Na manhã após o Natal, Rory havia acordado revigorada. Nada como um novo dia para poder recomeçar. O céu estava claro, e por mais que nevasse fracamente, o dia estava até quente para uma manhã pós-festas.
-Anne, Diana! – Rory exclamou surpresa e feliz ao ver as duas meninas correrem em sua direção naquela manhã.
-Viemos saber como foi seu natal! – comentou Diana sorridente. – Mamãe adorou o presente que me deu, ela pediu para convidá-la para um chá após o período de festas.
-Um chá de moças? Adorável! – comentou Rory animada.
-Espero que não tenha licores desta vez. – comentou Anne preocupada.
-Que tal explorarmos os quartos? – propôs Rory.
-Que ótimo! Vamos procurar a chave.
Rory não havia subido mais do que o segundo andar, onde ficava os quartos principais, mas tinha dois andares acima intactos. Agora, ela, Anne e Diana andavam pelos corredores silenciosos como se estivessem num grande caça tesouro.
-Toquei diversas musicas no piano e comemos peru assado, nada de muito empolgante. – comentou Diana dando de ombros.
-Também não fiz nada de empolgante. Só foi eu e vovó.
-Bom, eu amei! É meu segundo natal com os Cuthbert, então eu ainda amo muito a sensação natalina em família.
-E conheceu o Bash?
-Sim, que homem maravilhoso! Fiquei fascinada por ele! Passamos grande parte do tempo conversando de suas aventuras em alto-mar. – Anne suspirou apaixonada.
-Gilbert deve ter ficado com ciúmes. – Rory comentou sorrindo e Anne revirou os olhos.
-Ele foi gentil, me deu um presente. – Anne comentou pensativa. – Mas pareceu bem inquieto. Parecia a Marilla quando tinha que correr para casa e desligar o forno. Foi embora depois da sobremesa, mas Bash ficou conversando conosco.
-Ah... – Rory ficou ligeiramente sem graça, se perguntou se seria uma boa ideia comentar que Gilbert saíra de lá para ver Rory.
-Olhem essa porta, vamos entrar! – comentou Anne animada, encerrando o assunto.
Era um cômodo lotado de objetos. Havia vários armários com bibelôs e artefatos antigos.
-Esse armário com certeza são lembranças do mundo. – Diana comentou. – Olhem, quantas lembranças. Isso é de Paris, este é da Itália, acho que este é do Brasil.
-Sua família é tão interessante, Rory.
-Sim, sinto que nem eu a conheço. – murmurou a menina apreciando os bibelôs.
As três andaram pelo longo quarto procurando uma chave que obviamente não estaria ali.
-Que tal um pique esconde? – propôs Diana rindo.
As meninas passaram a manhã brincando, mas antes do almoço elas partiram. Anne e Diana iriam atuar na peça e seria o ensaio geral. Anne comentou que Gilbert e Bash ajudariam no basckstage então Rory ficou animada na possibilidade de conhecer o amigo de Gilbert pessoalmente.
Rory escovava os cabelos e fez duas tranças que começavam no topo da cabeça e caiam a frente sob os ombros, ela usou fitas brancas para ficar mais bonito e se perguntou porque queria tanto causar uma boa impressão. Ela e a avó foram animadas para o centro comunitário local, onde aconteciam as assembleias da vila e seria o primeiro contato de Rory com a população fora da igreja.
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𝐒𝐇𝐄, 𝐠. 𝐛𝐥𝐲𝐭𝐡𝐞
RomantikObrigada a deixar Londres, Rory se vê agora num lugar pacato chamado Avonlea, terra onde seu pai nasceu e cresceu. Numa casa com mais de cem quartos e um jardim secreto, a moça irá perceber que sua nova vida no campo pode ser mais interessante do qu...