CAPÍTULO DOIS

1.9K 172 21
                                    


MAYA 

Duas Semanas Depois

Os dias passaram em um piscar de olhos e a semana em que a Sarah estava voltando, chegou. Agora, encontro-me mais ansiosa do que nunca, com medo do que pode acontecer amanhã.

Okay, não é muito normal e do meu habitual estar sozinha no bar de um hotel, mas, também não seria normal se eu estivesse com meus melhores amigos Sophia e Phill agora na boate, faço mais o estilo calmo e aconchegante. O bar do hotel Four Seasons proporcionava isso, um ambiente calmo com um som baixo, mesas bem posicionadas dando privacidade aqueles que assim desejavam e no bar tinha poucos bartenders e esparsos clientes ocupando os bancos.

Decidi sair um pouco para acalmar a mente e o coração, com a conclusão do meu mestrado e a Sarah chegando amanhã em casa, causará um turbilhão de emoções, e preciso desse luxo de relaxar por hoje, para poder suportar o amanhã.

Olho para minha taça com o martini já no fim, retiro a mini sombrinha de enfeite e a azeitona coloco na mesa e tomo o restante tudo de uma só vez e ponho a taça no balcão.

- Você não deveria virar tudo de uma vez, pode te fazer mal – Viro em direção a voz e olho para cima, encontro um homem de 1,90m, provavelmente estava na casa dos quarenta anos, cabelos pretos, olhos azul-piscina, sua barba ainda por fazer, vestia uma calça jeans preta que insinuava seus dotes, um cinto marrom claro, uma camiseta preta com manga longa em gola V, olhando bem dava para ter uma amostra de seus músculos definidos.

- Você deveria apreciar e tomar devagar. – Ele diz, sentando-se ao meu lado sem pedir permissão. Pôs o copo de uísque em cima do balcão.

Sorrio, sarcástica.

- Por que ir devagar se gosto rápido? – Lhe devolvo o sorriso, chamo o bartender que se aproxima e peço – Por favor, mais um. – Aponto para a taça e o mesmo acena com a cabeça levando consigo a vazia.

Sinto-o me encarar sorrindo. Involuntariamente viro de lado e o observo. Deus deveria proibir um homem desses ter um sorriso tão atraente, com uma boca tão atrativa. Devo estar olhando por muito tempo porque o mesmo passa a língua nos lábios, desvio a atenção voltando a olhar para frente.

- Você é muito bonita para estar sentada sozinha – Ele gesticula para o ambiente e depois volta a atenção para mim - Se fosse minha, não permitiria que saísse por aí sozinha e desprotegida, tem muitos que se aproveitam de mulheres bonitas como você – Ele leva o copo de uísque até a boca e o toma de uma forma tão sedutora, como esse homem conseguia ser, tanto pela voz rouca e grave como pelo físico, tão atraente? Deveria ser preso por isso.

- Então, eu não seria sua mulher – Encaro-o séria, arqueando uma sobrancelha - Seria sua propriedade ou algo do tipo. – O garçom chega com minha bebida a põe sobre o balcão, saindo logo em seguida – Além do mais, se eu quiser apenas ser usada, então assim vai ser. Não nasci para ser uma propriedade – Finalizo, desviando o olhar para minha taça e bebendo um pouco do Martini.

Ele continua me olhando e por fim, suspira tomando o restante do seu uísque de uma vez e depositando o copo vazio em cima do balcão.

- Não foi essa minha intenção, ser ofensivo. – Se levanta, me surpreendendo ao estender a mão para mim – Dance comigo, farei você esquecer tudo o que disse nos últimos minutos e mostrarei que não sou um homem que tem mulheres como propriedade. – Olho para sua mão e novamente volto a encara-lo, hesito em pegá-la - Prometo não pisar no seu pé. – Ele dá um sorriso de lado.

Por fim, tomo o restante do meu martini e pego em sua mão, seu toque era quente, convidativo. Tento não pensar em coisas indecentes enquanto caminhamos para o meio do salão vazio.

Série Tentações: Doce Pecado - LIVRO UMOnde histórias criam vida. Descubra agora