26° Capítulo - De mãos atadas

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Betagem por birdyyyghi  💙

Betagem por birdyyyghi  💙

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— Ei, carne nova. Saia do meu caminho.

Naruto estava em seu décimo dia de prisão preventiva no centro de detenção provisória onde aguardava julgamento.

Descascando com as mãos uma tangerina suculenta de sobremesa, sentado no chão do refeitório, escorado na soleira de uma das portas.

Mesmo tendo ouvido o outro preso claramente, ele não se levantou.

— Olha o tamanho dessa porcaria de porta! Tem ao menos quatro metros livres, então eu não estou no seu caminho se há milhares de maneiras de você apenas me contornar.

O Uzumaki não havia feito amigos e nem nada parecido com isso além de Fū, que ele não podia ver todo o tempo, já que ela tinha o seu namorado e outros amigos. Mas os demais detentos viviam em seu encalço, não em busca de amizade e sim de atormentar a sua pobre alma.

Uma rodinha com alguns encrenqueiros estava de olho em seus passos, e em um momento em que ele estava sem os seus companheiros de cela, aproveitaram para se aproximar.

— O que você disse?! — O detento cerrou os dentes e os punhos.

— Por favor, eu não estou procurando confusão, cara. Estou apenas dizendo que se você virar a cabeça um pouco para a direita vai ser capaz de enxergar o quão livre o seu caminho está.

— E quem você é para me dizer por onde eu deveria andar ou olhar?

O loiro ignorou, saboreando de sua fruta cheirosa.

— Responda, maldito!

— Ninguém. Eu não sou ninguém. — Ele suspirou e começou a se levantar.

Mas já era tarde, os homens ao seu redor estavam mal-intencionados desde o começo, e um deles o agarrou pelo colarinho.

— Está tão cego assim que não percebeu que eu estou rastejando para fora da sua graciosa passarela? — O ex-policial disse seco, sem olhá-lo nos olhos.

O preso fechou a cara e deu-lhe um soco que fez o seu nariz sangrar.

— Com quem você acha que está falando?

— Com mais um preso de merda. É só isso que tem aqui, não é? Presos e policiais de merda. — Naruto falou sorrindo com escárnio, os dentes vermelhos com o próprio sangue.

Os homens agarraram os seus ombros, o segurando para que o presidiário pudesse socar o seu estômago e o seu rosto.

Dor era tudo o que sentia desde que foi preso, de todas as formas possíveis e em suas mais variadas intensidades.

Já havia quase se habituado, não era como se tivesse outra opção que não fosse se conformar. Nos primeiros dias, tentou revidar e se defender, mas estava completamente sozinho, jamais poderia vencer os trios, quartetos e grupos que o atacavam.

NO WAY OUT  | Keep Out Series Book 2Onde histórias criam vida. Descubra agora