Capítulo 2.2

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No final das contas, o lugar onde Brandon me convidou para encontrá-lo era a uma quadra do seu escritório. Todos os advogados frequentavam o lugar após o expediente, trocando histórias, ficando bêbados, e dançando mal.

Na mesa onde eu estava sentado com meu encontro, eles estavam falando sobre um caso no trabalho e eu estava bebendo. Não houve nenhuma tentativa de me incluir na conversa ou de iniciar uma nova comigo.

Depois que mais alguns minutos se passaram, eu puxei meu telefone da minha jaqueta de couro e enviei uma pergunta para Sarah e Niall: Por que eu estava em um happy hour em vez de um encontro?

Quando olhei para cima, o garçom estava de volta e eu pedi outro Mojito. Entreguei uma nota de 20 e pedi para que separasse a minha conta do resto da mesa. Meu telefone deu um assobio para me avisar que eu tinha mensagens, e eu descobri que Niall pensava que ele estava me exibindo porque eu era tão lindo.

Sarah achava que ele era o tipo de cara que precisava da aprovação de seus amigos sobre com quem ele poderia ou não sair.

Eu disse a Niall que ele estava viajando, e concordei com Sarah. O homem para mim não teria se importado com o que seus amigos pensavam, como Brandon tão obviamente fazia.

"Você está bem?" Brandon perguntou, inclinando-se para o meu lado, a mão na minha perna. "Posso pedir outra bebida para você?"

Talvez seus amigos precisassem me conhecer antes de ele mesmo decidir se ia perder tempo me levando para um restaurante de verdade ou não. Mandei a mensagem para Sarah.

"Harry?"

"Eu estou bem." Suspirei.

Era rude ficar sentado mandando mensagens, então eu enviei uma última para Niall perguntando se ele e Shawn queriam jantar comigo na sexta-feira. Eu recebi um sim de volta com a promessa de que Shawn tinha outro amigo para me apresentar. Eu não consegui sufocar o gemido. O último cara que Shawn, namorado de Niall nos últimos dois anos, me apresentou, acabou por ter um gato com algum tipo de doença de pele estranha. Havia uma pomada que precisava ser aplicado a cada quatro horas. Eu fugi como se estivesse sendo perseguido pelo próprio demônio.

"Você está bem?" um dos amigos de Brandon me perguntou.

"Ótimo" Eu grunhi, empurrando meu telefone de volta no meu casaco que estava pendurado na minha cadeira.

A música mudou de qualquer porcaria eletrônica esquisita para clássicos dos anos oitenta. Eu fiquei muito feliz. Quando comecei a cantar junto, olhei para a mesa e vi algumas pessoas me olhando feio.

Foi o suficiente para puxar meu casaco e me virei para sair. Definitivamente não estava com paciência!

"Harry."

Eu parei e deixei Brandon parar na minha frente.

"Que noite fodida. Sinto muito por..."

Eu balancei a cabeça, puxando o meu telefone quando ele tocou pela segunda vez.

"Sem problemas ." Fingir um sorriso. "Obrigado por me convidar. Te vejo por aí." Eu terminei antes de contorna-lo e atendi meu telefone. "Olá?"

"H?"

"Oh, oi, Louis," eu disse, como se falasse com ele todos os dias. Mesmo depois de três anos separados, eu conhecia a voz do homem tão bem quanto a minha.

"Desculpe incomodá-lo quando você está em um encontro e tal, mas..."

"Não, está tudo bem. Já terminei."

"Já terminou? Como assim você já..."

"É uma longa história."

"Eu adoraria ouvi-la."

É tudo uma questão de tempo [l.s]Onde histórias criam vida. Descubra agora