O elevador para na cobertura e ele me guia até a porta do seu quarto nomeio do corredor, ali tinha apenas duas portas, a outra provavelmente dava para uma suíte a parte. Ele para de frente a porta segurando o cartão chave do quarto e olha para mim.
- Ainda pode mudar de ideia se quiser – Ele diz hesitando e arqueando a sobrancelha de uma forma convidativa e sedutora.
O encaro dando um meio sorriso, eu não poderia negar o que estava prestes a acontecer no momento em que ele abrisse a porta. Só tinha consciência de uma coisa: eu realmente queria aquilo, definitivamente precisava, e sei que no momento em que aceitei a mão dele, não teria volta, ele era o pecado mais doce que estava prestes a provar e por Deus não me negaria isso. Pela primeira vez estava indo contra todos os meus princípios, quebrando muitas das minhas regras para me sentir viva.
- Nós dois sabemos o que vai acontecer quando entrarmos por essa porta – Solto uma leve risada apontando para a porta.
- Então não vamos alongar isso com desculpas de que vamos conversar e tentar nos conhecer melhor, nós dois sabemos o que realmente importa essa noite, e sei que você é um cavaleiro e eu uma dama, mas essa noite quero quebrar minhas regras mais antigas e fazer o que meu corpo está mandando e depois colocar toda a culpa no álcool, então abra logo essa porta e acabe com toda essa tortura, por favor, ou me mande embora.
Ele me encara sorrindo tentando entender algo e por fim coloca o cartão na porta e abre, ele pega minha mão e me guia para dentro do quarto, deposita o cartão e seu celular em cima de uma mesa e solta minha mão, dou uma olhada ao redor, sempre frequentava o bar, mas nunca tinha visitado os quartos e muito menos a suíte principal e devo dizer que era tão luxuosa quanto aparentava ser.
A primeira coisa que me chama atenção são as janelas do teto ao chão e, apesar das cortinas cobrirem uma parte, aprecio a vista das luzes de Seattle e depois, a cama.
A cama era baixa e exageradamente enorme, o piso tinha um carpete marrom claro luxuoso, na mesa de cabeceira uma luminária branca pequena fornecia claridade para uma leitura ou outra atividade noturna, a cama estava impecavelmente arrumada com uma colcha branca, típica de hotel, e dois travesseiros com a logo do hotel.
Desvio os olhos da cama, relutante, e analiso o resto da suíte, uma poltrona grande bege fica mais ao canto do quarto, numa área de descanso, acredito. Há ainda uma poltrona menor marrom e, numa mesa central marfim, observo um notebook e alguns papéis, o celular e a chave que ele colocou há pouco. Deve estar aqui a trabalho.
Eu o sigo pelo quarto e o vejo parar de frente a um mini frigobar que estava no cantinho, ele abre pegando uma garrafa de vinho e duas taças, caminha em minha direção oferecendo-as, eu as seguro e espero que abra o vinho e sirva um pouco em cada uma das taças, colocando a garrafa na mesa central.
Entrego-lhe uma das taças e levo a outra até a boca, o vinho era doce, mas no fim, um pouco amargo. Eu gostei.
Ele tomava longos goles do vinho, olhando para mim descaradamente.
Esse homem tinha um dos sorrisos mais lindo do mundo, era atraente demais, seus olhos conseguiam o impossível, sua boca era convidativa e perigosa, seu cheiro era um dos melhores aromas que já senti em toda minha vida, madeira e loção de barba, e um perfume caro e o que presumo ser seu cheiro natural.
Desvio minha atenção virando e andando para a poltrona bege. Coloco minha bolsa azul marinho em cima para que eu possa enfim me libertar do meu casaco preto, tinha decidido ir mais arrumada do que o habitual, e graças a Deus por isso. Tinha decidido usar um vestido da coleção de Elie Saab, um azul marinho midi, com uma fenda até metade da coxa, cinto preto na cintura e bordados na parte superior do vestido e pelas mangas longas. Seguro na poltrona e retiro os saltos.
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Série Tentações: Doce Pecado - LIVRO UM
RomanceQuando Maya Moore encontrou Matthew Cooper pela primeira vez sentiu uma forte atração, deliciosamente perigosa. Ela sabia que era errado e que não deveria dar razão a este sentimento, é assim que garotas boas vão para o inferno. Afinal de contas, Ma...