Consegui minha primeira viagem sozinha ou melhor quase sozinha. Consegui convencer meu pai a me deixar viajar, isso, depois de ouvir um sermão daqueles, e claro, depois de conseguir passar em uma das aulas de administração de empresas, mas o importante é a viagem.
Wilbert fez outro sorteio. Descobri que ele ama sorteios, não por serem divertidos, mas por serem fáceis de manipular.
Os alunos do cursinho foram presenteados com viagens, e não é surpresa alguma eu ser uma das sortudas, meu grupo de viagem não será exatamente o grupo desse cursinho que eu frequento, mas outro polo, de uma outra cidade. O homem de terno me contou, que abriu outro prédio, para que ele pudesse me colocar onde ele quisesse, sendo assim, fui colocada em outro grupo de alunos que pertencem a mesma empresa.
Empresa de fachada? sim e com certeza, mas pelo menos todos os alunos estão estudando cursos reais, para o proposito desconhecido por eles, é verdades, mas de fato eles não estão perdendo, à medida que eu estudo para a minha vida dupla, eles estudam para a própria vida, eu ganho e eles também, pelos métodos, talvez, errados, mas o Wilbert não está cuidando apenas de mim.
Uma breve explicação foi dada para os pais, a tal explicação foi que tudo isso proporcionaria momentos marcantes, conhecimento, experiências e amizades futuras.
Fico perplexa como o Wilbert mente e manipula as pessoas, os alunos até vão se conhecer, ganhar experiências e quem sabe criar laços, mas eu vou ter apenas o meu nome na lista de um desses grupos, e vou viajar para onde eu quiser.
Se focarmos apenas na parte boa, todo mundo vai viajar com a desculpa de convivência e ganhar experiências, com cursos educativos e passeios de incentivo ao crescimento profissional e blá blá blá.
Como me sinto: Feliz, de certa maneira livre. Tantos lugares lindos que eu quero conhecer, tantas praias que quero mergulhar.
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