Capítulo 1.22

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Nota: chegamos ao último capítulo da 1 parte do livro. obrigada por cada leitor (a) que chegou até aqui - são poucos, mas fico muito feliz por cada voto e comentário. vou tentar atualizar durante a semana a 2 parte, que são as melhores, eu prometo!

*****

Eu estremeci e abri meus olhos. A luz estava fraca, mas eu enxerguei o suficiente para ver que estava em um hospital. Aquela coisa na qual o soro fica pendurado, as luzes estranhas, as enfermeiras...

Eu entendi onde eu estava. Eu ouvi a máquina apitando ao lado de minha cama. Pisquei várias vezes para tentar clarear minha visão, e depois fui recompensado quando o vi.

Louis estava lá à minha direita, a cabeça apoiada nos braços cruzados, curvado para frente na cadeira, dormindo apoiado na cama.

"Oh, olá querido, você está acordado."

Eu me virei na direção da voz suave e leve e encontrei uma enfermeira sorrindo. Sua bata era estampada com nuvenzinhas.

"Bem, Sr. Styles, estou tão feliz em vê-lo."

Eu fiz uma careta, mas ela sorriu de volta para mim. Eu movi meus dedos para chamar sua atenção e então apontei para Louis.

"O que você quer, querido? Devo acordá-lo?"

Fechei os olhos para não, mas depois abri minha mão.

"Oh," ela balançou a cabeça, sorrindo largamente. "Entendi. Sou muito boa em charadas, sabe. Faz parte do trabalho." Ela levantou a mão e a colocou delicadamente no cabelo de Louis. Eu movi meus dedos e vi os fios acobreados ao redor deles.

Meu suspiro foi muito profundo.

"Ah, eu sabia que esse era o certo."

Fiquei intrigado, e ela pode ver em meu rosto.

"Este é o seu namorado, não é?"

Eu balancei a cabeça.

"E o arquiteto é seu irmão, ou o médico?"

Eu levantei o dedo para o número um.

"O arquiteto... tudo bem então, isso está fazendo sentido. Ele tem ido e vindo, o arquiteto é inflexível sobre o seu cuidado. E o médico - o médico tem sido vigilante, eu admito, mas esse aqui." Ela suspirou, olhando para Louis. "Este não sai do seu lado. Os outros vieram e se foram, mas ele não. Ele não deixou o hospital em oito dias."

Meus olhos se arregalaram.

"Sim, querido, os oito dias que você esteve aqui na unidade de cuidados intensivos."

Olhei para Louis. Eu queria que ele acordasse e me abraçasse.

"E o homem não está bem."

Eu balancei a cabeça.

"Espero que agora que você está acordado, ele chore... porque eu não acho que posso suportar olhar para o rosto dele mais um dia. Nunca vi olhos tão assombrados."

Eu balancei a cabeça novamente.

"Talvez devêssemos acordá-lo para que ele possa ir para casa." Ela sorriu para mim, com o rosto esperançoso. "Ele só come quando sua mãe lhe obriga e, como eu disse, ele não deixou o hospital uma vez sequer."

Eu balancei minha cabeça, não.

"Vocês dois devem fazer um belo casal."

Eu tentei sorrir.

"E você é um cara de muita sorte, porque ele não só é um homem que te ama, mas ele também é simplesmente deslumbrante de se olhar."

Ela suspirou. "O seu irmão também, por sinal. Lembra-me de um desses ídolos matinês dos anos quarenta, não que eu seja tão velha, que fique claro."

É tudo uma questão de tempo [l.s]Onde histórias criam vida. Descubra agora