Capítulo 23

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— Isso é incrível! — Falo ao sentir o vento em meu rosto.

Eu e Kendra conseguimos chegar bem em frente ao letreiro de Hollywood, e o que deixava tudo mais divertido era porque o local estava interditado e ninguém poderia entrar, mas acabamos entrando de penetra.

— Que bom que tá gostando, agora é alguém não pegar a gente aqui.

— Tem isso também, mas enquanto isso não acontece, por que não aproveita a vista aqui comigo?

Kendra se posiciona ao meu lado, eu estava com os braços levantados e apoiados em uma viga de ferro que estava um pouco acima da minha cabeça e Kendra estava parada enquanto olhava a paisagem.

— Acho que isso seria uma coisa que eu nunca iria conseguir fazer em toda minha vida… — Falo para mim mesma.

Estava sendo uma experiência única para mim, era incrível.

— Consegue ver o estúdios de Hollywood?

— Não…

— Vou te mostrar.

Kendra sai do meu lado e fica atrás de mim, abaixo meus braços após sentir suas mãos em minha cintura me dando arrepios.

— Eles estão bem ali…

Ela sinaliza para mim e assim consigo ver onde os prédios estavam, mas eu não conseguia focar neles com Kendra atrás de mim agarrada em minha cintura.

— O que houve? Parece nervosa. — Ela solta com um tom de voz sarcástico. — Por acaso sou eu que estou fazendo você ficar assim?

Kendra colou de vez nossos corpos e começou a passar sua mão pela minha coxa e subir até minha bunda e me dando um tapa que me arrancou um grito de surpresa, o tapa não foi forte a ponto de machucar e sim de deixar uma marca.

— Vamos, me responde.

Ela continuava passando a mão pelo meu corpo, mas dessa vez por de baixo da minha camisa.

— S-sim…

— Sim o que? — Ela aperta minha cintura.

— Sim, é você Kendra, é você que está me deixando assim…

— Bem melhor.

Kendra não perde oportunidade e me empurra contra a parede de metal do grande letreiro. Estávamos uma de frente para a outra e Kendra continuava colada ao meu corpo e parecia que não tinha intenção nenhuma de se afastar, percebi que seus olhos caíram sob minha boca e já sabia o que ela tanto queria.

— Não vai me beijar? — Pergunto em um sussurro. 

Kendra esboçou um sorriso e se aproximou cada vez mais até que finalmente colou nossos lábios, de início foi um beijo calmo e apaixonado, mas não demorou muito para acabar misturando o desejo no meio, no final se tornou um beijo faminto cheio de necessidade e desejo. Kendra só se afastou para buscar um pouco de ar, as nossas respirações ofegantes tomou conta do momento.

Acabei pegando Kendra olhando para o meu pescoço.

— O que quer fazer agora?

Ela olhou rapidamente para mim e deu um sorriso de canto, levou sua mão até meu queixo e levantou meu rosto fazendo com que eu olhasse para cima, senti a respiração quente dela em meu pescoço me dando mais arrepios ainda e então sinto seus lábios dando pequenos beijos.

— Prometo que serei rápida… — Ela sussurra em meu ouvido.

— O que…

Acabei sendo interrompida por uma pontada em meu pescoço, doeu bastante no início, logo ela parou e vi Kendra se afastar com um sorriso satisfeito no rosto.

— O que você fez? — Pergunto levando minha mão até meu pescoço, onde agora estava queimando um pouco.

— Eu marquei você, por que? — Seu sorriso confiava, dessa vez era de malícia.

— Você me deixou um chupão?

Ela apenas balançou a cabeça em sinal positivo.

— Você é doida né?

— Por você garota.

Ela já estava se aproximando outra vez e eu já aguardava para o que quisesse fazer, porém acabamos sendo interrompidas por um voz.

— EI VOCÊS!

Olhamos para o alto do morro e vimos um homem uniformizado, era o guarda que fazia patrulha no lugar.

— Eu falei que íamos ser pegas.

— Então só nos resta correr.

— Pro carro agora!

Kendra agarra minha mão e me puxa e acabamos correndo morro abaixo ignorando a trilha que havia do lado.

— PAREM AGORA!

O homem gritava ordenando que a gente parasse, mas ignoramos ele entre tropeções morro abaixo, o carro estava lá embaixo escondido entre os arbustos secos, Kendra soltou minha mão assim que chegamos perto, entramos o mais rápido possível nele e Kendra arrancou com o carro deixando uma cortina de poeira para trás, olho para trás e tento ver algo, mas havia só poeira e logo volto a olhar para frente.

— Isso foi incrível. — Comento dando uma leve risada.

— Se divertiu com isso? Essa foi sua primeira vez no letreiro e sua última vez, nunca mais vamos fazer isso!

— Olha só, vocês vão roubar um banco que é um crime maior e você acha errado a gente entrar de penetra em algo que é público?

Ela apenas ficou quieta e vi seu sorriso crescendo e já estava rindo, logo estávamos rindo juntas como duas crianças travessas.

O resto da viagem foi tranquila, Kendra havia me deixado em casa e já estava de noite e claro que nossa despedida foi com um beijo antes dela ir embora.

Eu já estava no banheiro enchendo a banheira para tomar meu banho, para adiantar vou tirando minhas roupas e me olho no espelho e me aproximo e vejo melhor a marca que estava em meu pescoço, a marca avermelhada que já estava se misturando a cor roxa. Olhei para baixo e consegui ver que ainda estava ali a marca do tapa que Kendra deu em minha bunda, sabia que no dia seguinte estaria um pouco dolorido ali. Eu também sabia que dali em diante minha pele sempre iria carregar alguma marca daquelas quatro e eu teria que me virar para tentar esconder para que ninguém as visse.

Eu estava fantasiando coisas demais em minha cabeça, me peguei sorrindo bobamente para as coisas que eu pensava. Acabei despertando após sentir a água em meus pés, olhei para a banheira e ela havia transbordando, corri para fechar a torneira, o banheiro todo estava molhado e tive que esvaziar a metade da banheira para não derramar mais nenhuma gota de água ali.

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