29 - Era Ele.

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KANG SUNWOO

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KANG SUNWOO


A bombeira, seja lá qual for seu nome, acabou de assumir que entregara Hyun-su aos militares que encontrou durante sua volta pela cidade. Talvez eu tenha me exaltado um pouco na forma que reagi ao receber essa notícia, mas não pude evitar. Saber que existe uma chance, mesmo que mínima, de voltar aquele lugar, me causa desespero.

Não posso permitir, de forma alguma, que eles nos capturem de novo.

Sei que Ryu passou a se preocupar demais com as pessoas desse prédio, por mais que sejam apenas algumas. Não posso obriga-la a ir embora, mas ao mesmo tempo, sei que se eu for, ela iria comigo. A questão é que ir sabendo que ela viria, é como obriga-la a vir, e não quero isso. Quero que Ryu tome a decisão, e estarei com ela, não importa o que seja. É isso que os amigos fazem. É isso que prometemos fazer, desde pequenos. Sempre juntos, não importa o que aconteça.

Não vou quebrar uma promessa de quase seis anos. Se Ryu decidir ficar, por mais que eu odeie essa opção, eu também fico.

Além disso, tenho a impressão que Hyun-su também não irá a lugar nenhum sem ela, e entre nós, ele é o que mais corre perigo. Quando os militares chegarem, e eu sei que vão, o primeiro alvo é o Hyun-su. Sabem que ele está aqui, o que significa que só irão embora depois de captura-lo.

Eu e Ryu temos uma chance de fugir, mas ela nunca faria isso sem ele. Sinceramente, acho que me apeguei a demais a esse garoto, não tenho certeza se consigo partir sem Hyun-su.

Ishida lutaria, se precisasse. Então, eu e Ryu também vamos lutar, pra que Hyun-su fique vivo.

Só faltam treze dias. Apenas treze. Podemos aguentar. Temos que aguentar.

- No que está pensando? - Ryu chamou minha atenção. Nós estávamos deitados, Hyun-su foi o primeiro a pegar no sono. Lentamente, a garota também fechava os olhos, mas ainda estava atenta ao que acontecia ao redor, como minhas expressões. Ela esticou o braço, o dedo indicador tocando minha bochecha e afundando. Ela riu. - Parece estressado. Vai ficar com rugas.

- Não é nada. Você quem vai ter rugas. Está sempre franzindo as sobrancelhas.

- Elas têm vida própria. - ela bocejou. - Está preocupado? Com as próximas duas semanas.

Balancei a cabeça, confirmando.

- Acho um risco ficarmos.

- São só duas semanas, Sun. Eu prometo. - ela segurou minha mão, entrelaçando nossos dedos.

- Escute, seu novo namorado vai ficar com ciúmes.

Ela ergueu o braço escondido embaixo da coberta, mostrando a outra mão entrelaçada com a de Hyun-su. Ri, baixo, balançando a cabeça.

Quando éramos crianças, fugíamos dos nossos quartos coletivos no orfanato e nos encontrávamos no sótão. Eu, Ryu e Ishida. Todos os dias, dormíamos juntos, as mãos entrelaçadas como agora. Ryu sempre ficava no meio, porquê ela era a nossa protegida. Ishida ficava perto da porta, porquê ele tinha o sono leve e conseguia saber quando alguém estava se aproximando, nos dando tempo para se esconder. No início, sempre levávamos broncas dos funcionários, mas com o passar do tempo, eles desistiram. Nos tornamos realmente inseparáveis.

Os Mais Fortes Sobrevivem - Sweet HomeOnde histórias criam vida. Descubra agora