CONCUBINA

Os Noivos

Aquela ansiedade toda tava me fazendo ter vontade de ir ao banheiro, estava suando frio, me sentia incomodada, precisava passar a mão fresca em meu rosto.

Falei para Mozar que me levou até próximo o banheiro, e depois se afastou, entrei e encontrei algumas mulheres lá, fui até a pia mais distante vazia e molhei minhas mãos, logo após, passando em meu rosto.

Peguei um pouco de papel toalha e enxuguei minhas mãos e o pouco do meu rosto molhado, eu não estava mais aguentando aquela pressão, precisava de Edwin perto de mim.

Somente ele poderia me auxiliar, e me deixar tranquila uma hora dessas, aliás, eu só vim para cá para poder ver ele, e até agora nada, sendo que passei apenas meia hora, mas isso não muda o fato de que ele ainda não apareceu.

_terminei e sai do banheiro pretendendo voltar para o lado de Mozar, e esperar Edwin um pouco mais. Antes que minha paciência acaba-se. Sai do banheiro ajeitando meu vestido, e olhei ao lado quando escutei a voz de alguém.

Edwin... olhei para ele com aquela criança de colo, ele sorria para ele e mexia em sua gravata borboleta, fazendo cócegas nele. Assim que ele me viu, teve a mesma reação que eu, ficou paralisado no tempo.

Rebecca?!- Ele me acordou do transe.

Edwin!- Fui até ele para abraçá-lo.

Não, para!- Sussurrou rígido- Você... você... o que tá fazendo aqui?!- Ele virou a criança em sua direção, apoiando sua cabeça em seu ombro.

Como assim?- Olhei para a mão dele me empurrando para trás- Você me chamou, eu vim.

Te chamei?- Franziu o cenho fazendo uma dúvida crescer em mim- Com quem?

Mozar- O olhei confusa- Eu estava esperando você chegar, aconteceu algo de errado com sua viagem?- Tentei novamente uma aproximação levando minha mão até seu rosto- E essa criança?

Rebecca, não...- Negou meu toque novamente afastando minha mão- Agora não, eu vou chamar um motorista e você vai embora.

Edwin, o que tá acontecendo?- Perguntei novamente sem entender- Eu... eu achei que você ficaria feliz ao me ver, mas você tá evitando até meu toque, parece que tá com medo, do quê?

Não... não é isso- Negou com a cabeça e coçou a testa com o polegar- Eu só acho que essa festa vai ser um desastre, poderia ter te chamado para qualquer lugar, menos para esse- Veio até mim e segurou meu rosto um tanto inseguro, me entregando um beijo rápido- Vai embora meu amor, por favor, eu tenho medo que você se machuque por um erro meu.

Já que é assim, eu vou embora- Assenti com a cabeça com um sorriso- Nos vemos amanhã?- Perguntei vendo vendo-o se afastar de costas.

Sim, me espere em casa- Deu as costas e foi embora.

Isso não estava me cheirando coisa boa, então, com certeza é melhor eu ir embora, vai que ele esteja tentando me proteger dos seus outros aliados, os quais ajudaram no assassinato dos meus pais que querem me fazer algum mal.

Peguei rumo para sair daquele corredor e avisar para Mozar que eu estava indo embora, o encontrei assim que saí dali, bebendo um coquetel, eles gostam mesmo dessas porcarias com álcool.

Mozar, eu já estou indo embora- Falei baixo assim que me aproximei dele.

Não antes da gente ir ver as obras de artes na sala ao lado- Ele estendeu o braço para mim.

Mas é que...- Ele me interrompe.

O carro vai demorar de chegar, vamos logo!- Sorriu animado.

Na verdade, realmente pensei nisso. Aceitei ir no enorme corredor das obras de artes com Mozart, eu sinceramente não entendia nada sobre aqueles quadros de reflexão.