6 - Dara

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Depois que eu tive certeza que o Bernardo e a Lilly estavam seguros segui aquele cheiro, já faziam alguns minutos que eu estava caminhando quando senti que me golpearam e eu apaguei...acordei no susto, com a sensação de afogamento e a cabeça querendo explodir...
- Bom dia, princesa...
- Quem são vocês?
- Não importa quem somos...o que importa é que você tem uma coisa que eu quero.
- E o que seria...?
- A filha da Nathália...
Eles querem a Lilly.
- Quem é essa Nathália? E o que querem com a filha dela?
- Isso também não é da sua conta.
- É claro que não.
- Vamos, Princesa, sabemos que você estava com ela...coopere conosco e te soltamos.
- Vê se você consegue me entender...NUNCA!!! Eu prefiro morrer...
Levei um tapa tão forte que meus ouvido zumbia...
- Vamos ver até onde você aguenta, alteza.
Então todo ficou escuro.

DYLAN

- QUE DROGA!!!
- Calma, príncipe.
- É a minha irmã, Charlie...e ela tá sofrendo...eu sinto...e já faz tanto tempo...ela precisa de mim.
- Eu sei, meu amor. Mas você tem que se acalmar, a Dara é a minha amiga também.
- A tia Kênia...ela finalmente engravidou e estava tão feliz...tudo o que ela queria era contar para a Dara, mas ela só sabe chorar...por que ela, Charlie? Porque a minha irmãzinha?
- Dylan, você não consegue perceber?
- O quê?
- A mudança?
- Que mudança?
- O Bernardo, o Marcos... A Lilly.
- Ele tem o mesmo cheiro que ela, o Bernardo...não é como se fosse o mesmo cheiro, mas...
- Mas é parecido. Ela dizia a mesma coisa, quando ela tinha aqueles...surtos, e vocês estavam viajando, era o meu cheiro que a acalmava, porque é parecido com o seu...será que ele é o companheiro dela?
- Logo agora...Onde será que ela está, Charlie...?
Eu começo a chorar...
- Onde?
- Oh...meu príncipe
Ela me abraça.

DARA

A quanto tempo eu estou aqui...será que já é dia? Como será que está o Bernardo e a Lilly?
- Sabe, princesa, eu já estou cansado disso, pronta para nós contar o paradeiro da pirralha...
- Vocês devem ser muito incompetentes mesmo...
Um tapa.
- Cuidado com o que fala, princesa. Mas se somos incompetentes, a sua "família" também é, já que você ainda está aqui conosco... Então me diz logo o que eu quero saber.
- NUNCA!!!
Mais um banho de água gelada e maís choques, maís uma vez a escuridão... Eu já não me alimentava a dias...havia perdido a noção do tempo. Eu não sei mais o que fazer pra escapar, já que parece que estou no subsolo, sem janela, a única porta sendo a que eles entram...já matei muitos guardas...e fiz "amizades" com alguns também.
- Princesa, você e seu irmão são gêmeos, não é?
- S...si...sim.
- Como é isso?
- Hã?
- Vocês dois nascidos eternos e gêmeos, são tão raros, sabe...você tem alguma coisa especial? Ou o seu irmão?
Porque não pensei nisso antes? O Dylan, claro.
- Um presente para vossa Alteza.
Um copo de sangue é colocado na minha frente.
- Por...por que?
- Você não sabe? Ê seu aniversário...faz quase um ano que você é nossa hóspede...
- O quê?
Eu começo a chorar...
- E para comemorar vamos brincar um pouquinho.
Mais uma seção de tortura, mais um dia nesse inferno...pelo menos dessa vez tenho uma esperança, espero que funcione...
- "Dyllan..."
Força Dara...
- "Dyllan..."
- "Dara?"
- Dyllan, eu consegui."
Eu estou tonta...
- "Dara, onde você está? O que aconteceu?"
- "Eu não sei... Dyllan..."
E novamente a escuridão me abraçou. Acordei ouvindo vozes...
- Acho que dessa vez o senhor pegou pesado.
- A quanto tempo ela está dormindo?
- Dois dias inteiros.
Isso tudo...
- Vai buscar algo para ela se alimentar.
- Sim, senhor...
- Algo vivo, e não demorem.
- Claro.

LILLY

- Não vai, papai...por favor...
- Meu amor, eu tenho que ir...
- Por quê?
- Eu não sei...eu sinto que tenho que ir...
- Você não tem que ir...o Phillip...
- Ele é um bom rapaz e vai cuidar de você...eu tenho que ir... minha princesa.
- Bernardo, por favor...
- Alteza, eu vejo você e sua família fazendo de tudo a quase um ano para encontrar a Dara, eu preciso fazer algo também.
- Para onde você vai?
- Eu ainda não sei. Cuida dela pra mim, príncipe...
- Papai...não...
- Com a minha própria vida...
- Eu te amo, filha.
Ele me abraçou, fez uma reverência, deu as costas e saiu. Alguns dias depois eu estava sentada no jardim em meio as flores...
- Papai.
- Calma, Lilly.
- Lilliana, vamos entrar, o príncipe Phillip logo chegará e você precisa se trocar. Você está toda suja...isso não são modos de...
- Me deixe em paz...
- Que ousadia.
Sai correndo para o estábulo. Era o único lugar em eu me acalmava quando o Phillip não estava. E já faziam alguns dias que eu não o via.

DYLLAN

- Olga...
- Sim, alteza.
- Deixa ela em paz...ela está sofrendo.
- Claro, milorde. Com licença.
- Dylan, você viu a Lilly?
- No estábulo com o Arthur e o Mathew.
- O quê houve?
- O Bernardo foi embora.
- Como?
- Provavelmente o Bernardo tem os mesmos costumes da Dara...
- E a Lilly? Ele não devia ter feito isso.
- Quanto a Lilly, você pode cuidar dela...do resto eu...que estranho...
- O que foi, Dylan?
- Ah...
- "Dyllan?"
- "Dara?"
- "Dylan, eu conseguir."
- Dylan, o que houve? O que tem a Dara?
- "Dara, onde você está? O que aconteceu?"
- "Eu não sei... Dylan..."
- "Dara...Dara..."
- Dylan, olha para mim...o que tem a Dara? Você falou com ela?
- Falei. Ela estava muito fraca.
- Ela falou onde estava?
- Não...eu preciso falar com o meu pai. Vai ver a Lilly...ela precisa de você.
- Dyllan, cuidado...o seu pai...
- Eu sei. Vai ver a Lilly.

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