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CUMPRIMENTEI TOMMY E COMECEI A trabalhar. É tão legal estar perto da música. Tommy deixou eu colocar um disco que eu gosto. Claro, coloquei minha música favorita, Runaway do Bon Jovi. Tirei pó de alguns discos, varri o chão e fiz bastante indicações. Tommy disse que eu estava bem, que eu tinha jeito com isso. Chegou um homem alto, moreno de cabelo cacheado fui lá o atender.
── Como posso ajudar? ─ Perguntei.
── Bom, eu não sei. ─ Riu, e eu fingi que achei graça. - Poderia me indicar um rock? - Perguntou.
- Claro, venha. - O homem me seguiu.
Parei ao seu lado e me preparei para dizer o que Tommy me disse.
- Aqui temos os que estão em alta, e ali os antigos. - Apontei para o meio. - E ali os favoritos de todos.
- Me fale o seu favorito. - Pediu.
- Bom, gosto muito de Bon Jovi, Queen, Guns N' Roses, Nirvana, AC/DC, Kiss, Mötley Crüe, The Beatles, The Cure e muito mais, senhor. - Sorri.
- Então me dê todos. - Disse como se dinheiro caísse do céu.
Olhei para Tommy que me olhava todo sorridente.
- Como quiser.
Assim como ele pediu coloquei meus favoritos em uma sacola. Sabe, esse homem me parece familiar. O levei até o balcão e o esperei na saída.
- Thau, volte sempre.
- Voltarei. - Sorrio. - Obrigada.
- Eu que agradeço.
A sacola dele estava cheia. A conta dele deu duzentos e tanto, ele que quis que eu colocasse meus favoritos ali.
- Kourtney, aqui está seu salário. - Me entregou um envelope. - Não vou sempre te pagar todos os dias, mas hoje te dei para você ter noção do salário e porque vendeu bastante.
- Obrigado!
Peguei minha mochila e sai da loja com um sorriso em meus lábios
[...]
Me deitei em minha cama na esperança de adormecer rapidamente, mas estava enganada. Me levantei e desci para a sala assistir alguma coisa na televisão, espero que esteja passando Pânico. Me sentei no sofá e ouvi passos. Estou destinada a isso, é Saul.
- Está sem sono também? - Perguntou.
- Sim. - Respodi o óbvio.
Saul se sentou do meu lado e infelizmente não estava passando Pânico.
- Vou comer algo quer também? - Perguntei.
- Vamos.
Peguei o requeijão e o queijo enquanto o cacheado pegava o pão. Fiquei de costas para Saul para fazer os sanduíches. Eu sei que foi um erro fazer isso. O guitarrista passava a ponta de seu nariz pela minha nuca me fazendo arrepiar.
- Pare. - Mandei.
- Porque se você está gostando? - Perguntou rindo.
Suas mãos foram para minha cintura. Seu perfume invade minhas narinas me fazendo flutuar.
- Eu gosto de você, você gosta de mim?
- Saul, pare com isso.
Eu olho para Saul e vejo meu pai, acho que é por isso que eu gostei dele. Eu me sinto segura em seus braços, mas isso não parece certo para mim. Não consigo confiar em ninguém, nem na minha própria sombra. Não quero que me vejam como uma vadia ou "se entrega rápido", não, eu não sou assim. Não antes.
- Você faz parecer que é mágica, porque eu não vejo mais ninguém, além de você.
Saul me virou para ele, nossos rostos está proximos de mais. Sua respiração ofegante me faz querer mais contando.
- Você sabe que nosso amor seria trágico, então você nem dá atenção. Nós vivemos sem mentiras, você é o meu tipo de noite preferida.
Eu não queria me envolver, mas seus lábios são tão macios. Apertei seu cachos gentilmente e suas mãos foram para meu rosto aprofundando mais o beijo. Sua língua explorava minha boca como um pirata procurando o tesouro. Eu me sentia amada. Terminamos o beijo com selinhos, eu estava tonta.
- Me deixe te amar, querida.
Saul acariciou minha bochechas. Fechei meus olhos para aproveitar seu toque. Seus lábios entraram em contato com os meus novamente, é como o paraíso.
- Eu vou subir, tenho que trabalhar amanhã. - Disse pegando meu sanduíche.
Nada aconteceu. Nada. O cacheado me levou até meu quarto e antes de ir me beijou novamente, retribui pois nunca mais tinha sentindo essa sensação.
- Boa noite, Saul.
- Boa noite, Kourtney.
