APOSTANDO NO AMOR | SARIETTE

16 - OLHAR, NECESSITADA

Pov Juliette

O cheiro do seu corpo me invadiu antes mesmo de eu abrir os olhos. O seu abraço se fez presente e percebi que estava cercada pelos seus braços, presa a seu corpo. Algo cutucava minha bunda e eu conclui o que era antes de despertar por completo, fazendo-me rir.

O meu riso a fez se mexer, esfregando levemente seu pênis na minha bunda. Aquilo me excitou de uma forma que se eu não quisesse sair ilesa do jogo, já teria tirado a minha roupa e a dela.

Sabia que estava brincando com fogo e seduzindo, mas vê-la vermelha e envergonhada ia de fofo a sexy dependendo do meu estado de necessidade.

O final do meu relacionamento com Rodolfo foi ausência total de sexo. Logo, eu devia está no mínimo 3 meses sem nada. Das outras vezes em que terminávamos ou dávamos um tempo, Ariana misteriosamente surgia e eu acabava cedendo.

Sei que aquilo afetava tanto ela quanto eu. Usá-la não era certo, mas sabia que no fundo ela também me usava e gostava disso. Mas dessa vez é diferente, eu não quero colocá-la na minha vida, já que o fim com Rodolffo é definitivo e não quero embarcar em um relacionamento sério com ela.

Ela é bonita, na maioria das vezes simpática, mas como Thais disse, é uma versão melhorada de Mônica e isso me dá um certo receio de ter algo sério com a garota. A impressão é que seu pai está sempre querendo nos juntas e eles estão em um jogo incessante pelo meu coração.

A verdade é que, ultimamente, eu estou preferindo me proteger para não sair machucada. Tenho medo de machucar Sarará no final disso tudo, mas não consigo resistir ao seu sorriso envergonhada.

Ela seria alguém que me faria arriscar e por isso brinco, para que meu coração entenda que não é nada sério e que ele não se apaixone. Mas está cada vez mais difícil tê-la por perto e não tocá-la.

- Juju... - Sua voz rouca e abafada no meu pescoço se fez presente, fazendo-me arrepiar.

Tentei virar devagar meu corpo e percebi que ela estava ainda de olho fechado, sinal de que estaria sonhando comigo. Seu rosto franzido e sua boca entreaberta era tão sexy e excitante.

- Juju...

Merda! Essa voz era o meu fim, eu preciso acordá-la antes que ela goze agarrada ao meu corpo e me dê uma amostra dos seus gemidos enquanto estivermos fazendo sexo.

Quer dizer, não faremos sexo. Não mesmo, nunca.

- Sarará. - Sussurrei e balancei levemente o seu braço. - Sarará, já passou das 8:00 horas.

Ela abriu vagarosamente seus olhos me hipnotizando momentaneamente e se assustou ao me ver colada a seu corpo. Se afastando em questão de segundos.

- No...nossa, Juju. Desculpe, e...eu... - Ela baixou o olhar indo de encontro ao seu membro ereto e se virou bruscamente tentando esconder o que eu fiquei sentindo durante alguns minutos. - Eu vou tomar banho, se importa?

- Não, claro que não.

Ela se levantou em um pulo, puxando o lençol consigo, cobrindo totalmente sua ereção que, por sinal, era bem volumosa. Dando uma leve noção do tamanho do seu pênis.

Aquilo me excitou mais ainda. Definitivamente, eu estava necessitada de sexo.

Ela demorou quase uma hora para sair do banho. Provavelmente, estava criando coragem para me encarar. Quando adentrou no quarto, seu olhar estava no chão.

- Juju, desculpa se te abracei durante a noite, eu devo ter sentido frio. - Disse mantendo seu olhar no chão. - Eu não dormirei mais na mesma cama que você, só quero que acredite que não agi de má fé.