21 - Sonhando Acordada

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Hello, meus leitores queridos! Pensei que não ia conseguir postar nada hoje, pq eu não tinha quase nada pronto! Rsrsrs

Mas aqui está, mais um cap prontinho pra vocês!

Boa leitura, divirtam-se!

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Lauren 

Acho que minha cabeça nunca doeu tanto quanto no momento em que acordei no quarto de Camila, depois que subimos de elevador. Ela me deu um analgésico, mas parece que ao invés disso, ela me acertou com o taco de baseball.

Eu queria muito levantar, ver como minha filha estava, desde que Camila me trouxe para dentro, quando quase cai no lago, que não vejo minha pequena. Queria muito poder cuidar dela como sempre fiz, mas como posso fazer isso se mal me aguento de pé?

E pensar que faz apenas dois dias que eu estava bem, ao menos fisicamente. Eu lembro do episódio em que Camila ficou trancada no porão, e junto isso ao sonho bizarro em que eu estava nesse tal baile a fantasia, os machucados inexplicáveis de Carol, e tantas outras coisas estranhas que aconteceram com minha filha.

Será que Camila tem razão? Será que existem mesmo essas... coisas que não podemos explicar? É demais pra minha cabeça pensar que sim, mas em uma coisa eu concordo plenamente com ela, quero ir embora daqui.

Tirando o fato de termos conhecido Camila, e de nós duas termos nos apaixonado, as coisas nesse lugar só dão errado. Eu desenvolvi alergias estranhas, quase morri umas três vezes, Carol se machucou feio no túnel do parquinho, e a latina correu um risco que eu desconheço completamente naquele porão, mas que me faz tremer dos pés à cabeça, pensando na possibilidade dela não ter saído dali com vida.

Eu não posso perder Camila, eu já a amo, não quero que nada aconteça a ela. Mas como vou proteger meu amor, se mal posso me mexer? Meu corpo inteiro dói, minha cabeça parece que vai explodir, minha garganta arde como se eu tivesse engolido fogo. E estou cansada, muito cansada, até para pensar.

Não consigo me manter por muito tempo acordada, meus olhos pesam novamente, tenho medo de ter outro pesadelo como aquele do baile, por isso meu último pensamento, o que não é nenhuma surpresa pra mim, é Camila, um momento bom que tivemos há uns dois dias do Ano Novo.

Camila estava tão feliz, tão linda naquela noite, e ela sorria tanto pra mim, acho que estavam sendo bons momentos para ela também, se eu não estiver enganada. Tínhamos finalmente decidido o que faríamos para o jantar e ela queria mousse de chocolate para a sobremesa, mas não achávamos o creme de leite.

Ela jurava que ainda havia duas caixinhas na geladeira ou na despensa, eu tinha certeza de que tinham acabado, mas ela insistia em continuar procurando, e eu só queria uma desculpa para ficar mais tempo admirando seu jeito adorável, tão aborrecida por não encontrar o que buscava.

Carol estava sentada à mesa, na cozinha, apenas observando nossa saga à procura do creme de leite. Ela estava com sono, pois tínhamos estudado um bocado depois do almoço, eu a ajudei com a matemática e Camila com a leitura, também achamos um livro muito interessante e didático sobre biologia na sala da Hernández e Carol adorou, por isso ficamos o lendo até anoitecer.

Havia uma dedicatória no início dele, da Doutora Fisher, dizia “Você ficou tão interessada em Biologia naquela nossa conversa, que eu achei que esse livro seria uma boa distração. Com carinho, Stefany Fisher.” Eu não sabia que elas eram amigas, pensei que fossem apenas conhecidas.

– Camz, não adianta, não tem mais. – Resolvi falar assim que ela olhou pela terceira vez atrás das ervilhas enlatadas. Estávamos na despensa.

O Dom da LuzOnde histórias criam vida. Descubra agora