16 - Passado

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Olá, pessoal! Como vão vocês? Espero que estejam bem.

Segue o cap de hoje, acho que todos já sabem o que assombra a Lauren, só que há mais uma coisa a ser revelada, que ninguém sequer desconfiou até agora.

Beijos, boa leitura!

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Camila

– Lo, vamos subir? – beijei sua bochecha.

– Vamos, estou cansada.

– Eu também...

Deixamos as bandejas por ali mesmo, amanhã eu levaria tudo para a cozinha, só levamos nossas roupas, as dela deixei na lavanderia, e as cobertas. Subimos e só então percebi o quanto eu estava cansada, mas ela parecia bem pior.

– Nossa, que noite... – suspirei quando nos abraçamos na cama, já vestidas com pijamas quentes.

– Nem me fale, pensei que eu fosse morrer. – ela beijou minha cabeça com carinho.

– Lo, posso te perguntar uma coisa?

– Já perguntou. – ela sorriu, já estava voltando ao normal, a palhacita.

– É sério.

– Certo, pode perguntar.

– Não se ofenda, nem se sinta na obrigação de responder. – tentei novamente tocar num outro assunto delicado, do qual ela vem se esquivando. – Quando... Começou a beber? – talvez eu estivesse sendo um pouco traiçoeira em tentar falar disso agora que Lo está tão frágil, mas eu tinha que ter alguma coisa, pelo bem dela.

Ela respirou fundo, mas, ao contrário do que tinha feito sempre que eu tocava no assunto, Lauren falou. – Eu tinha 14 anos...

– Por que tão cedo?

– Minha vida... Era difícil demais.

– Tinha problemas em casa?

– Ele era meu problema.

– Ele quem?

– Meu padrasto. – ela se ajeitou melhor na cama, para aconchegar a cabeça no meu peito. Senti a tensão de Lauren em falar dele.

– Ele era ruim pra você?

– Não, ele não era só ruim, era... Eu continuo não acreditando muito nessas coisas, mas, se você o tivesse conhecido, diria que era a personificação do mal.

– Nossa... – senti um arrepio estranho, vindo das minhas costas até a nuca. Respirei fundo, eu nunca tive essa sensação antes, era assustadora.

– Camz? Que foi?

– Nada, eu só me arrepiei um pouco, do nada. – sorri sem jeito.

– Está tremendo. Agora é você quem está com frio? – Lo sorriu com ternura. Não, eu não estava com frio, estava incomodada, extremamente incomodada.

– Um pouquinho.

– Aqui, ponha as mãos embaixo da minha blusa. – Lauren levou minhas mãos carinhosamente para baixo do seu blusão de moletom e eu as repousei em suas costas.

– Obrigada. Você é um amor. – decidi continuar as perguntas, eu precisava agora que finalmente ela decidiu falar, mesmo me sentindo estranha. – Ele era ruim pra sua mãe também?

– No início não. Quando meu pai morreu, eu tinha 5 anos, ele se mostrou um bom amigo, depois de 2 anos um bom namorado para mamãe, e depois de 6 meses, ele foi morar na nossa casa, não demorou mais que um ano para tudo mudar.

O Dom da LuzOnde histórias criam vida. Descubra agora