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- Você precisa mesmo ir? Pensei que ficaríamos juntas o final de semana inteiro. - Marília resmungou. - Poxa, é o seu aniversário de dezoito anos.

- Eu preciso ir, amor. - Maraisa vestiu sua última peça de roupa, a blusa. - Meus pais voltam hoje, prometo que faremos algo amanhã, tudo bem? - Se aproximou, envolvendo os braços ao redor do pescoço da maior, lhe dando um selinho demorado.

- Você promete? - Disse manhosa, lhe roubando um beijo de verdade.

- Prometo, vida. - Sorriu entre o beijo. Ambas se beijavam com intensidade, as mãos de Marília já estavam na bunda da morena. - Amor... Eu preciso ir. - Murmurou com dificuldade.

- Fica mais um pouco. - Apertou suas nádegas e Maraisa mordeu o lábio inferior da mesma para segurar um gemido.

- Se eu ficar, não vou conseguir ir embora tão cedo... - Beijou o pescoço da mais velha, apertando sua cintura.

- Só mais um beijo então. - Disse de forma ainda manhosa e Maraisa riu, selando seus lábios. - Volta logo. - Choramingou.

- Eu volto, meu amor. - Roçou seus narizes antes de mandar um beijo no ar e caminhar até a porta, sorrindo antes de sumir da vista da namorada.

[...]

Assim que Maraisa abriu a porta da sua casa, Almira se levantou em um pulo.

- Aí está você, Carla Maraisa! Onde estava? - Dizia nervosa, cruzando os braços.

- Eu estava na casa da minha namorada. - Respondeu simples, dando de ombros e passando por ela para poder subir para o seu quarto.

- Que namorada, Maraisa!? - Almira exclamou em voz alta. - Você está louca de se envolver com uma mulher? - Gritou.

- Se envolver com uma mulher é totalmente nojento, minha filha! - Marcos, que havia escutado a conversa da cozinha, disse após chegar na sala.

- Nojento!? - Disse irritada. - Vocês não sabem o que é o amor! Não sabem o que é amar alguém acima dos preconceitos que a sociedade impõe! - Estava vermelha de raiva.

- Se você continuar namorando com essa mulher, não irá mais morar debaixo na minha casa! - Almira continuou gritando. - Debaixo do meu teto não terá essas coisas nojentas que você prática só por ser uma adolescente rebelde!

- Ótimo! Eu irei embora hoje mesmo! - Devolveu no mesmo tom, correndo para o seu quarto, ignorando os gritos de sua mãe.

[...]

Maraisa arrumou duas malas com as coisas que iria precisar e rapidamente saiu de casa, agradecendo por sua mãe e seu pai não estarem mais na sala. Em poucos minutos chegou no apartamento de Marília e tocou a campainha. Assim que a loira abriu a porta, franziu o cenho em confusão.

- Amor? - Estava confusa e logo seu olhar desceu de seu rosto para as malas que ela carregava.

- Eu posso morar aqui com você? - Sua aparecia estava abatida.

- Claro que pode, pequena. - Marília disse sorrindo, colocando suas malas para dentro, apertando a menor em seus braços logo em seguida enquanto lhe enchia de beijos. - Minha vida. - Roçou seus narizes carinhosamente.

- Eu fui expulsa de casa por estar namorando com você. - Maraisa murmurou, a abraçando manhosa. Marília logo ficou cabisbaixa.

- Desculpa, neném. Eu... - Maraisa a interrompeu rapidamente.

- Está tudo bem, amor. - Sorriu fraco. - Eu estou com você agora. - Selou seus lábios em um beijo carinhoso.

- Eu irei cuidar de você, vem cá. - Fechou a porta e puxou ela até o sofá. - Iremos pedir sua comida predileta para comemorar, é o seu dia! - Encheu seu rosto de beijos.

- Eu te amo, sabia? - Sorria apaixonadamente.

- Eu te amo muito mais, Mara. - Devolveu o sorriso, beijando a pontinha do seu nariz.

- Certeza que não tem problema eu ficar aqui, né? - Ela achava a qualquer custo que estava incomodando a loira.

- Você ainda pergunta? Eu não queria te deixar ir embora e você sabe. - Soltou uma risada. - Vamos aproveitar sua noite, senhorita Carla Maraisa. - Cheirou ela e a mesma soltou uma risadinha.

- Acho que agora podemos continuar de onde paramos. - Piscou para a mesma, sorrindo de canto.

- Depois de jantarmos juntinhas sim. - Sorriu e Maraisa assentiu, sorrindo também antes de lhe beijar novamente.

A campainha interrompeu o beijo das duas e Marília suspirou antes de levantar do sofá, caminhando até a porta para abrir.

- Baixinha? - Disse após avistar Maiara ali.

- Ruiva maluca? - Sim, era esse o apelido que Maraisa havia dado à Maiara.

Maiara assentiu sorridente e entrou sem pedir licença como sempre fazia.

- Trouxe bebida. - Levantou as garrafas animadamente.

- Eita! Aí sim, hein! Vamos comemorar o aniversário de vocês! - Marília disse com animação.

- Vocês? - Responderam juntas com o cenho franzido e Marília riu.

- Sim, hoje é o aniversário da Maiara e da Maraisa, legal, não é? Vocês são iguais até no dia em que nasceram, na aparência então? Nem se fala. - Continuou gargalhando, caminhando até a cozinha para poder pegar as taças.

Maiara olhou Maraisa de forma penetrante e arregalou os olhos, Maraisa fez o mesmo.

- Nossa, somos parecidas mesmo. - Disse incrédula, se sentando no sofá.

- Agora tendo a oportunidade de te ver de perto, nos parecemos mesmo. - Maraisa estava tão surpresa quanto Maiara.

- Mesma altura, mesma idade.. - Pensou. - Acho que somos gêmeas. - Gargalhou não levando a sério. - Estou fazendo dezoito hoje. - Sorriu.

- Eu também estou. - Coçou a nuca. - Coincidência.

- Sim. - Riu. - Gosta de torta de frango com refrigerante de laranja? - Maiara salivou só de pensar.

- Nossa, sim! - Respondeu desejando comer aquilo naquele exato momento.

- Uma das minhas comidas prediletas! - Disse animada, dando pulinhos.

- Realmente, que coincidência, hm... - Franziu o cenho pensativa. - Deve ser apenas mais uma das coincidências do destino. - Sorriu simples.

- É, deve ser mesmo. - Maiara riu, negando, mas Maraisa ficou com aquilo na cabeça e sabia que não tiraria tão cedo.

Fim.

Da primeira temporada rs. E se tudo der certo, eu posto o primeiro cap da segunda ainda hoje.

Nudes | Malila.Onde histórias criam vida. Descubra agora