Capítulo 2: Não estás sozinha

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- Kate Bishop. - Kate vira-se para trás ao reconhecer aquela voz. Não era possível. Yelena tinha ido embora depois de perceber o que havia feito e no entanto, lá estava ela. Ali. À sua frente.

- Yelena? - Kate estava surpreendida mas aos poucos começou a ficar aborrecida. - Já te disse para não me chamares pelo nome todo.

Desculpa. - Yelena riu como se o facto de Kate estar chateada tivesse piada.

Kate ficou parada a olhar para ela com o olhar mais estranho que alguma vez tinha feito.

- O que foi? - disse Yelena - Eu não fiz nada. Ainda.

- Claro que não fizeste nada! - Kate olhava para ela intensamente. - Nem sequer tentaste matar o Barton quando eu te disse que ele não tinha feito nada, nem me empurraste contra uma janela e esfregaste a minha cara no vidro. - Kate mostrou o galo que tinha na cabeça. -  E depois só disseste adeus e mandaste-te da janela abaixo.

- Ao menos não te dei uma chapada na cara quando tentaste carregar no botão do elevador. - ficaram a olhar uma para a outra sem saber o que dizer. Yelena sorriu. Desataram-se a rir como duas bêbedas doidas.

- Pois, desculpa por isso. - disse Kate com as mãos na barriga de tanto rir.

- Não te culpo. Estávamos a lutar. - sorriu - Por mais estranho que pareça, tive saudades tuas Kate Bishop. Yelena aproximou-se de Kate e envolveu-a num abraço. Aquilo era estranho ao início, mas depois de algum tempo, sem notar, Kate também já tinha os braços à volta da amiga.

- Ainda não percebi uma coisa. - disse Kate.

- O quê? 

- Primeiro, porque é que estás aqui e segundo, porque é que cheira tanto a queimado.

- Oh não! O macarrão! - Yelena foi a correr até à bancada da cozinha.

- A sério. - Kate olhou para ela - macarrão?

- Era para ser como no primeiro dia em que no conhecemos. - disse Yelena com uma cara indignada - Mas não deu certo.

- Isso já eu percebi. - Kate soltou uma gargalhada.

- Esquece. - disse Yelena - Vamos só a um restaurante.

- Mas espera! Ainda não sei porque estás aqui.

- Vem. Eu conto-te tu o que precisas de saber quando chegarmos.

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Já no restaurante, enquanto Yelena fazia o seu pedido, Kate perguntava-se porque é que estava ali. Da última vez que tinha visto Yelena, tentava empurrá-la para qualquer coisa. Na altura, Kate não confiava nela. Agora, havia qualquer coisa nela que a fazia querer estar perto. Quer dizer, já não via Yelena há uma semana e do nada ela aparece e Kate andava atrás dela sendo que ela tinha aparecido em sua casa sem dizer nada.

- Olá? - Yelena olhava atentamente para ela. Foi só aí que Kate percebeu quão lindos eram os seus olhos. Eram um verde que Kate nunca tinha visto. O seu cabelo louro. Aquilo deixou-a com uma sensação desconfortável na barriga.

- Kate? - disse Yelena impaciente. 

- Ah! Desculpa. Estava distraída. - Kate sorriu e Yelena fez o mesmo. Aquele sorriso estava a dar a Kate aquela sensação estranha na barriga outra vez.

- Não vais comer nada? - Perguntou Yelena.

- Ah sim! Pode ser uma margherita. 

O senhor que estava a atendê-las anotou no seu caderninho e saiu de ao pé delas.

What if... - Katelena PTOnde histórias criam vida. Descubra agora