07 - Encontros

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Hello, meus amigos! Como prometido, segue um novo cap!

Divirtam-se! Beijocas!

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Camila

Estava tudo tão bom entre nós duas, nosso beijo foi tão gostoso, tão quente... E Lauren beija tão bem que me fez pensar um milhão de bobagens, do que mais ela poderia fazer com aquela língua habilidosa.

Mas aí veio a realidade, me fazendo lembrar da verdadeira razão de eu estar ali. No mesmo instante em que Lauren terminou de vasculhar o quarto e não achou ninguém, eu soube exatamente o que estava acontecendo, além do quê, a fragrância de laranja estava leve no ar, mas presente.

Depois que conversamos eu acabei a convencendo de que tinha tido apenas a impressão de ter visto alguém, mas a pobrezinha agora está tão confusa, eu vi nos olhos dela. Eu sei que era real, mas o que eu diria para ela? Sim, Laur, você viu um fantasma no quarto, afagando os cabelos da sua filha. Ela teria certeza absoluta de que sou maluca.

Além disso, existe esse bendito contrato. Eu não posso deixar ninguém descobrir que existe nada de sobrenatural aqui, ou vou perder o direito ao dinheiro do contrato, e, infelizmente, preciso muito dele pra dar continuidade à minha vida, terminar minha faculdade, parar de encarar essas aparições, minha cabeça não aguenta mais lidar com isso.

Estou exausta, quero uma vida nova, normal de preferência. Sei que minha abuela disse que meus dons jamais desapareceriam, mas posso ao menos tentar ignora-los, aprendi a fazer isso com a prática, e já experimentei desdenhar dos meus dons uma época, quando ainda estava casada, foi um tempo tranquilo, talvez eu possa fazer de novo.

Mas antes eu preciso ensinar a Carol a controlar os dons dela. A menina ainda é tão nova, mas tem um poder inacreditável. Quando ela falou comigo pela primeira vez minha cabeça chegou a doer, e quando ela está nervosa, ansiosa, também acontece, ela é forte demais, até pra mim.

Acordei cedo. Lauren e Carol dormiam ainda, acho que nem chegava às seis da manhã. Levantei devagar, para não acordar as duas, vesti meu roupão quentinho, pois fazia muito frio pela manhã, e fui até o quarto delas.

Abri a porta devagar, olhei em volta. O cheiro de laranja ainda estava lá, era suave, uma fragrância que me fez sentir bem, uma energia... Gentil. Acho que nem tudo que houve nesse hotel foi triste ou perverso. Sentei na cama e esperei um pouco, já lidei com um assim antes.

É raro, porque geralmente eles são acanhados ou agressivos, mas gentis...? Essa é a segunda vez na vida que isso me acontece. Minha abuela dizia que quando um espírito é gentil, é porque eles não querem ir antes de ajudar quem ficou, por algum motivo. Ela disse que esteve apenas três vezes com espíritos assim.

Você quer conversar comigo?”

Tentei me comunicar, esperando o tempo de quem quer que fosse que estava ali, de me responder. Nada de resposta.

Eu posso te ajudar, se quiser...”

Alguns minutos, e nada. O cheiro de laranja foi ficando fraco, mas uma sensação boa me preenchia, era quentinha, aconchegante... E o cheiro desapareceu de vez, mas deixou meu coração em paz. Que estranho.

– Camila? – Carol entrou no quarto devagar, seus olhinhos ainda inchados de sono.

– Oi, amor. – ela sentou na cama ao meu lado.

– Eu preciso te dizer, tinha mesmo alguém aqui ontem.

– Você viu?!

– Não, mas ela falou comigo, disse que eu era uma boa menina e merecia dormir bem, porque sou um anjinho. – ela sorriu.

O Dom da LuzOnde histórias criam vida. Descubra agora