10° Capítulo - Ele não é inocente

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Naruto riu da confissão de Sasuke. Ele estava deitado sobre ele, brincando com os seus fios loiros e o olhando de perfil. Estava nitidamente irritado e furioso, mas ao menos um pouco mais calmo.

— Você só quer ter monopólio sobre mim.

— Pode ser.

— Sasuke, olhe para mim. — O Uzumaki segurou o seu rosto entre as mãos e o olhou profundamente. — Eu juro que não toquei na Hinata.

Ele bufou, saía fogo de suas orelhas, mas ele assentiu.

— Eu acredito. Se tivesse feito algo não mentiria. — Afundou o rosto no pescoço do outro. — E agora eu vou foder você até que não consiga se mexer, e acabar de vez com essa merda de ereção.

— S-Sasuke, pense direito... — Arregalou os olhos, preocupado e temeroso.

O Uchiha se lembrou de uma situação no reformatório, em que teve a sua primeira "paixão"

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O Uchiha se lembrou de uma situação no reformatório, em que teve a sua primeira "paixão". Ele não sabia bem o que sentia, mas era algo que incomodava o estômago e fazia o seu coração acelerar. Aproximou-se de outro garoto tão problemático quanto ele, que foi quem o fez descobrir a sua orientação sexual. Havia perdido a virgindade com uma mulher, uma assistente social recém formada, e achou que sexo era uma das melhores coisas da vida.

Uma das poucas em sua vida.

Acabaram transando mais uma vez ou duas, até ela o rejeitar sem explicação. Foi quando o novo amigo apareceu, assumidamente interessado em caras e atrevido até demais. Sasuke tentou afastá-lo, mas foi em vão, o maldito conseguia deixa-lo sem reação. Acabaram se beijando no chuveiro uma vez e dias depois fizeram sexo atrás do jardim. O moreno se sentiu bem como já não sentia há anos... Talvez até mais do que com a moça...

Até o dia em que teve o seu coração duplamente quebrado. Estava indo à biblioteca, buscar uma apostila do ensino médio, iria se formar em breve, quando ouviu gemidos... Acabou embolando nas próprias pernas e derrubando o carrinho cheio de livros quando descobriu de quem se tratava. O tal garoto estava fodendo a mesma assistente social.

Não que tivessem qualquer acordo de exclusividade. Mas Sasuke não era quem queria se envolver para começo de conversa, foi pressionado e convencido para depois simplesmente... ser traído. Saiu correndo de lá sem olhar para trás, certo de que o amor não valia a pena.

Preocupados com uma possível vingança, a assistente social e o maldito garoto problemático o ameaçaram, caso ele pensasse em entrega-los. Não foi o que disseram em si que o atingiu, mas sim a humilhação pelo tom debochado que a mulher usou ao dizer que jamais gostaria de alguém como ele.

— Você não deveria ficar chateado, era só diversão, Uchiha. — O menino falou, rindo. — Você não pensou que as coisas poderiam passar disso, pensou?

Sasuke não respondeu.

— Eu sinto muito, Sasuke. Mas você é vazio, não tem nada dentro de você... — A assistente disse. — Desse jeito ninguém vai te amar... Isso soou malvado e insensível, mas não é a minha intenção. Eu só quero dizer que não é possível, entende? — Debochou.

NO WAY OUT  | Keep Out Series Book 2Onde histórias criam vida. Descubra agora