Diário de Cecília Martin

75. Terça-feira, 29 de dezembro

O caso de Emma Thompson foi, enfim, esclarecido e um inocente foi libertado.

Como eu suspeitava, Johny não era o assassino, o medo que Johny nutria em relação ao seu primo Rony, era real e a causa era simples, quando Johny descobriu o que tinha realmente acontecido a sua irmã, ele resolveu denunciar imediatamente o primo, mas Johny tem uma filha e na época ela era uma bebe de seis meses, Rony ameaçou fazer com que a criança pagasse pela denúncia do pai. Wilbert me disse que Johny se sentia incapaz de pedir justiça para a sua irmã, pois, tinha medo que sua filha pagasse por ele.

"Quando ela tiver a mesma idade das outras, eu vou pega-la, mas não se preocupe não vou matá-la imediatamente como as outras, eu vou fazer durar o tempo que eu conseguir. Mas podemos fazer um acordo, você esquece a sua irmã e foca apenas na sua filha que ainda está viva, vai ficar calado sobre Kathy e as outras que ainda vão vir. Eles acham que foi você e se você for um bom pai vai proteger sua filha".

Isso foi o que Rony, disse ao primo em uma visita, quando Johny foi preso. Um serial killer pedófilo, a solto todos esses anos fazendo inúmeras vítimas, muitas morreram antes de Kathy e outras depois como a pobre Emma, se tivessem resolvido na época de Kathy ou até mesmo antes, nas primeiras vítimas, muitas estariam vivas hoje. Para manter o primo calado todos esses anos, Rony lhe visitava e mostrava fotos da filha de Johny, sua sobrinha, ele acompanhou e fotografou o crescimento da sobrinha todos esses anos. Não consigo imaginar a dor de Johny.

Senti raiva e nojo de Rony, o pobre primo ficou esse tempo todo preso para proteger a filha, se não fosse a preguiça dos policiais ele teria sido solto, Emma e as outras trinta e seis vítimas, todas crianças, estariam vivas.

A minha teoria estava correta, Johny é inocente. Rony foi preso e será condenado pela morte de cada uma das crianças que fez de vítima.

Como me sinto: o mundo não é justo, e as pessoas não se esforçam para mudá-lo.

Quinta-feira, 31 de dezembro as 11:30 da noite.

Meia hora para 2010.

Minha retrospectiva:

• Quase infartei por causa de um sujeito de terno.

• Descobri que meu pai me odeia. E por conta disso, eu troquei de pai em concurso louco entre as escolas.

• Sofri um atentado das peçonhentas e quase disse adeus a esse mundo.

• Estou cursando um curso diferente, e escolhi um codinome. Senhorita Jackson.

• Transformei o homem de terno em meu pai e agora eu sou um mini projeto igual a ele.

• Treinei com Brian e Dianna, mas ainda não sei porque ela e o meu pai vivem discutindo.

• Ganhei um irmãozinho, que por enquanto ainda é o único que não me odeia da minha família paterna.

• Em comparação aos outros anos, Guilherme e Hellen até que foram bonzinhos.

• Não vendi os meus irmãos, isso sim foi uma vitória.

Esses foram apenas uns tópicos que mereceram destaque. 2009, foi um ano agitado. Que 2010, seja mais calmo.

Como me sinto: em uma única palavra "bem", mas não sei por quanto tempo.

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