04 - Assassino

647 85 130
                                    

Oiê! Olha eu aqui de novo!

Eu realmente tenho parafusos soltos na cabeça, como uma pessoa que morre de medo de terror pode escrever uma história de terror?

Mas eu gosto do mistério, fazer o quê? Mesmo que eu não durma depois de escrever um trecho mais... Tenso, digamos assim.

Beijocas e divirtam-se!

____________________________________

Camila

– Camila? – ouvi umas batidas bem longe... – Camila? – abri os olhos com dificuldade, o quarto estava completamente escuro. Porra, dormi demais...

– Oi, já vou! – levantei rápido e fiquei tonta, me apoiei na cama. – Só um segundo! – abri a porta, era Lauren, e estava... Usando óculos de grau. Que gracinha! Minha expressão deve estar muito idiota agora.

– Oi, é, desculpe, te acordei.

– Não tem problema. – sorri e ela fitou o chão timidamente.

– Eu já imaginava que estivesse dormindo, porque seu quarto estava bem silencioso, mas... Eu fiz o jantar, e Carol queria muito que você viesse comer conosco, então...

– Tudo bem. – toquei seu ombro, o cheiro de laranja estava bem fraco agora. Eu não consigo identificar se algo está para acontecer ou pode ser outra coisa. – Fez bem em me chamar, estou com muita fome!

– Oh, ótimo então. – ela pareceu feliz. – Eu já vou descer, você vem comigo, ou...

– Se importa de esperar só mais um pouquinho? Eu queria tomar um banho. – mordi o lábio inferior e ela encarou minha boca descaradamente.

– N-não, não mesmo, a gente espera. – ela olhou nos meus olhos. – Vou descer, até daqui há pouco.

– Até daqui há pouco. – Lauren foi andando e eu fechei a porta devagar.

Ah, se eu não estivesse no meio de um trabalho... Mas isso não pode acontecer, não agora, talvez se a gente se conhecesse em outras circunstâncias, só que eu não posso me distrair do meu objetivo, e estou escondendo algo importante dela, mesmo por força de um contrato, acho que ela não ficaria nada feliz se soubesse que estou ocultando algo assim.

Tirei as roupas rapidamente e as joguei no cesto, depois vou perguntar a Lauren onde fica a lavanderia, a Hernández apontou tão rápido no mapa, que esqueci. Tomei um banho morno de chuveiro mesmo, depois eu usaria essa banheira, que parece muito aconchegante, mas agora eu não quero deixar a Lauren e a Carol com fome.

Vesti calça de moletom preta mesmo, já que eu não estava tentando impressionar ninguém, tênis, porque, apesar de eu querer muito calçar chinelo, o frio não deixa, uma camiseta branca, e acabei me rendendo à jaqueta jeans, acho que esse aquecimento tá com algum problema, que frio da porra!

– Camila! – Carol sorriu assim que eu entrei na cozinha, essa menina é muito amorzinho!

– Oi, amor, boa noite! – beijei sua cabeça e sentei ao seu lado à mesa.

– Boa noite! Mamãe foi buscar uns pratos bonitos no restaurante, ela disse que você merece algo mais sofisti-sotisf...

– Sofisticado?

– Isso!

– E... Ela disse mesmo ou você...

– Eu li, mas eu juro que não tentei, ela pensou muito alto.

– Consegue ouvir os pensamentos da sua mãe? – me surpreendi, porque eu não consegui ouvir nada, mesmo quando ela parecia muito brava.

– Só às vezes, mais quando ela tá feliz.

O Dom da LuzOnde histórias criam vida. Descubra agora