Pessoas Vão, Lembranças Ficam

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Desci para tomar café da maneira que eu estava, dormir tão pouco de tanta preocupação na cabeça, tava tão desatenta que deixei aquele grande hobbie arrastar pelo chão.

Cocei um pouco a minha cabeça e bocejei ao entrar na sala de jantar. Fiquei até um pouco assustada, depois de tanta tempo, ver outra pessoa sentada a mesa era impressionante.

Hoje eu dou um jeito nela.

_cheguei mais perto da mesa e me sentei na cadeira de anfitriã, aliás, a casa era minha, e hoje, eu ia fazer jús de ter esse poder ao meu favor.

Bom dia. Como está?- Perguntei colocando um pouco de chá para tomar.

Estou bem- Comia parecendo uma esfomeada, falando de boca cheia- Mhm... você viu como ele é lindo? Eu fiquei observando, olhando para ele e acabei lembrando de você. O mesmo narizinho...

Nossa...- Bebi um pouco do meu chá, a olhando de canto- Eu vi direitinho, mas não percebi. Ele parece... com o Mozart. Era de esperado- Ficamos em silêncio por um tempo, até eu decidir falar apos citar o nome daquele infeliz- Você sabe que o que Edwin disse, tem noventa porcento de chances de acontecer. Vai mesmo torcer por esses dez porcento?

Olha Rebecca...- Ela suspirou fundo, e se recostou na cadeira- Sei que pode ser arriscado, mas... só te peço alguns dias para que eu possa conseguir me recuperar. Eu não posso perdê-lo. Não posso perder o meu filho para aquele...

Sim, eu sei. Entendo- Peguei em sua mão encima da mesa, tudo que eu queria ouvir era isso. Mas talvez, querer proteger seu filho agora fosse tarde demais- Pode ficar aqui, mas não duvide da capacidade que Mozart tem de ser traiçoeiro.

Apertei sua mão forte por ela finalmente ter entendido que Mozart não à merecia, nem a seu filho. Fiquei sentindo seu toque em minha mão e seu abraço por algunsbdias depois que ela foi embora, era doloroso voltar a conviver sozinha, e ter a leve impressão de que a qualquer momento Edwin iria aparecer e me tratar mal como sempre fez.

[...]

Tentei passar o tempo conversando com alguns serviçais da casa. Vários já tinham sido dispensados, obviamente não era eu quem mantinha seus salários, então Edwin deixou apenas o suficiente.

Ele não veio mais aqui em casa, mas em compensação Mozart veio atrás de seu filho querido. Ficou desnorteado ao saber que ele não estava mais aqui, e saiu revoltado da minha casa após eu expulsá-lo.

Encarando o teto do meu quarto, onde tentava dormir, várias coisas passavam pela minha cabeça, e eu impressionantemente não tinha soluções para nenhuma delas.

Passava o dia devorando os livros, presa na biblioteca, buscando uma forma de escapar de tudo aquilo, mas era quase impossível.

Minha cabeça doí

Entrei no meu quarto e fiz tudo como de costume, apaguei a luz do abajur e me deitei para dormir. Eu sabia que aquela dor de cabeça serviria pafa alguma coisa, e felizmente me fez esquecer de alguns problemas, e então consegui dormir.

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