PRÓLOGO

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Doce coração, peço que bata um pouco menos, que palpite um pouco mais devagar, que não tente pular. Doce coração, sei que foste ferido por algo que não há cura, mas tentas te acalmar, sei que te perdeste no meio do caminho, mas vamos encontrar um jeito de voltar, caminhes com calma que um dia acharás o teu lugar.

Mas sei que perdi a razão no momento em que escolhi o possível ato proibido, agora tento encontra-la em meio ao caos de meus sentimentos mais profundos e mal resolvidos, preciso acha-la de alguma forma, só assim poderei sossegar, e enfim, encontrar, a tão sonhada paz.

Sei que fui avisada, isso é certo, "não atravesses esse caminho!" Eu não ouvi, e o que resta é o sentimento de ser muito tarde, tarde demais para virar as costas para o passado, tarde demais para fugir de mim. Tenho em mente apenas uma saída: Tentar (E como tentar) correr para o mais longe que eu puder, lutar pela minha sanidade e segurar o que resta dela, e aí, quem sabe, ainda ter razão, mas, razão? Como fugir de algo, de alguém, que estará te esperando do outro lado por algum motivo?

Deveria ter escutado a lógica quando eu a tinha, não deveria ter escutado tanto meu coração, agora sem saída, correndo por aí, sem rumo, o mais distante que puder e de lado ninguém a me amparar.

Ah ... Eu deveria ter amado menos, arriscado menos ... Deveria ter me protegido mais. E agora, perdida, sozinha, cega e sombria, a única consciência é que preciso ir para algum lugar bem longe daqui, para enfim, encontrar a verdadeira paz.

Solida. Solidão. Não vivo com ela.

Série Tentações: Doce Pecado - LIVRO UMOnde histórias criam vida. Descubra agora