14° Capítulo - Vinho é afrodisíaco

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Alguns anos atrás...

Sakura e Hinata haviam se conhecido durante um assalto em que a morena tentou roubar a joalheria em que a Haruno trabalhava. Desde o início tiveram um relacionamento repleto de adrenalina e nem um pouco de sensatez. A rosada não planejava jogar para o alto o trabalho medíocre e a faculdade de medicina, mas sentia que a sua vida não tinha um propósito.

No dia em que teve aquele revólver apontado em seu abdômen e a ladra mais bela que já pisou na face da Terra flertando com ela, não pôde pensar duas vezes. Por que protegeria um estabelecimento que nem seu era? E sim de um tirano milionário mesquinho que não lhe assegurava nem os direitos trabalhistas?

Abriu o cofre e a entregou a mais cara peça que havia na joalheria, e combinaram um encontro depois do turno de trabalho se encerrar. Itachi era o piloto de fuga de Hinata — ainda que fosse ela quem dirigisse — e estava a esperando de fora, aflito com a sua demora. Ao saber das novidades sobre o novo affair dela não pôde acreditar. Mas também não tentaria impedir se era o que a faria feliz.

Sakura integrou o seleto grupo de Obito, Madara, Hinata e Itachi, contribuindo com os seus conhecimentos e falta de sensatez. Participou de alguns golpes invadindo sistemas de média complexidade, mas o seu temperamento esquentado e a força bruta de seus punhos a faziam merecedora de seu lugar na "gangue".

Alguns assaltos e agressões depois, Hinata e a Haruno firmaram um relacionamento sério, mas de muito respeito e fidelidade. Ela compreendia que a morena usava de seus atributos físicos e inteligência para domar e controlar os homens e também mulheres, e não sentia nada menos do que admiração. Pois o coração dela, somente Sakura possuía.

No primeiro dia dos namorados que passaram juntas, depois de algumas semanas após terem se conhecido, saíram para jantar juntas. O restaurante era de luxo, Sakura quis trata-la como a princesa que realmente era, o ambiente era bonito, requintado, bem decorado, mas também tinha um clima jovial. A maioria dos clientes eram jovens adultos como elas.

Mas não apenas isso, também seria a primeira vez que ficariam juntas. A sua primeira noite.

Sakura foi quem dirigiu, depois que comeram, tamborilando os dedos no volante com o ritmo da música. Hinata estava com a cabeça para fora, os fios negros voando com o vento em seu rosto. Ambas foram o trajeto todo em silêncio, estavam nervosas, sem saber sobre o que conversar.

— Suite 33. É a primeira virando a três quadras. — Na guarida do motel, a funcionária estendeu a chave para a Haruno e indicou o caminho.

Ainda sem acreditar em no que estavam fazendo, as mulheres seguiram para dentro do quarto, sem trocar nem uma palavra. Hinata trancou a porta atrás de si, olhando para os próprios pés.

— Eu... nunca tinha vindo a um motel. — Sakura confessou.

— Eu também não, mas é bem como um quarto de hotel.

— Eu nem posso acreditar que estamos mesmo fazendo isso. — A Haruno riu e lentamente se aproximou da morena. E pegou a sua mão, para fazê-la olhar em seus olhos. — Ei, está tudo bem você não precisa ficar tão nervosa.

Ela suspirou e se sentou com Sakura na cama, uma de frente para a outra.

— Eu queria conseguir ficar calma como você.

— Calma? Eu não estou nem um pouco calma. Eu não quero estragar as coisas com você, eu quero fazer tudo direito. — A rosada confessou.

Hinata a olhou curiosa.

— Estou com medo de não fazer isso direito e te fazer ter certeza de que você gosta de homens. Além do mais meu corpo não é lá essas coisas.

— Qualquer coisa que eu faço com você é incrível. E eu não estou com você por causa do seu corpo. Mas eu também não vou mentir que o fato de você ser gostosa me atrai ainda mais... — Ela disse, mas quando se deu conta do que tinha falado corou e virou o rosto.

NO WAY OUT  | Keep Out Series Book 2Onde histórias criam vida. Descubra agora