25 - Segredos

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Oi, oi, pessoal! Sentiram falta da história? Estou de volta com mais um cap!

Só pra avisar, capítulo de transição, pra acalmar esses coraçõezinhos!

PS.: usei essa imagem de novo pq eu adoro esse corredor sombrio rsrsrs

Beijos, boa leitura!

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Camila

Acordei com os gritos de Lauren vindos do corredor, acabei quase dando um pulo da cama, a luz do dia entrava tímida pelas frestas da cortina, Carol também acordou ao meu lado, com cara de sono, mas muito assustada. Mesmo ainda um pouco zonza, eu corri para a porta, e descobri que estava trancada. Como? Eu não faço a menor ideia.

Fui até a cômoda pegar a chave do meu quarto, e ela não estava lá, mas eu lembro o exato momento em que eu a pus ali, ao lado do controle remoto da TV, ainda tentei pensar em algum outro lugar em que ela pudesse estar, talvez eu tivesse me enganado, mas Lauren gritando de pavor do outro lado me fez agir rápido e de forma mais brusca.

Usei meu dom para destrancar a porta, na verdade arromba-la. Ela abriu com um estrondo e eu percebi as luzes do corredor todas apagadas, o que era estranho, pois eu lembro de ter deixado as luzes em frente aos nossos quartos acesas, talvez tenham queimado, mas depois eu pensaria sobre isso.

Ela estava na direção da escada e eu corri até lá. A cadeira jazia no chão, no final da escadaria, mas Lo estava se segurando com o restinho de força que ainda lhe restava numa das madeiras do corrimão, se ela se soltasse acabaria indo escada abaixo também, eu corri e a ajudei a se aprumar, ajeitando os óculos em seu rosto.

Ela sentou no degrau ainda muito ofegante e eu sentei ao seu lado, Lauren me agarrou com força, tentando conter, sem nenhum sucesso, o choro de medo que escapou um tanto estrangulado de sua garganta, nesse momento eu percebi que Carol estava atrás de nós, sua expressão preocupada me fez chama-la para ficar do meu lado.

– Está tudo bem, tudo bem... – sussurrei para elas. – Estamos todas bem, não aconteceu nada.

Lauren ainda tentou dizer algo, mas ela tremia tanto que não conseguiu dizer nada que fizesse muito sentido.

– Fica aqui um pouco. – a afastei e seu olhar assustado foi como se eu a estivesse deixando para sempre. Eu odeio vê-la assim. – É só um pouquinho, eu vou pegar a cadeira pra poder te levar de volta pro quarto.

Lo assentiu e Carol a abraçou, enquanto eu descia para buscar a cadeira de rodas, o lugar todo fedia a laranja podre, apesar do cheiro não estar tão forte, eu sabia que algo horrível rondava aquela área do hotel, e eu sabia exatamente quem era.

Peguei a cadeira e a trouxe de volta para o primeiro andar, Lauren teve dificuldade para levantar e sentar nela, parecia que o que houve agora há pouco tinha sugado ainda mais sua energia, que já era tão pouca.

A levei de volta para o quarto, ela estava calada, abatida, pálida, não era nem sombra da mulher que conheci há meses atrás, seu sorriso encantador e debochado raramente apareciam mais, seus lindos olhos verdes estavam um tanto sombrios e sem brilho.

Eu queria chorar, e minha raiva aumentava a cada vez que eu olhava para ela. Eu não quero conversar, dialogar, nem merda nenhuma com esse filho do demônio! Eu quero, e vou mandar o Clay direto para o quinto dos infernos, de onde ele nunca deveria ter saído!

– E-eu fiz de novo, desculpa Camz... – ela chorou baixinho assim que a pus na cama.

– Você sabe que isso não é culpa sua, não sabe? – Sentei ao seu lado e trouxe seu corpo para descansar sobre o meu. Carol nos olhava triste, em pé ao lado da cama.

O Dom da LuzOnde histórias criam vida. Descubra agora