O dia da mentira, de brincadeiras e pegadinhas com ou sem graça é hoje.
Como posso acreditar nas palavras do Wilbert?
Ele escolheu justamente esse dia para me procurar, ele garante que mesmo sendo uma data mentirosa, a minha vida será uma verdade.
Devo acreditar?
• Claro que pedi explicações, porque não acreditei nas histórias que ele disse e queria ver se ele falaria tudo que havia dito antes.
• Ele repetiu tudo, parecia uma gravação!
• A biblioteca oficialmente é um ponto de encontro. Segundo Wilbert é um local discreto e sei lá não estava prestando atenção no que ele dizia, estava mais preocupada em como eu seria adotada, se eu fosse descoberta, eu seria presa, condenada? Ele diz que não, que as assinaturas dos meus pais seriam verdadeiras e que não teríamos problemas, a menos que os meus pais descobrissem antes de eu atingir dezoito anos.
• Wilbert não quer me ver preocupada, ele tem uma calma que dá medo, não quer que eu me estresse com as burocracias, isso fica por conta dele.
Esse nosso reencontro rendeu, ficamos um bom tempo conversando, ele falou muitas coisas, eu entendi pouco. Confesso que gostei do que ele disse.
• Treinamentos físicos, mentais e muitos estudos. Vou me formar em ser a filha dele!
• Tenho que aprender idiomas.
• Sinto que ele quer me tornar o agente 007, ele falou em lutas, como ele acha que eu vou aprender? Isso está cada vez mais estranho.
Acredito que Wilbert é um louco, ele vai me ensinar a arte da investigação. Estou pronta pra essa vida de adrenalina e loucura. Ainda tenho que escolher um apelido, diferente e que não tenha qualquer ligação comigo, Wilbert acredita que um apelido pode despistar curiosos.
Para finalizar a nossa conversa ele fez a tal pergunta e eu respondi:
"Sim, mas ainda é cedo para te chamar de pai."
Ele disse que tudo bem! Talvez um dia, nos despedimos e fui embora.
Wilbert vai armar uma forma para que meus pais assinem, sem perceber, todos os documentos necessários.
Como me sinto: Animada e desconfiada.
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