I. Os viajantes

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Abertura:

Saudações.
Esta é minha primeira fanfic, mas desejo que se divirtam bastante com a leitura, assim como eu estou me divertindo ao escrever este humilde manuscrito.
Antes de tudo, digo que podem ficar tranquilos, esta não é uma fanfic que ficará sem um final; toda a obra já está organizada e elaborada adequadamente de modo a ter um final que, pelo que senti, me pareceu muito bom.
Embora não pense em um dia específico para efetuar as postagens, espero postar dois ou três capítulos semanalmente; seguindo agora com a história, tenham uma boa leitura. (A.O.R.)

***

O Sol estava se pondo, como sempre o fez desde o início dos tempos (e como o fará até o dia em que as estrelas caírem do firmamento) e, apesar da estação quente, o clima estava frio devido a proximidade com novembro (quando, em breve, o manto gelado do inverno cobriria até o mais alto dos pinheiros), além disso, nada podia ser visto além de uma floresta de pinheiros e uma estrada pavimentada um pouco desgastada.

Algumas estrelas começavam a salpicar o céu; o disco dourado já se deitava para dar lugar à Lua, com seu brilho misterioso e apaixonante, mas a beleza deste espetáculo diário pouco impressionou as duas figuras empoeiradas que, vindo de lugar nenhum, apareceram no meio de alguns arbustos e entraram naquela velha estrada do Oregon; um rapaz na flor de seus 13 anos e uma coruja que voava sobre sua cabeça e lhe fazia sombra com a luz noturna.

Suas roupas eram um pouco estranhas, como se o pobre rapaz houvesse se perdido de alguma convenção medieval qualquer: trajava calças esverdeadas (feitas de um tecido que, claramente, não era de baixa qualidade), um tipo de casaco esverdeado com detalhes dourados em suas bordas (que, vale destacar, lhe conferiam uma imagem bastante respeitável), botas de couro sintético da cor marrom e um arco com aljavas em torno das costas.

Tinha também um cinto de couro (com certeza sintético) em torno da cintura, onde se via um canivete antigo (menos que uma adaga, mas que, ainda assim, devia ter se mostrado útil em inúmeras eventualidades).

Não havia espada, mas portava uma pequena mochila transversal, carregada no ombro direito; nada de muito interessante era guardado ali, à exceção de livros, material de escrita, um pequeno cesto com maçãs, uma jarra selada com água e um sanduíche...

A viagem havia sido longa e o rapaz olhava ansioso para a coruja que, a essa hora, já se empoleirara em seu ombro esquerdo:

-Estou cansado Arquimedes, meus pés doem e minha roupa já está cheia dessa terrível poeira; ainda estamos muito longe dessa cidade?

-Já estamos chegando, meu rapaz, logo poderá comer um belo ensopado de peixes e suco de maçãs - disse a coruja, que se chamava Arquimedes.

Sim, a ave estava, literalmente, falando com o tranquilo rapaz, que mantinha os cabelos castanhos um pouco bagunçados (efeito das ventanias secas), seus olhos castanhos brilhantes (certamente pelo ânimo recém adquirido, ante a declaração da ave falante) e seu rosto branco com uma expressão renovada, a despeito do cansaço físico.

Arquimedes parecia fazer ponderações, então pediu que o rapaz fizesse uma pausa em algum lugar, ao que foi prontamente atendido por ele, que correu um pouco mais e chegou até um pequeno morro fora da estrada; agora estavam visualizando o céu magnificamente estrelado com a Lua a pino: finalmente podiam admirar aquela obra de Deus.

O rapaz juntou alguns poucos galhos e fez uma fogueira humilde, abriu sua mochila e pegou uma maçã e o sanduíche de queijo, dividindo ambos e oferecendo uma das metades para a coruja, que recusou gentilmente:

-Corujas comem coisas diferentes, está tudo bem.

-Mas você não bebe chá e come bolo? Por favor, não quero que fique com fome - insistiu o jovem, que não desejava ver a ave enfraquecida.

As Crônicas de Aethel: O Livro dos MagosOnde histórias criam vida. Descubra agora