09 - Algo Nela

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Oiê! O cap de hoje está menorzinho, mas eu tenho um leve pressentimento de que vocês vão gostar muito dele.

Besitos!

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Lauren

Três dias se passaram e o machucado dela estava ótimo, e não doía mais tanto, eu consertei a janela dela, tomava meu expectorante e lavava as narinas com muito custo, é muito chato fazer isso, mas necessário, não quero ficar doente e não poder cuidar delas, ou do hotel, que é minha única fonte de renda no momento.

À noite, depois do jantar, nós acendemos a lareira do hall principal, não que estivesse muito frio, mas fiquei com o que a médica disse em mente, e quis testar para ver se eu saberia fazer isso, pois já estaria familiarizada, caso nós precisássemos.

Conseguimos realizar a tarefa, mas rimos um bocado, pois o fogo não pegava de jeito nenhum, e Camila disse que como acendedora de lareira eu era uma ótima consertadora de telhado, eu mereço...

Ela fez chocolate quente pra nós, então jogamos várias almofadas no tapete em frente à lareira e nos enrolamos numa colcha grossa. Passar os dias nesse hotel enorme seria muito mais solitário sem Camila, mesmo com a companhia da minha filha.

– Mamãe! – Carol nos interrompeu no meio de um beijão e nós rimos. A menina tinha ido ao banheiro, e voltou com um enorme sorriso.

– O-oi, filha. – a olhei meio aérea e ela deu um sorrisinho.

– Venham ver o que eu achei!

– Carol, você não está mexendo na coisas...

– Não! – ela se alarmou. – Juro que nem toquei! – cruzou os dedinhos os beijando.

– Vamos, vamos ver o que é! – Camila se animou levantando do tapete e me puxando. Estava tão bom ali com ela...

– Tá bom...

Seguimos a pequena até o restaurante, mas já havia ido ali inúmeras vezes, o que ela viu que ainda não vi?

– Olha! – ela apontou alguma coisa coberta com um pano velho no cantinho, ao lado do bar.

Eu abaixei um pouco e percebi o brilho numa pequena parte descoberta, Camila fez o mesmo e o sorriso dela ficou enorme.

– Uau, que legal! – ela tirou o pano o deixando no chão, para descobrir a enorme e linda Jukebox.

– Faz tempo que não vejo uma dessas. – toquei o equipamento de leve, a última vez Dinah e eu fomos num restaurante que tinha, mas não ligamos muito para ele, a atração da nossa noite era a bebida.

– Eu também. – Camila sorriu saudosa. – Será que ainda funciona?

– Você não vai ligar, vai? – olhei pra ela.

– Por que não?

– A Hernandez pode não gostar. – dei de ombros.

– Não vai quebrar, mamãe, é só apertar o botão de ligar. – Carol insistiu.

– Isso, se só apertarmos o botão de ligar e ela explodir, não será culpa nossa, não tem nenhum aviso. – Camila argumentou e eu não resisti a elas.

– Tudo bem, tudo bem. Vamos ligar. – elas comemoraram pulando de mãos dadas e eu ri, ligando o equipamento na tomada, até aí tudo bem. – Vamos ver... Onde liga...

– Aqui? – Carol apontou um botão escrito on, do lado esquerdo, é claro... Mas eu apertei e nada aconteceu.

– Ué? – Camila franziu o cenho e eu quase pensei que estivesse quebrada, quando lembrei de algo.

O Dom da LuzOnde histórias criam vida. Descubra agora