Na Mira da Polícia

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Eu pude ver sua cor mudar literalmente, Edwin pegou a minha mão e voltamos depressa para casa, parece que ele havia escutado a própria anunciação da chegada de uma notícia ruim.

_subimos as escadas da varanda e a porta logo se abriu, demos de cara com o Mozar conversando com a Riley.

Mas assim que entramos o silêncio se tornou presente. Mozar olhava de uma típica maneira de quem havia vencido algo, olhava com submissão para Edwin.

_Edwin se pôs na minha frente, como se até quisesse me proteger de alguma coisa.

Irmão, que conhecidência nos encontrarmos logo aqui- Mozar assentiu com a cabeça ainda com seu sorriso debochado.

[...]

Pele clara, cabelos ondulados negros, olhos castanhos. Não, eu realmente não me lembrava dele, porém, sentia a sensação que ele me lembrava alguém.

[...]

Agora minha ficha tinha caído, eu sabia que Mozar me lembrava alguém, ele me lembrava Edwin. São irmãos, tinham a mesma competência de serem tóxicosr, mas, parece que isso ainda não respondia as minhas perguntas.

Se você ficar na frente dela, como se estivesse a protegendo, ela vai ficar com medo de mim- Mozar encostou em seu peito- Fala para ele que somos amigos Rebecca, fala.

_eu iria abrir minha boca para falar isso, mas Edwin tinha outros planos.

Vocês duas, subam- Ordenou.

Por que?- Perguntou Mozar- Podíamos conversar entre nós, falarmos sobre nossas vidas uns com os outros. Você já falou com o que trabalha, ela iria adorar saber.

Ela já sabe! Temos algo importante para fazer agora Mozart, esqueceu da reunião?- Tentou falar baixo, mas havia algo de errado com a sua voz- Todos os outros já devem estar a caminho, e vocês, vão pros seus quartos, e não saiam de lá até a segunda ordem.

_vi Riley dando alguns passos para trás até decidir começar a subir as escadas.

Quem tá vindo pra cá, Edwin?- Perguntei um pouco preocupada. Aquele sorrisinho ladino de Mozart estava me dando medo.

_ele se virou para mim e me fez andar alguns passos para trás enquanto segurava meu rosto.

Você não precisa se preocupar, só peço que não desça, por favor- Ele me passava confiança no seu olhar, me deu um selinho demorado até me liberar para subir.

Casal do ano, amei- Mozart ri irônico.

Passei por eles e voltei para o meu quarto, queria ir pro de Riley, só que Edwin mandou eu não sair do meu quarto, melhor eu não contrariar.

Agora eu fico imaginando, quem serão essas outras pessoas que iram vir. É muita coisa para conseguir pensar em pouco tempo, melhor eu tentar dormir e esquecer essa história.

(...)

Foi o que eu pensei, que poderia dormir e esquecer disso. Mas primeiro eu tinha que me esquecer para dormir, e como já sabemos, não existe pessoa mais curiosa do que eu.

Paranbulava pelo quarto tentando saber o que eu poderia fazer para me distrair, eu poderia pegar um livro, mas aqui não tem nenhum livro, e de brinde, eu não posso sair para buscar.

Ou talvez, para conseguir ouvir o que eles tanto falam lá em baixo. Mas eu acho que não precisaria de muito eu sair para conseguir ouvir o que estava acontecendo.

Argh!- Uma batida forte foi audível do meu quarto após esse grito- Eu tô precisando de um lugar pra me esconder, você tem que ceder!- Era alguém desconhecido.

Vocês me nomearam líder nessa porra!- É a voz de Edwin, gritando irritado- Se eu tô falando que aqui não dá, é porque não dá!

Mas se nós te nomeamos líder, você tem que nos ajudar a fugir- Mozart entrou na conversa.

Se vocês realmente me considerassem líder, tinham me escutado!- Outra batida forte contra algo- Se eu estou nessa posição, é porque sei quando é a hora certa de atacarmos, parem de agir como crianças!

Falou o mais velho- Impressão minha, ou Mozart realmente queria tirar Edwin do sério?

Então tá, Charlton é o mais velho, ele é o líder- Falou em desistência- O que você irá fazer para proteger seu irmãozinho do meio?

_deu-se um tempo de silêncio, encostei na porta para entender mais sobre o assunto, por mais que eu não tivesse nada haver.

Essa casa tá na mira da polícia...-

O que?!

Outro tempo de silêncio, após aquela outra voz desconhecida- Eu não faço ideia de como te ajudar Guto, você tinha que ter pensado antes de fazer essa merda.

Pouco importa!- O outro, mais estressado, voltou a se comunicar.

Pouco importa pra você, seu moleque!- O outro retrucou- Tudo que importa é umas putas encima de você, o resto é resto. Você pensou no que poderia acontecer com a gente, cadê a sua irmandade, somos irmãos porra, mas você sempre tem que dar um jeito de fuder com tudo.

Já deu, já chega!- Edwin volta a se pronunciar- Aqui você não fica, eu vou arrumar um lugar para você ficar, ninguém vai cair.

Agora, dá próxima vez que você colocar a gente em risco, pode ter certeza que você tá fora- Mozart.

Vou te deixar de castigo um tempo em Jackson- Edwin- Aproveita esse tempo, pra pensar no que você fez.

[...]

Fiquei a noite toda pensando no que ouvi, acho que foi por isso que Edwin mandou eu ir dormir. Pelo o que entende, uma pessoa tá envolvida com a polícia, mas ele não pode ficar aqui porque...

Essa casa tá na mira da polícia?!

Não é possível, Edwin não me deixaria aqui se eu estivesse correndo o risco de ser presa injustamente, mas que tem algo de errado nessa história, tem.

E eu pretendo descobrir.

Srta. Rebecca, presta atenção no que cê tá fazendo!- A empregada vem para o meu lado e toma a faca da minha mão- Não era pra eu ter deixado a senhorita fazer nada, pelo amor de Deus, para, para!

Não, foi um vacilo- Tento convencê-la- Me deixa continuar.

A campainha tocando lá, por favor, faz o seu que eu faço o meu!- Me empurra devagar para que eu saísse.

Enxuguei as minhas mãos após levá-las contra a minha vontade, mesmo com tudo que agora eu podia fazer em casa, eu ainda estava sentindo um certo vazio, precisava me ocupar.

_fui até a sala ajeitando os fios de cabelo que tinham saído do meu coque, mas quando eu cheguei, Riley já estava atendendo Mozart por mim.

Me lembro que do jeito que ele me olhou e ironizou o tempo todo ontem, e até agradeço que ela tenha o atendido primeiro, porém, eu tinha um certo medo deles ficarem juntos.

Riley o olhava toda derretida, enquanto ele a olhava da mesma maneira que me olhava. E não era ciúmes, e sim pelo simples fato que ele mudou comigo de repente.

Ele não me pede mais para recepciona-lo, eu quero descobrir a razão para ele está com tanta aproximação dela, ele não é desse jeito, não é meigo, e sim, sonço!

_de canto observava os dois conversando na porta, ela o convidou para que entrasse, mas ele a levou para o lado de fora. A minha vontade era de mandar ela voltar, porém, eu não mandava nela.

_afinal, Riley tinha mais liberdade do que eu nessa casa.

_mas eu vou fazer a máscara dele cair. Ah se vou!

CONCUBINAOnde histórias criam vida. Descubra agora