Série Tentações: Doce Pecado - LIVRO UM

REPOSTANDO - CAPÍTULO DOZE

Um bipe ensurdecedor me puxa de volta, forço a abrir meus olhos e o que parece ser longos minutos finalmente consigo, encaro um teto branco enquanto respiro fundo, e então sinto cheiro de hospital invadir minhas narinas. Eu não estava morta, obrigada Deus! 

-Maya, sou eu Sophia! – Viro de lado e vejo-a se levantar da cadeira e vir até a cama, ela pega minha mão e aperta, lagrimas caem dos seus olhos e um soluço sufocado sai de seus lábios. 

-Oi – É só o que consigo dizer, percebo que minha voz saiu rouca e baixa.

-Pensei que ia te perder – Então ela soluça alto e começa a chorar. – Vou chamar um médico e dizer que finalmente você acordou.

Então ela se afasta e sai da sala, tento me sentar, mas tudo em mim dói, incluindo minha cabeça que a cada segundo martelava mais forte de forma insistente. E em poucos segundos um homem que parecia tá na casa dos trinta e poucos anos aparece vestindo um jaleco entra na sala atrás de Sophia.

-Olá, Maya. Sou o Dr. Lewis. Você sofreu um acidente de carro, tendo poucas lesões física, mas um forte inchaço na cabeça fazendo com que te induzíssemos a um coma para que pudéssemos tratar do inchaço, para evitar quaisquer danos ao seu cérebro, obtivemos sucesso então suspendemos o coma, sei que está confusa e desorientada mas logo os sentidos vão voltar. – Ele sorri gentilmente e se aproxima de mim – Vou te analisar agora, pode me dizer o que sente? 

Pisco os olhos algumas vezes tentando assimilar o que ele disse, mas sem muito sucesso. 

-Estou com dor de cabeça, minha garganta queima um pouco, sinto sede, poderia beber água? -digo por fim falando como estava me sentindo. 

-Vamos te dar apenas um copo de água e alguns comprimidos para a dor de cabeça, precisaremos que descanse, tente dormir agora por si só, assim a luxação vai diminuir com o passar dos dias. – Dr. Lewis responde por fim sorrindo e então indo até a porta – Vou mandar uma enfermeira trazer água fria e os remédios, mais parte poderá comer e tomar mais água.

Concordo com um sorriso e então ele sai e fecha a porta atrás de si.

-Você nos assustou, Maya. Precisava ver como Matthew ficou, foi assustador a forma que falou com o médico. Você o tem bem amarrado em seus dedos, disso não tenho dúvidas, esse homem é louco por você. – Sophia senta na ponta da cama e volta a tocar minha mão e então sorri de forma cansada. – O Christopher sabe sobre vocês, ele parece não se importar e apoiou o Matthew, concordou esperar você melhorar para que possam contar a Sarah juntos. Eles decidiram adiar o noivado daqui a alguns meses – ela aperta a minha mão em conforto e então continua com as notícias -  Sarah veio te visitar com a mamãe algumas vezes, mas as duas voltaram para Seattle ontem, o pai não veio pois pegou uma gripe e achou melhor não contaminar ninguém, Sarah  precisará ficar em Seattle com eles parece que vai precisar vistoriar uma obra por lá da empresa em que trabalha nas próximas semanas, e Matthew e eu revezamos, com muita relutância da parte dele. Esse homem simplesmente morou aqui, e não sai até que eu o ameace, saiu para tomar um banho e disse que logo voltava, logo deve chegar.

Antes que eu pudesse responder, uma senhora super simpática parecendo uma índia entra na sala com uniforme que presumo ser de enfermeira e uma bandeja na mão.

-Olá, Maya. Que ótimo que acordou. Sou a sua enfermeira e me chamo Gomez. – Ela se aproxima e sorri para mim, entrega o copo de água e me ajuda a erguer um pouco, pego os comprimidos e os tomo, então tomo o copo de água devagar, o que causa um conforto imediato em minha garganta me fazendo soltar um gemido de aprovação. – Se precisar de mim só apertar este botão e estarei aqui. – Ela aponta para um pequeno controle na mesa ao lado, então alisa minha cabeça sorrindo, então sai da sala.