Aquilo acabou me pegando de surpresa e eu não sabia o que falar para ela a não ser abaixar a cabeça e assumir o semblante de culpa.
— Vem. — Ela se levanta puxando minha mão.
— Pra onde? — Pergunto confusa.
— Eu vou te dar um banho. — Ela fala. — E de água fria.
Só de ouvir que seria água fria meu corpo inteiro se arrepiou.
— Não eu tô bem assim, eu até quero voltar pra cama. — Tento sair do banheiro, mas sou impedida.
— Onde você pensa que vai? — Ela pergunta segurando meu braço. — Você só vai sair desse banheiro depois que eu terminar.
Eu acabo engolindo um seco quando ela termina a frase, mas por que será que eu senti um pouco de malícia nisso? Volto de meus pensamentos assim que ela solta meu braço e começa a encher a banheira, nesse instante dou alguns passos para trás e tento abrir a porta mesmo estando de costas, mas para minha surpresa ela estava trancada.
— Nossa como eu sou esquecida né? — Ela pergunta em tom de ironia. — Eu tranquei a porta, então você não vai sair daqui.
— Tenho escapatória? — Pergunto inocentemente.
— Deixa eu pensar... Não! — Ela responde de uma vez.
— Por que está fazendo isso comigo? — Pergunto chegando perto dela.
— Talvez seja pelo fato de você ter me dado um grande susto. — Ela explica.
— Então isso é um castigo? — Pergunto.
— Pode ser dizer que sim. — Ela responde. — Pronto a banheira está cheia, só entrar.
— Já que eu não tenho escolha né... — Me dou por rendida.
Ando até a banheira e começo a tirar as únicas peças de roupa que eu ainda estava vestida, não me importei muito de ficar nua na frente dela já que as outras já tinham me visto totalmente sem roupa e eu já estava meio que acostumada com esse tipo de coisa com elas. Assim que joguei tudo ao chão, senti seus olhos percorrer todo meu corpo que me deu alguns arrepios, mas não me incomodei por isso, eu entrei na banheira e assim que coloquei meus pés dentro dela já senti o quão fria a água estava e não me esforcei muito para esconder meu desconforto com a água até que olhei para ela.
— Não olhe desse jeito para mim, único jeito de passar essa sua ressaca rapidinho é assim mesmo e outra, você está fedendo a cerveja. — Ela se inclinou para cima de mim e manteve seu rosto bem perto do meu. — Além disso, consigo ver o quão arrepiada está por causa da água e na minha opinião é bem tentador te ver assim.
Ela se manteve próxima de mim por uns momentos até que senti sua respiração quente em meu rosto, mas logo ela se afasta, logo vejo um pequeno sorriso de canto em seu rosto e parecia que ela estava fazendo aquilo de propósito apenas para provocar. Minha cabeça acabou se enchendo de pensamentos impuros por culpa dela e para me livrar deles eu acabei enchendo minhas mãos de água e joguei com uma certa força em meu rosto.
— Calma, devagar com isso ou você vai se afogar desse jeito e olha que você está em uma banheira. — Diz ela voltando para perto com alguns produtos. — Se bem que, vindo de você eu não duvido de mais nada.
— Tá querendo insinuar alguma coisa com isso? — Pergunto olhando para ela.
— Não sei, você entendeu alguma coisa disso? — Ela devolve olhando para mim.
A gente ficou em uma troca de olhares constante até que eu acabei entendendo a mensagem e voltei a olhar a água.
— Eu já me arrependi disso... — Falo baixo.
— Olha... Você sabe muito bem que fez uma coisa que matou todas nós de preocupação, você literalmente agiu no impulso, não pensou duas vezes antes de fazer e saiu sozinha por aí no meio da noite em risco de acontecer alguma coisa com você... — Ela respira fundo antes de continuar. — Mas é claro que a culpa não foi toda toda sua... Sharon também teve culpa disso ter acontecido e meio que ela se arrepende por conta disso e...
— Tá falando por ela agora? — Acabo a interrompendo.
— Não, eu não estou falando por ela... Só estou dizendo que ela se arrepende assim como você se arrepende também, e que as duas deveriam conversar. — Ela explicava calmamente.
— Não sei se tenho psicológico ainda para ter algum tipo de conversa com ela. — Evito olhar para ela.
— Em questão a isso eu não posso te obrigar, mas isso tem que vir de você se quiser ou não reatar a relação com ela, mas eu te aviso que ela vai querer conversar com você a todo custo para te pedir desculpas, ela realmente está arrependida do que fez. — Ela então se apoiou na banheira. — Promete que pelo menos vai pensar no assunto?
Fico um pouco em silêncio até que dou minha resposta.
— Está bem, eu vou tentar... — Respondo com uma respiração funda.
— Obrigada por isso. — Ela esboçou um pouco mais de seu sorriso. — E aliás, você também nos deve um pedido de desculpas também.
— Por que? — Pergunto confusa.
— Quer mesmo que eu repita tudo que eu disse? — Ela devolve com outra pergunta.
— Está bem... Me desculpe por ter sumido e preocupado vocês. — Falo.
— Tá bonito, mas só pra mim não rola, vai pedir paras as outras também. — Ela fala enquanto pega um frasco na mão.
A partir dali eu já me dava por vencida, não tinha nenhum tipo de argumento que eu conseguisse vencer a Ashley em uma conversa.
— Fecha os olhos. — Ela pediu.
Sem pensar eu apenas fecho meus olhos e logo senti ela despejar algo sob minha cabeça e passar a mão também, o cheiro era tão doce e perfumado e com aquilo me senti cada vez mais relaxada, eu comecei a viajar em pensamentos até que sinto sua mão em meu queixo e ela me guiar um pouco para o lado até que eu sinto seus lábios nos meus, aquilo sim foi mais relaxante ainda, foi um beijo misto de saudade e desejo, estava tão bom até ela se afastar e jogar água em minha cabeça para tirar a espuma até que eu passo a mão no rosto e olho para ela.
— Que foi? Eu não podia deixar uma oportunidade dessa passar não é mesmo? — Ela fala dando um sorriso.
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Roubo ao Dólar
AksiAmy, uma jovem moça de vinte anos que vivia com sua tia, e mesmo sem sua tia saber, Amy tirava seus lucros roubando carteiras de pessoas nas ruas de Los Angeles Um dia a sorte ficou contra ela quando acabou roubando a carteira de um grupo de mulhere...