26 - Armadilhas

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Olá pessoal! Estou aqui de novo! Esse não está muito bem revisado, então relevem qualquer erro, ok? Ok.

Besitos, boa leitura!

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Camila

– Não! Meu Deus, não! – Ela levantou da cama, não sei de onde tirou forças, mas caminhou até a cômoda e apoiou as duas mãos ali, os braços esticados e olhando para o chão.

– Lauren... – tentei chamar sua atenção.

– Aaaaaah! – ela sacudia a cômoda com raiva. – Porra! Que porra! – alguns objetos que estavam ali, como o controle remoto e a caixinha das suas lentes de contato, caíram no chão.

– Meu amor, não faz assim... – Eu já estava chorando, dói demais vê-la desse jeito!

– DESGRAÇADO! MALDITO, DESGRAÇADO! – ela puxou uma gaveta e a soltou no chão e mais outra, e outra. Até que eu segurasse seus braços.

– Lauren, por favor! – tentei segura-la, mas Lo ainda estava fraca, e caiu no chão, batendo a cabeça no carpete. – Lauren, meu Deus! Você se machucou?! – ajoelhei ao seu lado.

Ela cobriu o rosto com as mãos, seu choro alto e convulsivo me partia ao meio de tanta tristeza. Eu tinha acabado de contar sobre o que Robin e Riley disseram sobre o pai dela, e como eu já esperava por uma reação assim, pedi para Carol esperar no quarto da frente, ver a mãe assim não pode ser saudável pra nenhuma criança.

– P-por que, Camz? Por que?!

– Meu amor, volta pra cama, por favor! Deixa eu te ajudar a sair desse chão. – também não era nem um pouco saudável pra mim ver a mulher que eu amo nesse estado. Mas eu estaria ali para ela, como eu tinha certeza absoluta de que se fosse comigo, ela agiria da mesma forma.

– Eu queria que ele estivesse vivo, só para eu poder mata-lo de novo! – sua fala continha tanto ódio que me assustou, seus olhos estavam vermelhos e um pouco inchados.

– Não fala isso, você sabe que você não é assim!

– Eu sou! Eu o matei, e se tivesse a chance faria de novo!

– Para! Para com isso! – Ela olhou pra mim. – Você sabe muito bem que só seria capaz de matar se fosse para proteger quem você ama!

– Pra te proteger...

– Eu sei, mas você não vai precisar fazer nada disso. Não fica remoendo algo que não vai acontecer!

– Por que esse maldito tinha que acabar com a minha vida desse jeito?!

– Sua vida não acabou, Lo... – sua expressão me causava um misto de sentimentos, compaixão, piedade, amor, e ódio, um ódio que eu jamais senti por ninguém na vida, a não ser por esse maldito Clay.

– E-ele matou meu pai, ele matou meu pai... – ela chorou. – Ele matou meu pai, e passou uma vida torturando minha mãe, meus irmãos e a mim. Ele acabou com a minha vida, por puro... prazer!

– Olha pra mim. – engoli o choro e a fiz sentar, mas como ainda estava muito fraca, seu corpo descasou no meu. – Sua vida não acabou, está entendendo?!

– Camz...

– Eu sei que tudo isso é uma merda! Mas você sobreviveu uma vez, e vai sobreviver de novo! E depois que esse inferno acabar nós vamos começar a viver!

– Eu não sei se consigo, ele destruiu minha cabeça de um jeito que...

– Mas você está aqui! Sua mãe, seus irmãos, estão vivos e bem, graças a você! Eu sei que o que você teve que fazer foi algo muito pesado pra uma menina de 17 anos, mas você continuou, não foi? Eu preciso que continue mais um pouco, Lo, eu vou te ajudar, amor!

O Dom da LuzOnde histórias criam vida. Descubra agora