Confissões de um Taurino

24 de Julho, 21:30

Diário,

 Tive um sonho muito estranho: sonhei que estava em uma sala num formato de um pentágono e que em cada canto havia um espelho. Eu estava suspenso por fios vermelhos grampeados em meu corpo. Enquanto eu tentava ver meu reflexo nos espelhos, a sala era dominada pelo som de um violino. De repente quando abro os olhos me vejo no meio da avenida vestindo apenas uma cueca e todos me apontavam, rindo. O pior de tudo é que a Manu era umas das pessoas que riam da minha cara. Ainda bem que tudo não passou de um pesadelo. Que sonho mais tosco, não acha?

Hoje mais cedo entrei no facebook e tentei responder da forma mais sucinta as minhas mensagens. Ainda bem que eles não estavam on-line, pois não estava a fim de conversar com ninguém hoje.

   Aleatoriamente resolvi escolher um filme e o sorteado foi A cura. Confesso que chorei muito vendo esse filme. Conta a história de um menino chamado Dexter que durante uma transfusão de sangue recebe o vírus da AIDS e a partir daí ele passa a conviver com os infortúnios da doença, passando por cima de muito preconceito por conta da falta de informação das pessoas da época.Até que ele conhece Erick, um garoto solitário, e ambos passam a ter uma amizade invejável, superando todas as barreiras que o preconceito ergueu. Quando os dois garotos lêem que um médico de Nova Orleans descobriu a cura da AIDS, tentam chegar até ele para conseguir a cura.

Chorei muito. Sabe aquela sensação de você não ter ninguém e de repente passa a ser importante para outra pessoa? Pois é, foi como me senti.

Nunca tive uma amizade como a deles dois. E isso me comoveu bastante. Deveria eu dar mais abertura para que as pessoas se aproximem mais de mim?

Enquanto não acho a resposta prefiro imaginar um final feliz com a Manu, que por falar nela, nunca vi pessoa mais complicada. Será que um dia vamos nos acertar?

Melhor eu ir diário, sono bateu. Boa noite.