Capítulo 2.5

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Acontece que eu estava pagando algum karma sério por algo que só Deus sabia o que era. Ou talvez fosse o karma de outra pessoa e eu apenas fui pego no fogo cruzado.

Houve uma apreensão de drogas no meu piano bar favorito, devido ao fato do proprietário do clube está, aparentemente, repassando um pouco de cocaína no lugar há algum tempo.

E os detetives de costumes tinham escolhido hoje, quarta-feira à noite, para prendê-lo. Então, eu estava sentado no chão em uma longa fila com todos os outros que estavam lá dentro quando a polícia chegou gritando pela porta da frente.

Havia uma barricada de carros pretos nos bloqueando do outro lado da rua, onde uma multidão se formou. Foi a cereja do bolo no meu dia. Quando alguém gentilmente chutou meu pé, eu deixei minha cabeça rolar para trás para que eu pudesse olhar para cima. Acontece que eu estava errado: aqui estava a cereja do bolo.

"Oi." Louis sorriu para mim. "O que o traz a este antro de iniquidade, H?"

Eu gemi e seu sorriso se tornou malicioso. Ele estava adorando cada minuto.

"Desde quando você usa drogas?"

"Eu não uso e você sabe disso." Eu atirei-lhe um olhar. "Não seja um idiota."

"É melhor ver como você fala comigo," disse ele, agachando-se na frente de mim. "Você poderia estar em um monte de problemas aqui."

Olhei em seus olhos. "O que você está fazendo aqui? Você não trabalha mais na delegacia de costumes, você é um detetive da homicídios agora."

Ele não me respondeu.

"Louis?"

"Levante-se."

Assim que eu fiquei de pé, ele me agarrou, os dedos cavando em meu ombro, antes de me levar para longe dos outros, pela rua abaixo e virando a esquina em direção a seu carro. Puxei minha mão livre da dele e me virei para encará-lo, mas antes que eu pudesse dizer uma palavra, ele me empurrou contra a porta lateral e me prendeu lá. Ele me imobilizou com apenas uma mão no meu peito.

"Louis," eu rugi para ele. "O que diabos você está..."

Ele me cortou, avançando, de modo que estávamos a apenas centímetros de distância. O calor que irradiava do homem era incrível. Prendi a respiração, não consegui evitar.

Ele fez um barulho na parte de trás de sua garganta. "Algumas coisas nunca mudam, hein?"

Eu não ia lhe dar a satisfação de falar com ele.

"Olhe para mim."

Eu virei a cabeça para olhar em seus olhos e descobri que ele havia se virado para mim ao mesmo tempo. Quando ele falou, senti sua respiração quente em meu rosto.

"O que você está fazendo aqui?"

"Eu só queria sentar e relaxar um pouco antes de ir para casa."

Ele acenou, inclinando a cabeça, me inalando. "Você está tremendo, sabia?"

Eu sabia. Não havia nada que eu pudesse fazer sobre isso.

"Talvez eu deva revistá-lo por substâncias ilegais."

Engoli em seco, tentando fazer meu corpo se acalmar.

"Ou talvez eu apenas o coloque na parte de trás do meu carro e te foda até você desmaiar."

Apenas o pensamento dele me segurando me fez ficar desesperado por ele. Quando eu prendi minha respiração, ele colocou seu joelho entre as minhas pernas e, em seguida, sua coxa, quando ele se inclinou para mim.

É tudo uma questão de tempo [l.s]Onde histórias criam vida. Descubra agora