Naquela noite, sonhei com Aidan . Eu estava com a mesma idade, mas ele era mais novo, com uns dez ou onze anos. Acho que ele estava usando um macacão. Nós dois brincávamos do lado de fora da minha casa até ficar escuro, só correndo ao redor do pátio. No
sonho, eu disse:— Emma vai querer saber onde você está. É melhor ir pra casa.
— Não posso. Não sei como ir. Você me ajuda?Então fiquei triste, porque eu também não sabia. Não estávamos mais na minha casa, e estava muito escuro. Estávamos no bosque. Perdidos.
Acordei chorando, com Noah adormecido ao meu lado. Eu me
sentei na cama. Estava escuro, e a única iluminação no quarto era a
que vinha do meu despertador. Eram 4h57. Então me deitei de
novo.Sequei os olhos, então me deixei envolver pelo cheiro de Noah, pela doçura de seu rosto, pelo modo como seu peito subia e descia a cada respiração. Noah estava ali. Era sólido e
real, e estava grudado em mim, do jeito que se dorme apertado uma
cama de solteiro. Estávamos próximos assim.Pela manhã, quando acordei, não me lembrei logo, mas o sonho
estava ali, no fundo da minha mente, em um lugar que eu não conseguia acessar. E estava sumindo depressa, perdi quase tudo, mas não totalmente, não ainda. Tive que me concentrar e pensar depressa, para lembrar.Comecei a me sentar na cama, mas Noah me puxou de volta
para perto, dizendo:— Mais cinco minutinhos.
Noah estava deitado na beirada da cama e eu junto da parede, encaixada entre seus braços. Fechei os olhos, querendo me lembrar do sonho antes que ele desaparecesse. Como naqueles últimos segundos antes de o sol se pôr — ele ia descendo, descendo, então
sumia. Tinha que lembrar, tinha que lembrar, ou o sonho seria
apagado para sempre da minha memória.
Noah começou a dizer alguma coisa sobre café da manhã, mas cobri sua boca e disse:— Shhh. Um segundo.
E consegui. Aidan , e como ele estava engraçado de macacão jeans. Nós dois brincando do lado de fora por horas. Deixei escapar um suspiro. Eu me sentia tão aliviada.
— O que você estava dizendo? — perguntei a Noah.
— Café da manhã — disse ele, dando um beijo na palma da minha mão.Eu me aconcheguei mais a ele e pedi:
— Mais cinco minutinhos.
☆☆☆
Eu queria contar para todo mundo de uma só vez, cara a cara. De
um jeito esquisito, aquele era o momento perfeito. Nossas famílias
estariam juntas em Cousins dali a uma semana. Um abrigo para mulheres vítimas de violência doméstica — em que Emma havia sido voluntária e para o qual tinha levantado fundos — havia
plantado um jardim em sus homenagem, e haveria uma pequena
cerimônia no sábado seguinte. Todos estaríamos presentes: eu, Noah e, minha mãe, o pai dele, Louis . Aidan.
Não via Aidan desde o Natal. Ele ia à festa de aniversário de cinquenta anos da minha mãe, mas desistiu em cima da hora.— Típico do Aidan — dissera Noah na época, balançando a cabeça, olhando para mim, esperando que eu concordasse. Fiquei quieta.
Minha mãe e Aidan tinham um relacionamento especial desde
sempre; os dois se compreendiam em um nível inexplicável para
mim. Depois da morte de Emma, eles ficaram ainda mais próximos, talvez porque sofriam a perda dela do mesmo modo — sozinhos. Os dois conversavam ao telefone com frequência, sobre o
quê, eu não sei. Por isso, quando ele não apareceu na festa, percebi como minha mãe ficou desapontada, embora não tenha dito nada. Quis dizer: “Ame-o quanto quiser, mas não espere nada em troca. Não dá para contar com o Aidan ”Em compensação, ele mandou um lindo buquê de zínias vermelhas, que ela adorou.
— Minhas favoritas — disse mamãe, abrindo um sorriso.
O que ele diria quando lhe contássemos a novidade? Eu não conseguia nem começar a imaginar. Quando se tratava de Aidan, eu nunca tinha certeza de nada.
Também estava me perguntando o que minha mãe diria. Noah não estava preocupado, mas era raro ele se preocupar com qualquer coisa.
— Quando eles souberem que estamos falando sério, vão ter que
concordar, porque não vão conseguir nos impedir. Já somos adultos.✩✩✩
Estávamos voltando do refeitório. Noah soltou minha mão, pulou
em um banco e gritou:— Ei, pessoal! S/n Conklin vai se casar comigo!
Umas poucas pessoas se viraram para olhar, mas logo continuaram andando.
— Desça daí — pedi, rindo, cobrindo o rosto com o capuz do
casaco.Noah desceu e deu a volta correndo ao redor do banco, os braços abertos, imitando um avião. Ele voltou até onde eu estava e me levantou.
— Vamos, voe — encorajou.
Revirei os olhos e bati os braços para cima e para baixo.
— Está feliz?
— Estou — disse ele, e me colocou de volta no chão.
Eu também estava. Aquele era o Noah que eu conhecia. O garoto
da casa de praia. Nosso noivado e as promessas de ficarmos juntos
para sempre me fizeram sentir que, mesmo com todas as mudanças
no último ano, Noah ainda era o mesmo, e eu ainda era a
mesma. Ninguém poderia tirar aquilo de nós, nunca mais.VOLTEII !!!
Não morri não só tava mesmo com muita tarefa da escola
Man bookfriday começou e comprei o box de fazendo meu filme !!!!
Vcs já lerão fazendo meu filme cara AVCs PRECISAM ler é muitoo bom e vão virar filme e o melhor é livro nacional vc comprando ele apoia autores nacionais !!!
Vcs sentiram minha falta ?
Todo mundo respondendo não , mas enfim beijos !!
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We will always have our year • Aidan Gallagher
FanfictionNão houve um momento específico . Foi mais como um despertar gradual . Como quando estamos dormindo e então passamos por aquela fase do sono entre o sono e o despertar , até estarmos totalmente acordados . É um processo lento , mas , quando você aco...