Ela não sabe no que está se metendo...- Sussurrava enquanto costurava na agulha, alguns pontos de um novo vestido- Eu não preciso saber de tudo, para reconhecer que esse Mozart não é de confiança. Se eu soubesse que iria ser assim, que eu colocaria a vida dela em risco, nunca aceitaria sua vinda para essa casa, ela pode ter certeza, essa casa é pior do quê qualquer internato- Dei um puxão forte rompendo a linha.
_senti um beijo forte na minha bochecha, que me deu um susto e tanto.
Argh...- Resmunguei suspirando.
O que foi?- Ele se sentou na mesinha de centro, na minha frente- Não gostou da surpresa?
Claro que eu gostei, mas levei um susto- Falei grossa.
Desculpa, não queria te assustar- Segurou meu joelho, e puxou a minha camisola, que havia subido um pouco.
_suspirei fundo novamente.
Me desculpe...- Neguei com a cabeça de olhos fechados- Eu acabei descontando a minha raiva em você, me desculpe.
Não, tudo bem- Apertou meu joelho e me deu um sorriso olhando nos meus olhos de uma maneira linda, senti vontade de cavar um buraco e sumir- Mas vem cá, me explica o que aconteceu.
O Mozart... o Mozart e a Riley- Voltei a balançar minhas pernas com impaciência- Eu não gosto deles juntos.
Você tá com ciúmes de Riley?- Franziu o cenho esperando a minha resposta.
Não estou com ciúmes, é que, é que...- Solto outro grunhido por não saber explicar, eu não queria magoar ele, ao dizer que não consigo mais aturar seu irmão com aquele sorriso sonço.
Você não confia no Mozart?- Perguntou literalmente se dando a resposta.
Aí, eu não sei!- Olhava fixo para a costura que estava me distraindo a muito tempo- Eles saíram hoje, eu tenho medo no que Riley pode se meter andando junto com ele.
Pra onde eles foram, pro jardim?- Neguei com a cabeça.
Se eu soubesse que ia ser assim, tinha mandando você levar ela embora desde o início!- Sussurrei novamente.
Para de resmungar, você já tá parecendo uma veia- Ele riu e se levantou tomando as coisas que haviam na minha mão e jogando para longe- Eu acho que a Riley já tá bem grandinha para decidir o que fazer da vida, saber o que é certo e o que é errado, agora...- Me empurrou para o lado me deitando no sofá e subiu encima de mim- Vamos aproveitar esse momento, porque eu já tava louco de saudades de você.
Não, não, peraê também!- O empurrei pelos ombros para cima- Eu tô preocupada com a Riley fazendo exatamente isso, eu também não vou fazer, a gente não tem nada!
Como assim, claro que a gente tem algo- Parei de me levantar para ver o que ele iria dizer- Você é minha namorada, uma das coisas mais importantes para mim, nessa vida.
Sim, ele sabia como me derrubar.
Se aproximou e deu alguns selinhos, já que eu não tinha mais palavras para discutir sobre nada, se pôs encima de mim de novo, me apertando com força contra o sofá.
Me beijava com uma paixão avassaladora, ele parecia que queria me engolir se eu deixa-se. Quando a falta de ar o atacou, ele decidiu partir para beijar meu pescoço com pressa, enquanto recuperava o fôlego.
Espera, Edwin, espera- Falava para que ele relexa-se um pouco, tava muito animado para a comemoração de um namoro- Também não é pra tanto, já deu.
Eu sei, eu sei!- Ele me beijou novamente e depois se afastou- Mas eu te quero logo, você não sabe a quanto tempo eu tô esperando por isso.
Você fala como se só dependesse de mim- Me sentei também ajeitando a minha roupa- Tá esperando isso a quanto tempo?
Não vamos falar sobre nada disso que você perguntou- Ele mudou de tom limpando a garganta e se levantou.
Por quê não?- Também levantei- Eu sei que é início de namoro, mas, bem que temos condições de...
Rebecca, agora não- Estendeu a mão.
Tá bom, não tá mais aqui quem falou- Peguei meu baby-doll que havia tirado quando ainda estava costurando.
Me desculpe, eu... eu tento ser uma pessoa melhor, por você Rebecca- Ele se aproxima de mim pelas costas- Mas eu ainda não estou pronto para conseguir arcar com uma família, e eu sei, que isso é tudo que você mais deseja na vida, eu não quero brincar de faz de conta com você.
Obrigada por ser sincero- Me virei para ele- Eu entendo que você ainda não queira, não precisa se preocupar com isso, eu espero- Sorri e o abracei.
Eu quero formar uma família de verdade contigo, mas só tenha um pouco de paciência- Passava a mão pelo topo da minha cabeça.
Eu vou ter paciência, assim como vou ter o privilégio de te dar seu primogênito- Senti seu coração acelerar, ele gostou da ideia- Eu vou te esperar o tempo que for preciso.
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CONCUBINA
RomanceUma jovem garota é adotada na véspera de sua despedida do orfanato. Confusa, mas ciente de que poderia construir uma nova vida com seus então mais novos pais, ela se aprofunda nesse destino. Porém, uma velha conhecida, e empregada fuchiqueira, talv...