23 - A Conversa

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Então, meus amiguinhos, chegou a hora da Lo se ligar no que tá acontecendo!

Camila e Carol vão conseguir convencer essa cabeça dura?

Besitos, boa leitura!

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Camila

Subimos para o quarto de elevador, Lauren está a cada momento mais debilitada e não conseguiu subir as escadas. E isso tem partido meu coração de tantas formas. É difícil imaginar que há apenas dois dias ela estava bem, ao menos fisicamente saudável.

Eu preciso mandar esse demônio embora, nos tirar daqui, mas pra isso tenho que ver se o rádio já voltou a funcionar, só que não tive tempo, pois houve toda essa situação com Lauren, que me pareceu ainda mais magra do que ontem, e ainda precisamos ter essa conversa importante, que não pode mais ser adiada.

São tantas coisas na minha cabeça, que às vezes parece que não vou suportar, mas então eu penso em Lauren, em Carol, na vontade que eu sinto de sair daqui e continuar com elas, de ser feliz ao lado delas. Isso me dá forças, isso me faz querer seguir em frente.

Deitei Lauren na cama e deixei Carol de olho nela, e resolvi ir buscar algo para ela comer. Esquentei o risoto e também peguei um copo de leite gelado para ela, pois ela disse que também estava sentindo um pouco de dor de estômago.

Subi com cuidado para não derramar nada, mal entrei no quarto Lo já foi fazendo cara feia para a comida, Carol sorriu com aquela atitude, algo tão corriqueiro, tão cotidiano, que me fez sorrir um pouco também. Uma careta para não querer comer, de uma pessoa aparentemente apenas resfriada, trazia um pouco da normalidade que não tínhamos há algum tempo.

– Nem adianta fazer essa cara, você vai pôr algum coisa nesse estômago, e sem direito a negociar, Lauren Jauregui! – falei autoritária e Carol pôs a mãozinha na boca.

– Nossa, que mandona! – ela cruzou os braços aborrecida. – Minha garganta ainda está doendo, sabia?! – ela estava um pouco rouca também.

– Eu sei, mas você vai tomar esse maravilhoso xarope e um analgésico, e vai melhorar. – deixei a bandeja em cima da cômoda, junto com um jornal velho que trouxe, e peguei os remédios levando para ela na cama com um copo de água.

– Não sei se vai adiantar muita coisa. – ela suspirou, mas eu fiz um sinal discreto com o rosto, apontando para Carol e logo Lauren completou. – Mas eu vou tomar, em algum momento vai fazer efeito, não é?

– Sim, mamãe! Você vai ficar boa, né? – a pequena olhou pra mim.

– Com certeza. Lauren vai ficar boa, e nós vamos sair desse lugar.

A morena tomou o comprimido com a água e logo em seguida o xarope, era uma solução que deixa a garganta um pouco dormente, comprei na farmácia do centro há alguns meses, espero que funcione mesmo, assim ela vai poder se alimentar melhor.

Coloquei a bandeja no colo dela, que começou a comer, só depois que ela quase raspou o prato Lauren falou algo, a pobrezinha devia estar mesmo com fome, e também acho que o xarope funciona realmente.

– Vocês querem ir embora daqui também, é? – ela comentou de repente, depois que eu pus a bandeja de volta em cima da cômoda.

– Sim, mamãe, esse lugar é horrível, não quero mais ficar aqui!

– Eu concordo com a Carol, não quero mais ficar. Não me importa mais que a Hernández quebre o contrato, nossas vidas vêm em primeiro lugar. – Sentei na cama ao lado de Carrie.

O Dom da LuzOnde histórias criam vida. Descubra agora