Elizabeth correu pela rua com lagrimas frescas escorrendo por seu rosto fino, ela havia sonhado tanto com esse momento, para que? Para ser humilhada e jogada de canto como se fosse nada mais que lixo, como se não fosse nada para aquela mulher, era como se ela não tivesse dado a luz a Elizabeth, aquilo havia mexido muito com a pequena, ela deu graças a deus a ao avistar o museu, e entrou lentamente pela mesma janela do banheiro feminino que havia fugido alguns momentos antes, ela até havia se esquecido de avisar Amber que tinha chegado de volta no museu, ela estava arrasada.
A menina se sentou em uma privada e começou a chorar sem conseguir se controlar mais, ela estava bem acabada, tudo que queria era conhecer a mãe, mas não havia conseguido nada a não ser tapas e palavras hostis da mulher, um sonho de uma vida tinha ido por agua a baixo, Elizabeth começou a pensar que talvez tivesse sido melhor ter obedecido o pai e não ter ido atrás daquela mulher, talvez ele estivesse tentando a proteger de uma decepção, ela não queria mais pensar na mãe, não queria que ninguém a visse chorando daquela forma.
Quando Elizabeth sentiu o celular vibrar, era Amber que havia escrito para ela: "Então amiga, como estamos indo? Sei que deve estar curtindo aí, mas devo te lembrar que não pode demorar muito infelizmente" Elizabeth sorriu com a mensagem carinhosa da amiga e depois lentamente respondeu que já tinha voltado para o museu, sabia que Amber não demoraria a chegar com a garota do qual estavam usando de duplicata, havia sido um plano tão bom e que havia sido desperdiçado em conta de tudo que havia acontecido, ela nunca faria algo tão bem bolado assim novamente e duvidava que outro plano assim daria tão certo novamente.
Amber abriu a porta com força do banheiro, fazendo Elizabeth pular dentro da cabine, a loira jogou as roupas de Elizabeth por cima da cabine que ela estava, enquanto falava para a duplicata que nunca contasse o que tinha acontecido hoje, a menina parecia entediada e reclamava com Amber, mas concordou em não contar nada para ninguém, afinal não tinha feito muito senão fingir ser outra garota, ela não sabia nem o porquê de ter feito aquilo, Elizabeth trocou suas roupas com certa lentidão e tentou afastar as lagrimas teimosas que insistiam em escorrer pelo seu rosto, ela se odiava por isso.
Quando achou que estava bem o suficiente, pelo menos em aparência, Elizabeth saiu da cabine ajeitando os longos cabelos, como se nada de demais tivesse acontecido, Amber a esperava do lado de fora com um sorriso maroto nos lábios, mas foi rápida ao ver que a amiga tinha chorado e muito, então assim que Elizabeth saiu totalmente da cabine Amber se jogou contra ela em um abraço forte e carinhoso, como se soubesse tudo que tinha acontecido, Elizabeth retribui o abraço sabendo que precisava e muito de um carinho naquele momento, era o que ela mais precisava: uma amiga.
Amber só soltou Elizabeth porque sabia que as duas precisavam voltar para a excursão, sabia que a amiga estava mal, mas não podiam deixar ninguém perceber aquilo ou pais seriam envolvido e o plano das duas iria por agua abaixo, as duas meninas retornaram para o museu cochichando baixinho, Elizabeth explicou tudo que aconteceu para Amber que ouvia de boca aberta, a loira tinha torcido muito pela amiga, sabendo que Elizabeth havia se esforçado tanto, gastado todo seu dinheiro com aquilo, para levar tapas e palavras cruéis e fortes, ela era muito nova para estar passando por tudo isso de uma vez.
A pior parte seria ter que encarar o pai, ele não iria demorar nada para notar que tinha alguma coisa errada com Elizabeth e também não iria demorar nada para ler a menina como um livro e saberia tudo que havia acontecido, encarar ele seria muito difícil ainda mais agora que ela estava tão emotiva, ela nunca tinha se sentido tão perdida, tão solitária, ela queria tanto que o pai simplesmente fingisse que não via nada nela, deixasse aquilo passar, mas ela sabia bem que ele não iria deixar nada passar, nada nunca passava despercebido por Hannibal.
As duas meninas voltaram para o ônibus cabisbaixas assim que a visita ao museu tinha acabado, o passeio não foi nem um pouco agradável, Elizabeth estava cansada demais, ela não lutou contra o sono, apenas dormiu no ombro de Amber, a loira não reclamou apesar da amiga estar pesada em seu ombro, ela estava sentindo tanta pena da amiga, ninguém deveria passar por uma coisa dessas, Elizabeth era apenas uma criança, ela era tão jovem e estava passando por tanta coisa desnecessário e havia perdido mais de cem reais numa brincadeira dessas, não tinha o que fazer senão lamentar e sentir pena.
Quando o ponto de Elizabeth chegou, a menina desceu do ônibus sem vontade alguma, reclamando um pouco consigo mesma, ela estava tentando passar em sua mente desculpas para o pai, afinal seu rosto estava inchado e um pouco vermelho em conta do choro e dos tapas que ela havia levado, ela parou na frente da grande porta de sua casa, suspirando e mais uma vez passando um plano maluco em sua cabeça, destrancando a porta com suavidade ela viu a sala completamente escura, não sabia se o pai estava em casa, rezava para que ele ainda não tivesse chegado.
Ela andou até a cozinha sem vontade de viver, queria lavar as mãos com agua fervendo já que se se fizesse algum roxo ou corte seu pai notaria, então era melhor se queimar, afinal acidentes com agua quente aconteciam não é mesmo? Ela estava perdendo a noção do que estva fazendo, apenas queria se punir por não ser boa o suficiente para a mãe, quando ouviu um barulho atrás de si, ela achou que fosse o pai primeiramente, mas depois sentiu um cheiro estranho, viu que a porta de vidro da cozinha que levava ao jardim estava aberta, ela estranhou um pouco.
Quando se aproximou da porta para fechar a mesma, sentiu o cheiro do pai, seu perfume entrou em todo o recinto, ela se virou lentamente para ver o pai parado a olhando com um jeito calmo e sereno, ele parecia saber o que ela tinha feito, pois ofereceu um um abraço para ela, a menina aceirou, correndo até ele e o abraçando com força, chorando em seu colo desolada.
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A filha de Hannibal Lecter
FanfictionHannibal é famoso por ser um incrível psiquiatra. O que ninguém sabe é que ele é responsável por uma série de crimes sendo o mais famoso assassino canibal, que consegue conquistando a confiança de seus pacientes. Mas por trás dessa frieza, crueldade...