Azar ou Sorte?

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Olhei para a empregada levantando o bebê e infelizmente não pude ver nada, ela voltou a me olhar, enquanto na minha cabeça, só passava, se era um menino, ou uma menina.

Eu estava pouco me lixando para o que Mozart pensava ou deixava de pensar, mas se fosse um menino, pelo menos a Riley teria garantia de alguma coisa nesse mundo.

Srta. Rebecca- Meu coração veio a boca com toda aquela angústia- É um menino.

Filho da puta!- Me levantei com a mão na boca.

Aí, não, não pode ser!- Riley suspirou fundo, completamente derrotada, se deitou no chão- Eu consegui. Eu consegui! Eu consegui! Eu consegui!

Parece que não é só eu que tenho azar.

Leva ela daqui- Edwin entrou no quarto, aparentemente nada bem.

Não espera!- Ela ergue a mão.

Esperar é o caralho!- Falou estressado e parou apontando o dedo para ela- Se fosse um garota você estaria quase pulando essa janela agora, mas está aí, a agradecendo por ser um menino como se fosse ficar com você! Sua burra!!- Disse rígido, eu podia ver ele queimar de raiva- Assim que Mozart saber que é um menino, ele vai tomar essa criança de você!

Calma Edwin, não precisa ser assim- Peguei em seu braço, mas ele o balançou agressivamente para que o soltasse.

Sabe o que eu vou fazer?- Ele deu alguns passos para trás, pretendendo se retirar do quarto- Eu ficar muito satisfeito em dar essa notícia pra ele, já que você queria tanto dar um menino a ele.

Para Edwin, ela agiu sem pensar, não precisa ir tão longe, ela falou sem pensar!- Peguei em seu braço, e o fiz parar, por mais que insistisse em não me olhar- Para com isso meu amor, você não é assim.

Parece que tudo que ela falou você não deu a mínima, você escutou, pelo menos escutou a parte dela dizendo que não queria?- Assentiu com alguns dedos na cabeça.

_estava realmente possesso por ter sido enganado, tanto por Riley, quanto pelo seu irmão, quanto por mim.

Eu também tô muito chateada com tudo isso, mas não pode chegar ao extremo- Encostei em seu peito, tentando trazer o Edwin que eu conhecia de volta, aquele agressivo eu já tinha enterrado nas minhas lembranças a tempo- Já pensou como vai ser ruim ela crescer sem ter uma mãe?

E quem disse que eu ligo?- Fez uma feição de egoísmo enorme.

Não. Edwin não tinha mudado, era o mesmo troclodita que só se importava com o seu próprio umbigo de sempre. Ele nunca mudou, era apenas uma máscara. Olhei bem para ele, procurando a maneira ideal de lhe responder.

É verdade, se você liga-se, não havia matado os meus e me abandonado naquele inferno de orfanato por tantos anos- Falei rígida, com uma voz mais grossa que a de comum, eu realmente estava brava.

Eu também cresci sem um pai, e quando aquele maldito apareceu, mandou eu fechar uma droga de acerto de contas com a tua família!- Respondeu alto apontando o dedo pra mim- Foi um verdadeiro erro eu ter me envolvido nessa jossa de acordo, que só me trouxe coisas ruins!- Se virou de costas, andando de um lado para o outro- Que raiva que eu tô do Mozart, se eu soubesse não tinha colocado mais ninguém nessa casa!- Empurrou o pote de flores me fazendo tremer por causa daquele barulho de estilhaços.

_ele encostou-se na parede, onde se manteve calado e pensativo.

Você...não faz ideia... de como acabou de me machucar agora- Falei segurando o choro- Eu tô sempre tentando fazer o melhor pra você, porque eu gosto de você, mas pelo o que parece, a gente nunca vai dá certo.

CONCUBINAOnde histórias criam vida. Descubra agora