07 - Âncora

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A primeira noite no primeiro andar havia chegado

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A primeira noite no primeiro andar havia chegado. Pelo menos essa era a minha primeira noite, junto de Ji-su, Jae-Hoen e Hyun-Su. O garoto, por outro lado, teria que passa-la preso dentro da sala de quarentena, de onde não podia sair em hipótese alguma, segundo Eun Hyuk.


Normalmente, a porta principal do lugar ficava sob vigia de alguém, mas no momento, o cabeludo que estava no comando disso acabou de abandonar seu posto, me dando a primeira chance em algumas horas de fazer uma visita a Hyun-Su.

Destranquei o cadeado com facilidade, já que a chave estava pendurada no pequeno gancho ao lado da porta. A empurrei, o ranger dos parafusos enferrujados tornando o barulho um pouco mais assombroso do que deveria.

— Hyun-su?

— Não deveria estar aqui.

Segui sua voz, o encontrando sentado na sua cama de lençóis improvisada. Ficava logo abaixo da única e pequena janela da sala. Caminhei até ele.

— No primeiro andar? Eu também acho, mas alguém me convenceu a vir.

— Estou falando sério, sou perigoso.

— É, um monstrão daquele. De dar medo. Só não mais que o velhote. A propósito, como ele está?

— Ainda não acordou.

O silencio durou poucos segundos, então nós dois falamos ao mesmo tempo:

— Como você...

— Como você...

Abaixamos a cabeça, envergonhados.

— Pode falar.

— Ah, ia perguntar como está se sentindo depois da queda.

— Bem, eu acho.

— E você, o que ia dizer?

— Como você controla?

— O que?

— Como consegue fazer com que o monstro não assuma?

— Antes de passar pelos quinze dias, eu tinha uma âncora. Ainda tenho, pra ser sincera, mas não a uso tanto assim.

— Uma âncora?

— É. Algo que faça você querer continuar. Que te faça voltar a ser você e te impeça de se transformar. Algo que te faça dizer: não posso morrer agora, tenho que voltar para ele. Ou ela, não importa. – fiz uma pausa, esperando que ele dissesse algo, mas Hyun-su continuou quieto, o olhar fixo em mim e uma expressão pensativa. – Sabe, ter uma âncora ajuda em todo tipo de coisa.

Segurei sua mão, a puxando para perto do meu corpo e analisando a grande cicatriz em seu pulso. Hyun-Su me observou, confuso. Passei o dedo indicador por cima da cicatriz, sentindo o relevo dela comparado ao resto da pele. Se não fosse pelo lugar, não seria muito diferente da minha. Voltei a olha-lo, dando um sorriso triste.

Os Mais Fortes Sobrevivem - Sweet HomeOnde histórias criam vida. Descubra agora