Louis tinha mudado as coisas e não tinha me avisado. Então, quando eles vieram me dizer que ele estava com hemorragia interna e que iriam operá-lo, eles realmente queriam a minha permissão.
Eles haviam feito uma ressonância magnética e ele estava no CTI, me explicaram que era um Centro de Tratamento Intensivo. Eu realmente não entendia muito bem o que essas siglas significavam, mas era muito ruim - e ainda não conseguiam realmente saber quanto dano havia sido feito até que o abrissem.
Eles queriam a minha permissão para o abrirem. Eu queria que outra pessoa decidisse o que fazer, mas só havia eu. Eu tinha que preencher formulários e assinar sobre a linha sob a qual estava escrita a palavra "consentimento." Eu tinha conversado com seus pais, seu capitão e sua parceira, e foi demais para mim até que Dane apareceu. Ele tinha o dom de lidar com a loucura, então ele se sentou comigo e me acalmou.
Jay Tomlinson se sentou ao meu lado, Aja do outro, enquanto Dane distraia com conversa o pai de Louis e Michael. Logo a sala de espera estava cheia e ainda não havia nenhuma notícia.
Tivemos que esperar para ver e aquilo foi lentamente me deixando louco. Dane voltou para o meu apartamento e me trouxe sapatos, meias e meu casaco mais pesado. Ele conseguiu voltar antes que eu congelasse até a morte, ainda usando a regata e o jeans nos quais Louis tinha me surpreendido. As meias e minhas botas eram extremamente necessárias; difícil andar descalço em um hospital, uma vez que eles mantinham a mesma temperatura de um frigorífico.
Eu me sentei lá por nove horas olhando para as telhas do teto, mais três horas olhando as pessoas pegarem café da máquina, lembrando que Louis e eu tínhamos estado ali há menos de um mês, quando Mica nasceu.
Eu deixei Jay me dizer que tudo ficaria bem, deixei Aja colocar o braço em volta dos meus ombros e me abraçar apertado. O capitão de Louis veio e apertou minha mão; Florence colocou as mãos em meu rosto e me prometeu que Louis era durão demais para morrer.
Dane apenas olhou para mim, sem dizer nada, porque ele não sabia de nada ainda e, sendo o realista, era incapaz de me dar falsas esperanças. De alguma forma, foi o mais reconfortante, porque não era o momento de estar triste ainda, ou de se preocupar. Nós não tínhamos ideia do que estava acontecendo, o tempo para o pânico viria mais tarde, se viesse. Não havia razão para me adiantar.
Dane me disse mais tarde que havia um agente do FBI vindo para investigar o caso, mas eu não ouvi o nome dele ou quando ele iria aparecer. A única coisa que eu queria fazer era esperar notícias sobre Louis. Minha mente não conseguia se concentrar em mais nada.
Olhei pela janela e tentei imaginar minha vida sem Louis. Não consegui, e considerei isso um bom sinal. Quase todo mundo estava dormindo quando o cirurgião finalmente apareceu, bem cedo na manhã seguinte. Eu estava de pé e fora da minha cadeira tão rápido que desloquei Jay e Aja, que dormiam ao meu lado.
Cheguei até ele e fiquei ali, segurando a minha respiração, enquanto os outros se aglomeravam ao nosso redor. Esperei para que minha vida começasse ou terminasse. Dr. Kohara não olhou para ninguém além de mim.
"Ele perdeu muito sangue, Sr. Styles," ele suspirou profundamente, parecendo absolutamente cansado. "Mas estamos confiantes de que ele vai se recuperar completamente. Ele tem um coração muito forte, está em boas condições físicas, é um lutador."
Eu balancei a cabeça, muito emocionado para falar.
"Nós tivemos que retirar seu baço e eu sei que isso soa assustador, mas não é, na verdade. Desculpe por termos feito esperar tanto tempo sem notícias sobre ele, mas mesmo que fosse crítico no início, ele realmente está muito melhor do que se poderia esperar."
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É tudo uma questão de tempo [l.s]
FanfictionLouis é um detetive de polícia e futuro U.S. Marshal. Harry é um atrapalhado assistente de escritório e um ímã de problemas. Ao presenciar um crime, Harry vai precisar da ajuda do detetive Tomlinson - muito hétero até a página 2.