Tarefa Fácil

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Edwin?- Chamei seu nome, e me sentei na cama o procurando até onde meus olhos iam.

Ele já foi embora Rebecca.

Descontente com a ideia de ter o perdido novamente, não tive outra escolha a não ser ir tomar um banho, mas pelo menos, estava relaxada ao ter tido sua presença ontem, e saber que ele estava bem, mesmo após levar um tiro.

Mas recapitulando, não o perguntei como se iniciou essa troca de tiros, e a troco de quê? Voltei a refletir, que eles fugiram por causa de um assalto a banco, mas além de assassinos, ainda são ladrões? Rebecca, a onde você se meteu.

Se apaixonou por um chefe de quadrilha, assassino, e ladrão. Mas se eu não me envolver com esses esquemas, acredito que eu possa ter o carinho de Edwin, não quero perdê-lo, mesmo que pra isso eu tenha que ser enxergada como a amante dele.

Lavei meus cabelos esperando começar um novo dia, com novos sentimentos, pretendendo deixar tudo isso para trás. Eu já estava bem com Edwin, e isso era o que importava. Afinal, quem vive de passado é museu.

[...]

Alguns dias depois...

Sai do quarto enxugando os cabelos molhados na toalha, não tinha ninguém em casa, queria ficar mais a vontade, então vesti minhas roupas de dormir, e fiquei passeando pela casa com o meu hobbie, porém, sentia alguma coisa estranha.

Está tudo muito bem demais para ser verdade.

O telefone tocou, suspirei fundo, tinha acabado de pensar na minha paz, já vinha coisa pra cima de mim, tinha certeza. Fui andando até o outro lado da casa, já que Riley quebrou o telefone principal, e o novo ainda estava pra chegar.

...
Alô?- Falei.

Rebecca, preciso que você faça um favor pra mim. Só que tem que responder se vai fazer ou não, não adianta escutar e depois dizer que não vai fazer- Edwin.

E eu consigo dizer não pra você?- Perguntei.

Você vai ter que ir na minha casa.

A não, peraê!

Vai Rebecca, sim, ou não!?- Disse mais rígido, até me preocupei, quem sabe não é algo realmente sério.

Tá bom, Edwin, vai- Me recostei na parede, para poder ouvir.

Você tem meia hora pra chegar na minha casa, e entrar junto com aquela senhora que conversou conosco no baile.

_quando ela chega, você aproveita e fingi que é uma das convidadas. Amélia só aparecerá lá depois, por isso tem que sair agora para poder conseguir o que eu quero antes dela chegar. Aproveite um momento de distração e suba as escadas, siga o corredor enfrente até o final dele e vire a direita, o meu quarto é o único virando a direita, não tem erro. No closet, a onde ficam algumas paletós, tem um fundo falso, a única coisa que você tem que fazer, é entrar no fundo falso, ir até a única caixa de papeladas que tem lá, e pegar o envelope com o nome do Guto. E volta pra casa, só isso.

Nossa, só isso...- Arregalo meus olhos impressionada- Sim, e como eu vou chegar na sua casa?

Duas mulheres, que trabalham... pra mim, vai! Duas mulheres que trabalham pra mim vai ir te buscar no portão, já dei ordem para os guardas te liberarem. Elas vão ser necessárias, pra se caso acontecer algo. Leva teu revolver.

Sim, mas porque Amélia não te entrega?

Por que ela tá brava comigo, agora solta esse telefone e vai logo, é urgente!

[...]

Coloquei o chapéu e ajeitei meu vestido beje, que ia até meus joelhos, segurei a bolsa que estava carregando com força, ali estava o revolver, que não iria usar, mas levar só de segurança, essa Amélia é louca.

CONCUBINAOnde histórias criam vida. Descubra agora