Sem pensar duas vezes Ashley sobe a pequena escada da varanda e agarra o pulso de Miles.
— Não ouviu bem? Larga ela agora!
Miles não a obedeceu de primeira e isso fez Ashley perder a paciência e apertar cada vez mais o pulso dele, resultou que ele fez uma expressão de dor e logo me soltou e Ashley fez o mesmo com ele e ele passou a segurar o próprio pulso.
— É ela? A pessoa que estava esperando, uma mulher? Tá gostando de mulher agora? Você tá gostando dela? — Ele parecia cada vez mais enfurecido.
— E se eu estiver? Qual o problema? — O provoco.
Miles vai se afastando aos poucos com uma expressão de nojo, desce a pequena escada e vai embora sem lançar um último olhar para nós e naquele momento eu pude respirar aliviada.
— Você está bem? — Ashley tocou meu braço delicadamente.
— Estou melhor graças a você, obrigada por me salvar... — Faço uma pausa após me lembrar de um detalhe. — Mais uma vez!
— Sempre que precisar.
Demoramos um pouco ali trocando olhares, era possível ver um certo brilho no olhar de Ashley, o mesmo brilho que vi nos olhos de Sharon quando ficava olhando para mim. Será que... Não, não era uma boa ideia alimentar algo que eu não tinha certeza.
— Então... Vamos? — Quebro o silêncio.
— Sim, claro.
Acompanhei ela até a calçada e procurei pelo carro, não vi sinal nenhum dele ali.
— Cadê o carro?
— Eu não vim com ele, o carro é da Kendra e ela mandou eu vir te buscar com a minha própria moto.
Ela estava na frente, mas logo saiu para que eu pudesse ver, era uma moto bem bonita o estilo dela combinava muito com Ashley.
— Não sabia que você tinha uma. — Ele me entrega o capacete.
— Tem muitas coisas que você ainda não sabe! — Ela coloca seu capacete, sobe na moto e a liga. — Vamos, pode subir.
Um pouco sem jeito, subo na moto.
— É melhor se segurar em mim, porquê irei correr muito!
Assim que ela terminou de falar, Ashley arranca com a moto de uma vez só e então eu me agarrei a sua cintura com bastante força e logo não demorou muito para perceber que eu estava completamente abraçada a ela e eu estava torcendo para que ela não se importasse com aquilo.
A viagem foi tranquila, não trocamos nenhuma palavra sequer e eu só aproveitei o máximo que podia o vento em meu rosto e eu gostei daquilo.
Eu estava tão relaxada aproveitando aquele momento que não percebi que estávamos indo por um caminho diferente e quando chegamos a uma casa um pouco afastada da cidade, só fui me dar conta quando já havíamos chegado lá e eu olhando para toda a casa com o capacete em mãos.
— Cuidado se não o queixo cai.
— Ele já caiu.
Minha reposta fez Ashley rir um pouco, ela pega minha mão e me puxa para dentro da casa, por dentro ela era muito bem decorada, um ótimo bom gosto, encontrei as outras três andando com pratos até uma mesa era grande porém simples e bonita.
— Finalmente chegaram, achei que não iam vir. — Vicki vem em minha direção. — Onde está as bochechas mais fofas desse mundo?
Ela veio em minha direção e então corro para trás de Ashley.
— Já disse para ficar bem longe de mim em relação a isso!
— A qualé é só um aperto, rapidinho só uma vai.
Vicki começou a me perseguir e acabamos dando voltas em Ashley.
— Parem vocês duas, vocês estão me deixando louca! — Ela segura nós duas ao mesmo tempo.
— É como ter duas crianças correndo pela casa.
A voz de Kendra chama nossa atenção, ela estava parada ao lado de Sharon que segurava algumas garrafas nas mãos.
— Ashley querida, você é muito estraga prazeres. — Vicki abraça Ashley e deposita um beijo na sua bochecha.
— Vamos comer logo se não a comida vai esfriar! — Sharon coloca as garrafas na mesa. — As cervejas já estão aqui.
Algum tempo mais tarde:
POV Ashley –
Tudo estava indo bem, todas nós estávamos rindo e conversando ainda mais com a presença de Amy que já estava começando a ficar um pouco alterada com a bebida.
— Pode me dar isso aqui! — Kendra arranca a garrafa da sua mão.
— Não, eu aguento mais uma. — Amy tentava pegar de volta.
— Amy, essa é sua segunda garrafa e você já está assim... — Sharon se segurava para não rir. — Você é bem fraca para bebida em, melhor eu me lembrar disso daqui em diante.
— Passa ela pra cá que eu te mostro quem é a fraca.
Começamos a rir um pouco e Amy fazia um bico inconformada.
— Irei mostrar um dia pra vocês que consigo tomar mais uma garrafa.
— Um dia e esse dia não é hoje, por enquanto você vai ficar só nisso, ok?
— Não vai reconsiderar né?
— Não mesmo.
— Tá bom.
Amy cruza os braços e se dá por vencida.
— Boa menina.
Conversamos mais um pouco e logo percebermos que já estava ficando tarde, ja estava na hora de levar Amy de volta para casa, já que Kendra havia tirado a bebida dela, ela praticamente voltou a ficar mais sóbria então seria mais tranquilo levá-la.
Ela se despediu das outras três e logo já estávamos em cima da moto indo em direção a casa dela. Senti meu corpo inteiro arrepiar assim que ela me abraçou para se segurar, aquela garota estava mexendo com cada uma de nós de um jeito...
O caminho de volta foi tranquilo, havia deixado ela em frente a casa dela e só iria embora assim que ela entrasse em casa. Assim que ela desceu eu a acompanhei até a porta.
— Bom, está entregue!
— É... Eu gostei muito, nunca me senti tão bem em toda a minha vida. — Ela faz uma pausa. — Obrigada por me proporcionarem algo assim.
— Isso não foi nada... — Faço uma pausa após me lembrar de algo. — Queria fazer uma pergunta.
— Pode fazer.
— Mais cedo quando aquele cara tava aqui, ele perguntou se você estava gostando...
— Gostando de você né...
Ela baixou um pouco a cabeça e logo me olhou nos olhos, acabei sendo pega de surpresa por um beijo rápido e ela logo baixou seu olhar, não consegui me controlar e segurei seu rosto e capturei seus lábios em um beijo.
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Roubo ao Dólar
AksiAmy, uma jovem moça de vinte anos que vivia com sua tia, e mesmo sem sua tia saber, Amy tirava seus lucros roubando carteiras de pessoas nas ruas de Los Angeles Um dia a sorte ficou contra ela quando acabou roubando a carteira de um grupo de mulhere...