48 - Infiltrado

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Depois que Ryu conseguiu entrar no blindado onde Hyun-su estava, não havia mais nada que eu pudesse fazer daquela distancia a não ser observar

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Depois que Ryu conseguiu entrar no blindado onde Hyun-su estava, não havia mais nada que eu pudesse fazer daquela distancia a não ser observar. Não poder fazer nada parecia algo que me mataria mais rápido do que tentar ajudar.

No rádio dos militares há uma discussão sobre explodir o blindado, o que me deixa muito preocupado por alguns segundos, até aquele plano ser descartado. Em vez disso, a ponte seria explodida, em uma tentativa de obrigar aquele carro a parar de fugir de nós. Mas em vez disso, quando a ponte foi explodida, ele aumentou a velocidade.

— A Ryu caiu! – gritou a bombeira, me avisando.

Inclinei meu corpo para frente, procurando por Ryu. Vi, então, minha melhor amiga pendurada para fora do carro, sendo segurada por Hyun-su. Se ele a soltasse, o corpo de Ryu ultrapassaria a barreira da ponte e seria levado para a água, com uma queda grande o suficiente para matar um humano comum e que provavelmente quebraria os ossos de Ryu com o impacto.

— Chega perto deles! – retruquei. – Chega perto que eu vou segura-la.

Ela virou o volante, mudando de faixa e se aproximando cada vez mais do blindado, como tinha feito da última vez, quando Ryu pulou. Eu abri a porta, me segurando nela com um dos braços e esticando o máximo que conseguia meu corpo em direção a Ryu.

— Mais perto!

— Não dá! Não consigo chegar mais perto!

Arregalei os olhos, tentando pensar em algo. Eu ainda estava longe demais para conseguir segurá-la e percebi o desespero dos nos olhos de Hyun-su quando ele também percebeu que eu estava muito longe para ajuda-los.

— Não me solte, Ryu! – ele gritou, em desespero.

Um segundo depois, o blindado começou a cair junto da ponte destruída. Vi minha melhor amiga e Hyun-su se afastarem cada vez mais de mim quando a bombeira freou, não querendo arriscar a queda da ponte. Não consegui me mexer, muito menos dizer algo. Eu observei, de longe, Hyun-su tentar agarrar Ryu quando suas mãos se soltaram e ela cair junto dos destroços.

Quando o carro da bombeira parou, eu desci e corri para a beirada destruída, tentando achar minha amiga. Havia poeira demais no ar e alguns dos pedaços pendurados caiam aos poucos. Não consigo ver o blindado onde Hyun-su estava, mas sei que ele conseguiu fugir porquê os helicópteros são os únicos que seguem em frente.

— RYU! – gritei, esperando por alguma resposta dela, na esperança de que ela estivesse lá em baixo, em algum lugar nos destroços, em vez do fundo do mar.

A única resposta que consegui, no entanto, foi de Seo Yi-Kyung, a bombeira, atrás de mim:

— Você precisa fugir. Os militares vão te prender se te reconhecerem. Você precisa fugir, Sunwoo.

— Não posso. Tenho que acha-la.

— Você pode voltar depois. Precisa ir agora. Lute comigo, pegue o carro e vá!  

Podia ouvir os passos atrás de nós, um atrás do outro, os soldados corriam para a beirada do ponte onde estávamos. Olhei para trás, vendo que não havia para onde fugir. Tem mais de cinquenta deles nessa ponte, fora os que ainda estão dentro dos carros. Não pretendo matar tantas pessoas para conseguir fugir, mesmo que eu consiga.

— Finja que sou um de vocês. Eu servi ao exército. Diga que eu estava com você no prédio, era um dos sobreviventes. Eles vão demorar até me reconhecerem, vou conseguir fugir até lá.

— Quem caiu? – gritou um dos soldados, provavelmente o superior no local, aproximando-se de nós. Era uma mulher, e parecia conhecer Seo Yi-Kyung. – Quem foi o idiota que se pendurou naquele carro!?

— Não sabemos, senhora. – respondeu a bombeira. – Ela não nos disse o nome, mas estava de uniforme.

Os olhos dele pousaram em mim.

— Quem é você?

— Ex-Fuzileiro Naval, classe 1207, Kang Sunwoo.

— Em que batalhão?

— Batalhão de Busca, primeira divisão.

— E como você veio parar aqui?

— Ele estava comigo no Prédio Verde.

— Certo. Você vem com a gente agora. Temos que encontrar aquele infectado especial.

— Mas e o soldado de caiu? – perguntei em um impulso.

A mulher parou de andar, olhando novamente para mim.

— Está morto. Não há como sobreviver a essa queda.

Assenti, abaixando a cabeça. Os soldados retornaram para os seus carros, assim como a bombeira. Antes de ir atrás dela, encarei a beirada da ponte por mais alguns segundos, procurando uma última vez. Prometi a Ryu que procuraria por Hyun-su caso algo assim acontecesse. Posso encontra-la depois que Cha Hyun-su estiver a salvo e sei que é isso que Ryu iria querer que eu fizesse.

Então, me esforçando para manter isso me mente, dou meia volta e entro no carro.

Ryu, se você estiver me ouvindo, me infiltrei nos soldados e vou atrás de Hyun-su. Vejo você em breve.

Somos nós que sobrevivemos.

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Oioi gente. Sei que o capítulo está minúsculo, mas vocês vão precisar se acostumar com isso.

Motivo? Teremos narrações de personagens diferentes em um mesmo momento/horário da história e eu não vou mistura-las em um mesmo capítulo, mesmo que isso torne alguns menores, pelo menos não fica confuso pra vocês.

Os Mais Fortes Sobrevivem - Sweet HomeOnde histórias criam vida. Descubra agora