18 - Revelações

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Hello, pessoas! Cap meio tenso, mas acho que vocês vão adorar!

Divirtam-se e beijos!

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Narração

Lauren sentou no sofá devagar, a tontura havia melhorado um pouco, mas o tormento não deixava sua mente, como havia ido parar no lado de fora? Lembrou que estava tendo um de seus pesadelos com Clay, e pensou no que disse a Camila, de talvez ter tido um episódio de sonambulismo.

Não lembrava de já ter acontecido isso antes, mas havia tantas lacunas na sua memória, principalmente anos atrás, nas vezes em que chegou bêbada na casa de sua mãe, era tudo muito nebuloso quando pensava sobre o assunto.

Ela olhou para o lado, Camila não estava por perto, ou Carol, sentiu-se só. Observou o teto de madeira do hotel, poderia esse lugar úmido e antigo estar realmente lhes fazendo mal? Nunca acreditou nessas coisas, pois desde sempre só podia contar com ela mesma para cuidar da mãe cadeirante e dos irmãos mais novos.

Por anos pediu com todas as suas forças por essa tal ajuda divina, para livrá-los de todo o sofrimento que aquele homem horrível lhes causara, mas nenhum de seus pedidos jamais foram atendidos, então, coube a ela mesma, com as próprias mãos, obter sua salvação. Se esse Deus realmente existe, ele não vai muito com a minha cara. Pensava nisso às vezes.

Mas agora, pensando em tudo que passaram nesse lugar, as coisas inexplicáveis, e, principalmente, no episódio em que Camila se trancou sozinha no sótão, as coisas mais impossíveis começavam a fazer sentido em sua cabeça. Aquilo foi surreal, Lauren realmente sentiu uma força invisível a arremessar para longe.

“Essas coisas não existem, elas só querem me enlouquecer...”

Laur sacudiu a cabeça. De novo esses pensamentos vindos de lugar nenhum.

“Elas estão em um complô contra mim...”

Ela apertou os olhos com força, talvez fosse melhor dormir mais um pouco, estava começando a embaralhar as coisas de novo, teve medo de ter outro surto de sonambulismo, então deitou novamente no sofá.

“Elas estão contra mim, querem me enlouquecer pra se livrar de mim...”

– Não tem ninguém contra você, Lauren! Não seja estúpida!

Fechou os olhos tentando pegar no sono, não seria difícil, pois, apesar da dor de garganta ter passado, sua cabeça e seu corpo ainda doíam bastante, estavam pesados, difíceis de carregar sozinha, por isso recusou subir para o quarto quando Camila sugeriu.

Quando suas pálpebras finalmente ficaram mais leves, ouviu uma música, era antiga e suave, muito bonita, vinha do restaurante. Lauren franziu o cenho abrindo os olhos, será que Camila ligou a jukebox?

Ela olhou em volta, não havia ninguém por ali, a ex-advogada sentou novamente no sofá.

– Camila? – chamou, mas não obteve resposta. – Carol, você ligou a jukebox, filha? – sua voz saiu fraca, estava cansada. Novamente ninguém respondeu.

A canção ficou mais alta e Lauren bufou, estava com dor de cabeça, será que as duas não tinham um pingo de consideração por ela?! Resolveu levantar do sofá e se arrastar até o restaurante com a intenção de desligar aquela máquina infernal.

Mas, quando chegou lá tomou um leve susto, todas as mesas e cadeiras estavam afastadas, formando um grande círculo vazio no centro do restaurante. A jukebox estava desligada, mas a música suave continuava tocando.

Ela andou devagar, seu corpo protestava, mas ela não lhe dava ouvidos, pois o que se punha diante dos seus olhos a fazia esquecer a dor que sentia, estava entorpecida por aquela sensação de estranhamento e surpresa.

O Dom da LuzOnde histórias criam vida. Descubra agora