.

— Pode tirar o cavalinho da chuva — disse Noah. — Essas flores não são pra você. Laurel está em casa?

Eu estava zonza.

— Está tomando café da manhã. Entre.
Abri a porta para ele, que me seguiu até a cozinha.

— Mãe, olha quem está aqui! — anunciei, animada.

Ela pareceu um tanto surpresa, a colher parada a meio caminho
da boca.

— Noah!

Ele foi até ela, as flores na mão.

We will always have our year • Aidan GallagherOnde histórias criam vida. Descubra agora